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CIDADE & REGIÃO

07/09/2007

Crime: Lavrador é morto ao reagir a abordagem policial

Detalhes Notícia

O lavrador Juliano Cavalcanti Fernandes (foto), 25 anos, que residia na rua 1º de Maio, na Vila Planalto, foi morto ontem pela manhã ao reagir a uma abordagem policial e, após tomar a arma de um solado, ter tentado atirar contra ele. O crime ocorreu por volta das 06h05, junto a linha férrea, entre o pontilhão da via de acesso sargento Luciano Arnaldo Covolan e a rua Alexandre Sabino, na Vila São Joaquim, em Penápolis.

Os policiais haviam recebido um comunicado de que um indivíduo estava furtando dormentes da linha férrea e foram checar a informação. Além de J.C.Z., 42, os soldados R.T.O.Z., 31 e M.A.B.M., 23, aparecem no boletim de ocorrência. Ao chegarem ao local, de sobre o pontilhão os PMs avistaram Juliano com um dormente em suas mãos e este, ao perceber a presença dos policiais decidiu por abandonar o objeto e escalando o barranco que dá acesso a uma extinta cerâmica, tentou fugir. Os policiais se dividiram e cercaram o local, sendo que na antiga indústria o soldado M. o abordou e ao reagir ambos entraram em luta corporal. Nesta primeira investida o lavrador tentou pela primeira vez tomar a arma do policial enquanto os dois se debatiam, mas, apesar de não alcançar o objetivo, Juliano conseguiu se desvencilhar e fugiu em direção a um matagal, onde ficou temporariamente escondido até novamente ir em direção à linha férrea, descendo a ribanceira. Neste local estavam, distantes um do outro, os soldados R. e J.,  enquanto que um terceiro policial, O.L.S., 36, percorria o trecho sobre o barranco.

J., ao localizar o lavrador mandou que parasse, mas, além de não obedecer, Juliano teria investido contra o policial. Os dois entraram em luta corporal e ao rolarem pelo chão a arma disparou uma vez, sem acertar a nenhum dos dois. O lavrador conseguiu tomar a arma e ao ficar em pé apontou-a em direção à cabeça do soldado. Neste instante M. se aproximava e ordenou que abaixasse o revólver enquanto efetuava um disparo de advertência. Persistindo em não obedecer, Juliano apontou a arma em direção de M., não restando outra alternativa ao policial a não ser atirar por quatro vezes. Três projéteis atingiram o alvo, um na coxa, um no tórax e o terceiro na cabeça. Ao cair no solo Juliano largou a arma e já não apresentava os sinais vitais. A Polícia Técnica constatou o furto dos dormentes.

Ontem o delegado Mauro Gabriel afirmou que Juliano já teve passagens pela Polícia por furto, crime que lhe rendeu um período de prisão em 1996. Contra ele ocorreu ainda um processo por porte de entorpecente. Como acontece em crime com morte, foi instaurado um inquérito policial tanto pela Polícia Civil, como pela Militar, que servirá para apurar as circunstâncias em que a morte do lavrador ocorreu. Ontem mesmo os policiais envolvidos na ocorrência foram ouvidos, bem como outros que participaram das diligências e vizinhos do local. Diligências na tentativa de encontrar outras testemunhas que passavam pelo local ou que de alguma forma presenciaram a ação, serão realizadas. Juliano, ao que tudo indica, há algum tempo furtava o material que dá sustentação à linha férrea. “Furtos naquele trecho da ferrovia vinham ocorrendo com freqüência, inclusive na quarta-feira representantes da empresa que explora o transporte ferroviário nos informou a respeito”, observou o delegado.

Caso seja comprovado que o policial agiu no restrito cumprimento do dever legal, que é uma das excludentes previsto pelo Código Penal, não será responsabilizado. Mas, caso seja comprovado que ocorreu excesso, através do processo responderá pelos atos praticados. O corpo de Juliano está sendo velado na sala 3 do Velório Municipal e o sepultamento está marcado para às 08h00. (SRF)

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