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CIDADE & REGIÃO

27/04/2007

Cuidados: Saúde reforça combate à hipertensão infantil

A Secretaria Municipal de Saúde dará início nos próximos dias a um acompanhamento detalhado das crianças atendidas nas unidades municipais de saúde no que se refere à pressão sanguínea. A medida vem ao encontro das preocupações discutidas atualmente em todo o mundo sobre o aumento de casos de hipertensão infantil.

Envolvendo pessoas de todas as idades, a doença é considerada o terceiro principal fator de risco quanto à mortalidade, perdendo apenas para a prática de sexo inseguro e a desnutrição. Por sua gravidade, foi instituído em 2002 o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado ontem, 26.

Este ano, o tema da campanha da Sociedade Brasileira de Hipertensão alerta justamente para o crescimento da doença entre os mais jovens, divulgando a frase “é cedo que se previne”. Dados da SBH apontam que, entre os 70 milhões de crianças e adolescentes do país, 5% são acometidos pelo problema.

“É uma discussão recente, mas estamos adequando nossos serviços para acompanhar estas tendências e prevenir as complicações desde a infância”, afirmou Áurea Maria de Oliveira Muçouçah, coordenadora do PSF (Programa Saúde da Família). Ela revelou ainda que num prazo de aproximadamente dez dias todas as crianças que passarem por qualquer uma das nove unidades municipais de saúde serão avaliadas. “Até então era comum verificar pressão apenas de crianças em situação de obesidade”, comentou Áurea, “Nestes casos, uma dieta especial é elaborada para que a mãe tenha os cuidados necessários com a alimentação”, acrescentou. Com as novas ações, os casos verificados deixam de ser somente aqueles relacionados a peso elevado e, ainda na pré-consulta, quando é feita a medição e a pesagem da criança, será incluída a verificação da pressão arterial. A equipe do PSF também acrescentará esta checagem nas visitas às famílias.

 

Hábitos

Crianças que tem o hábito de passar muitas horas vendo televisão e comendo guloseimas como salgadinhos e doces e que não praticam atividades físicas fazem parte da geração que incorporou a tecnologia e abriu mão dos deslocamentos como o simples caminhar até o aparelho para mudar de canal, agora substituído pelo controle remoto. “São tantas as facilidades que as pessoas estão deixando de se deslocar e é importantíssimo que as mães lembrem-se dos problemas ocasionados por este sedentarismo e busque atividades saudáveis para a criança, como, por exemplo, a natação”, sugeriu a coordenadora.

 

Casos

Em Penápolis, atualmente 4.500 pessoas são acompanhadas pela rede básica. Os pacientes são controlados com consultas feitas em maior ou menos periodicidade. Casos de pressão controlada são consultados a cada seis meses, já os mais graves são avaliados mensalmente. “Independente do problema que levou a pessoa a procurar o posto, e mesmo que ela não tenha em seu histórico nenhum problema com pressão, a verificação é feita”, disse Áurea. A coordenadora alertou ainda para a importância da verificação constante antes da medicação. “Vários fatores podem elevar a pressão em alguma situação e isso não significa que a pessoa é hipertensa”, lembrou. A medicação é distribuída gratuitamente a todos os atendidos, assim como exames e consultas. Por ser uma doença silenciosa, a indicação é que todo adulto procure o médico, já que a média mundial aponta que 20% da população adulta sofre de hipertensão.

O diagnóstico pode ser facilitado com a observação de elementos simples como sedentarismo e alimentação. “Se a pessoa vive sob estress, não se alimenta bem e não faz exercícios, a propensão para este problema numa idade entre 40 ou 45 anos é muito grande”, citou Áurea.

 

Alimentação

Em alguns casos é possível controlar a pressão elevada apenas por meio da alimentação. Uma dieta ideal também é significativa para a redução da medicação indicada, assim como a prática de atividades físicas. “Quem tem hipertensão precisa ter todo o cuidado de evitar gordura, muito sal e açúcar em excesso”, disse. Quanto aos exercícios, as caminhadas são grandes aliadas no combate à hipertensão, além de aumentar a capacidade pulmonar, contribuir para a diminuição de taxas de triglicérides e colesterol e proporcionar o relaxamento das tensões, uma vez que fatores psicológicos como tristeza e stress geram complicações.

 

Auto Medicação

A medição da pressão arterial é proibida nas farmácias, pois o diagnóstico e a prescrição de remédios só podem ser feitos após consulta com o médico.

A auto medicação também é uma atitude arriscada que pode comprometer a saúde do paciente e levar ao agravamento do problema. A ingestão desregulada dos remédios dificulta o tratamento, mas, segundo Áurea, são situações observadas freqüentemente. “São muitos os casos de pessoas que tem consulta marcada, onde receberão mais remédio, mas não comparecem e depois dizem que ainda tem a medicação, já que esqueceram de toma-la por alguns dias”, exemplificou, “Outros aceitam experimentar remédios que parentes e conhecidos estão tomando, alterando por conta própria o tratamento”, disse.

Segundo ela, é esta falta de conscientização e disciplina que fazem com que muitas pessoas sofram infarto ou algum outro problema, mesmo enquanto submetidas aos tratamentos. “É fácil controlar a pressão, mas muitos não fazem dieta porque não querem”, afirmou, “O difícil é convencer as pessoas da gravidade e da necessidade de cuidados, assim como acontece com vários outros problemas como a dengue. Falta consciência”, defendeu a coordenadora.

 

Complicações

Entre os agravamentos que a hipertensão pode gerar está o diabetes, que, por sua vez, também pode levar a problemas de hipertensão. O portador de uma das doenças tem cerca de 50% de chance de ter também a outra.

Além destes, podem partir de um descontrole de pressão várias outras complicações como o afetamento do coração, chegando ao infarto e problemas nos rins, com a insuficiência renal. Sobre estes problemas, dados da SBH apontam que a hipertensão explica 25% dos casos de diálise por insuficiência renal crônica terminal, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (derrames) e 60% dos infartos do miocárdio, doenças que se configuram como as principais causas de morte no Brasil, sendo quase 300 mil óbitos por ano. (AR)

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