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CIDADE & REGIÃO

16/01/2022

Cultura: Artista plástico tem Penápolis como referência de trabalho

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia
O artista plástico Vanderlei Lopes cresceu em Penápolis e se tornou referência nas artes visuais com seus trabalhos que já foram expostos em diversos locais

DA REPORTAGEM

O artista plástico Vanderlei Lopes, que cresceu em Penápolis no início dos anos 1980, tem ganhado mais destaque no cenário das artes visuais com seus trabalhos em esculturas que compõem acervos e exposições pelo Brasil e em diversos países elo mundo. De férias, na casa dos pais em Penápolis, ele tem aproveitado a oportunidade de rever amigos e divulgar seu mais novo livro “Vanderlei Lopes”, que mostra seus principais trabalhos entre seus mais de 30 anos de carreira, com diversos registros sobre estudos e produção de suas obras, na maioria das vezes, feitas em bronze fundido. 
Vanderlei Lopes nasceu no estado do Paraná, mas veio com os pais para Penápolis ainda pequeno, morando na Fazenda São José, pertencente à família Egreja, proprietária da antiga Usina Campestre. 
Foi em Penápolis que seu interesse pela arte se manifestou. Seus trabalhos começaram a tomar forma com as figuras de barro que moldava às margens do rio que atravessava a fazenda.
Aos 14 anos, foi trabalhar na fundição de artes da Usina Campestre, oportunidade em que começou a produzir suas esculturas em metal.
Foi em Penápolis, ainda, que conheceu e passou a frequentar o ateliê livre do Museus do Sol, passando a conviver com diversos artistas, músicos, historiadores entre outras pessoas que despertaram em Vanderlei o gosto e o desejo pela arte visual. 
Aos 18 anos foi para São Paulo, onde passou a trabalhar e se formou em Artes Plásticas pela Unesp (Universidade do Estado de São Paulo).
Apesar do inúmeros trabalhos de escultura com bronze, ele revelou que, em determinado momento de sua vida, não conseguia enxergar sentido no trabalho que produzia.
“Até o dia que eu fiz um desenho de uma árvore com pólvora no chão e coloquei fogo. Esse desenho e essa passagem do fogo pela pólvora, me fez lembrar de minhas experiências que tive em fundição de bronze, me lembrando do estado incandescente do metal. Foi aí que fiz o mesmo desenho da árvore em metal e isso fez todo sentido pra mim, e me devolveu meu interesse pela escultura como a materialização de um instantâneo, fixar um instante”, comentou. 
Vanderlei destacou também que, para uma produção, são feitos muito estudos, cálculos, desenhos até que sua ideia seja, de fato materializada. “E muitos destes trabalhos acabo desenvolvendo aqui em Penápolis. Muitas obras nasceram aqui para mais tarde, pudesse os desenvolver. Existe um trabalho fotográfico, por exemplo, que o realizei no Rio Bonito, então saiu de Penápolis para outros lugares, tenho muito orgulho disso”, acrescentou.

Obras e exposições
Vanderlei Lopes ganhou destaque no mundo das artes visuais com seus projetos ousados. Em um deles, o “Cavalo”, criado em 2013 e exposto pela primeira vez na Galeria Marília Razuk e, posteriormente, na Pinacoteca do Estado, Lopes criou a imagem de um cavalo a partir de um animal que teve que ser sacrificado. Para que a escultura aparentasse movimento, cabos de aço foram usados para alçar o animal para que fosse moldado a partir de silicone e, posteriormente, feito em bronze.
A imagem chama a atenção pela grande quantidade de terra colocada sobre a escultura do cavalo deitado, dando a ideia de que o animal parece tentar se levantar, mas é impedido pela terra.
Vanderlei Lopes teve trabalhos expostos em diversas cidades do Brasil, como Rio de Janeiro (RJ), Ribeirão Preto (SP), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Santo André (SP) e Piracicaba (SP). 
Além destas, exposições pelo munda também já receberam obras de Vanderlei Lopes, como Buenos Aires (Argentina), Nova York (EUA), Barcelona (Espanha), Paris (França) e Bogotá (Colômbia).

Livro
Pensando em dar publicidade aos seus trabalhos e mostrar como parte de suas obras ganharam forma, o artista lançou, recentemente, um livro fotográfico que mostra sua arte, anotações, projetos, além de estudos que revelam parte dos seus 30 anos de carreira. 
Construído com uma cronologia ao contrário, o livro leva à uma espécie de “escavação” pelas obras de Vanderlei, saindo de seus trabalhos mais atuais e chegando ao princípio de sua carreira.
O livro possui quase 500 páginas e foi produzido a partir de recursos próprios através da editora Martins Fontes – WMF e está disponível para venda através do site www.travessa.com.br.
Junto a esse material processual, acrescentam-se ensaios, comentários críticos e curatoriais inéditos, produzidos por protagonistas do meio de arte brasileiro como Glória Ferreira, Afonso Luz, Diego Matos, Douglas de Freitas, José Bento Ferreira, Cauê Alves e Thiago Honório, além de um ensaio fotográfico feito por Mauro Restiffe.

Arte e sua força
Ainda de acordo com o artista, a arte possui grande força no Brasil e o país chegou a se tornar uma referência no mundo entre tantas opções de arte praticada no país. 
Da mesma forma, ele avalia que a cidade de Penápolis também possui esta afirmação através do Museu do Sol. “Penápolis sempre se destacou dentro da arte e foi uma referência neste sentido com grande exposições e centros culturais, referência para muitos artistas. Tudo isso era graças a grandes empresários que viam Penápolis como potência cultural, mas que se tornou algo adormecido e que merece ser despertado novamente”, afirmou Vanderlei.

(Rafael Machi)

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