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CIDADE & REGIÃO

27/07/2011

DEPOIMENTO: Motorista se apresenta e dá sua versão sobre acidente

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Na delegacia, o advogado Almir de Poli, diz acreditar que a van estava em alta velocidade

DA REPORTAGEM

O motorista R.S, 41 anos, que provocou o acidente que matou dez pessoas de uma van de Rio Preto na rodovia Assis Chateaubriand, em Penápolis, no último dia 16, se apresentou na tarde de ontem, 26, ao delegado responsável pelo caso, Mauro Gabriel. Ele estava acompanhado de seus advogados, Benjamin Vieira e Almir Jonas de Poli e prestou depoimento apresentando sua versão dos fatos ocorridos, durante cerca de uma hora e meia. O depoimento do motorista deveria ter sido tomado na semana passada, mas por estar ainda abalado com a tragédia, seu advogado conseguiu um atestado médico provando que ele não teria condições, de falar sobre o caso, o que foi acatado pelo delegado que respeitou o prazo de sete dias para que ele se recuperasse. Segundo informou Mauro, o motorista respondeu tudo que foi questionado, e confirmou que teria tentado a conversão proibida na pista, tomando rumo à Barbosa. “Ele afirmou que entrou de maneira errada na rodovia, alegando que fez o mesmo trajeto que os demais motoristas e que a empresa não havia passado nenhuma informação sobre o trajeto que deveria ser feito”, comentou. Com relação ao depoimento, o acusado teria confirmado que estava cobrindo folga de um motorista que presta serviços para uma usina de José Bonifácio e que naquele dia havia iniciado o trabalho por volta das 07h00, e que durante o acidente ele estaria apenas no segundo carregamento. Seu trabalho terminaria por volta das 23h00. “Ele disse que durante a manhã havia feito um carregamento e que quando voltou para a lavoura para realizar o segundo transporte, teve que ficar em uma grande fila, por isso ele estaria até àquela hora ainda no segundo carregamento. Esta sua afirmação, será investigada”, afirmou o delegado.

Acidente
No momento da conversão, o motorista, que trafegava com um bitrem canavieiro pesando cerca de 60 toneladas, não teria conseguido finalizar a manobra, sendo que a van que transportava dez mulheres para a visita de parentes em um presídio de Dracena, não teria visto a última carreta ainda sobre a pista e batido na mesma e que o reboque teria tombado sobre a rodovia com o impacto. Ainda segundo informações do depoimento, o motorista teria se apavorado com a situação. “Ele afirmou por diversas vezes que estava apavorado em ver a van batida e com todas aquelas pessoas morrendo. Informou também que conseguiu parar um veículo que vinha na pista, sendo que o condutor teria ajudado”, disse Mauro. Ainda em depoimento, R.S, teria dito que não omitiu socorro às vítimas, tendo acionado a Polícia Militar para auxiliar no resgate e sinalização da pista, através de seu próprio celular, e que somente depois teria deixado o local, justamente por estar bastante apavorado. “Ainda vamos confirmar com a polícia se houve realmente a ligação partindo de seu aparelho, todos os detalhes serão investigados”, ressaltou o delegado. O motorista do caminhão alegou que não viu os outros veículos se envolvendo no acidente, achando que somente a van havia colidido na carreta.

Advogado
Os dois advogados do motorista, que estavam presentes na delegacia, conversaram com a imprensa e ressaltaram que não houve omissão de socorro por parte de R.S. Segundo Almir, até o momento do depoimento, seu cliente ainda estava muito abalado com a situação. Ele fez questão de ressaltar que a batida poderia não ter sido tão grave, e acredita que o motorista da van pudesse estar em alta velocidade, razão pela qual não conseguiu evitar uma colisão tão forte. Ainda segundo Almir, o local de saída de caminhões, estava devidamente sinalizado, além de seu cliente também tentar sinalizar quando percebeu que van vinha em sua direção e que o reboque ainda estava sob a pista. “Existem as “faixas refletivas” que toda carreta e qualquer caminhão tem; com o farol da van refletindo nas faixas, o motorista deveria ter visto, para frear a tempo de evitar uma tragédia”, afirmou. O laudo técnico da perícia deve sair em 30 dias, apontando a real velocidade da van e dos demais veículos. As informações que podem comprovar se não houve omissão de socorro também estão sendo periciadas. Caso fique provado que o motorista se evadiu do local sem acionar resgate para as vítimas, ele pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, além de omissão de socorro. Segundo Mauro Gabriel, as demais vítimas já estão sendo ouvidas. A única sobrevivente da van, que estava internada na Santa Casa de Araçatuba, também deve ser ouvida em breve, já que ela recebeu alta médica há alguns dias. Caso o inquérito não seja concluído no tempo determinado, 30 dias, o delegado deve pedir prorrogação do prazo para que os trabalhos sejam finalizados. O motorista do bitrem deve aguardar a conclusão do inquérito em liberdade, podendo trabalhar normalmente, já que sua carteira não foi apreendida até o momento. (Rafael Machi)

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