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CIDADE & REGIÃO

13/09/2007

Crime: Funcionários são presos por envolvimento em roubo

Detalhes Notícia

A Polícia Civil de Penápolis agiu rápido e em poucas horas conseguiu, além de esclarecer o roubo a uma indústria de Penápolis, ocorrida na manhã de segunda-feira, ainda prender quatro envolvidos, dois deles funcionários da própria empresa e recuperar parte do dinheiro roubado.

O assalto, que rendeu aos bandidos a quantia de R$ 50 mil, dinheiro que seria destinado ao pagamento de funcionários, ocorreu por volta das 08h10, quando dois assaltantes, um deles armado com uma pistola, rendeu os funcionários. A princípio o vigia da empresa, Luciano Gilbert da Silva, 31 anos, morador de Araçatuba, aparecia na ocorrência na condição de vítima, e, alegando ter sido agredido pelos marginais, chegou a ser socorrido e encaminhado ao Pronto-socorro para receber atendimento médico.

Segundo ele, para entrar na empresa os dois marginais teriam usado como tática a informação de que, enquanto um iria entregar um currículo para oferta de emprego, o outro receberia uma nota fiscal. Posteriormente a Polícia constatou que Luciano, preso acusado de participação, facilitou a entrada dos comparsas. Já dentro da empresa os demais funcionários e proprietários foram rendidos e obrigados a entregar o dinheiro que foi colocado em uma bolsa apresentada pela dupla. Um fato que chamou a atenção dos policiais foi que somente após o desenrolar de toda ação é que os dois invasores decidiram por colocar os capuzes em suas cabeças. Além de Luciano, foram presos o ex-policial militar João Marcelo Melhado, 33, residente em Araçatuba, o ex-segurança e ex-funcionário da empresa assaltada, Marcelo de Melo Gil, 29, morador de Penápolis e o vigia e policial militar aposentado de Rondônia, Paulo Sérgio de Oliveira, 48, também de Araçatuba. Os dois invasores fugiram em uma moto, possivelmente de propriedade do comparsa foragido, que havia sido deixada próxima à empresa. Um dos marginais havia se deslocado para Penápolis com a moto na noite anterior e pernoitado na residência de Marcelo, permanecendo neste local até o momento em que o dinheiro estivesse na empresa. “Isto obviamente dependia da informação que seria repassada pelo vigia que estava na empresa”, detalhou o policial.

 

Investigação

Conforme destacou ontem o delegado Mauro Gabriel, tão logo a informação do assalto chegou ao conhecimento da Polícia uma equipe de investigadores foi designada para cuidar do caso. “Logo de início os investigadores passaram a desconfiar do vigilante da empresa que afirmava ter sido agredido pelos assaltantes. Foi constatado que momentos antes Luciano havia falado ao aparelho celular e também acompanhou os invasores até o local onde estava o dinheiro”, afirmou o delegado. A informação de que Luciano havia sido violentamente agredido com chutes e coronhadas na cabeça também caiu por terra, pois ao ser examinado ele não apresentava ferimentos compatíveis às agressões relatadas. Os investigadores o acompanharam durante o atendimento médico, local onde também observaram algumas contradições em relação ao uso do celular. “Pelo telefone foi possível identificar as pessoas com quem ele manteve contato pouco antes do roubo, que são de Araçatuba”, descreveu Mauro Gabriel. Com o auxílio do centro de inteligência da Delegacia Seccional de Araçatuba foi identificado mais um integrante do bando, que também manteve contato por telefone e que, apesar de morar em Araçatuba, estava em Penápolis na hora do crime. Com a ajuda dos policiais da Delegacia de Investigações Gerais e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos, ambos de Araçatuba, foi localizado o ex-policial militar João Marcelo Melhado. Em sua residência foi encontrado R$ 8 mil, uma pistola 380 e dois aparelhos celulares. “O ex-PM foi trazido para Penápolis, onde foi reconhecido como um dos participantes do assalto, o mesmo ocorrendo com a arma”, afirmou o delegado. Neste ponto das investigações, Luciano, que se passava por vítima, acabou admitindo a participação no crime. “Sua parte foi informar aos comparsas o momento em que o dinheiro estivesse na empresa e facilitar a entrada dos demais assaltantes, deixando o portão aberto”, detalhou Mauro Gabriel. As investigações comprovaram que Luciano também manteve contato com o ex-funcionário da empresa assaltada, Marcelo de Melo Gil, que foi o responsável pela vinda até Penápolis de Paulo Sérgio. “Foi feito busca em sua residência e encontrado mais R$ 15 mil que estavam escondidos dentro de um recipiente com arroz. Diante das evidências ele também confessou participação”, comentou o delegado. Coube a Marcelo contatar os comparsas em Araçatuba, indicar a empresa onde iriam atuar bem como arrombar a porta do cômodo onde estava o dinheiro. Marcelo também informou a participação do policial aposentado.

Marcelo foi preso dentro da própria Delegacia de Polícia quando, na tentativa de disfarçar sua participação, se solidarizava com as vítimas. Antes da prisão Marcelo esteve na empresa e, pela sua conduta, os policiais acreditam que tentou acessar os arquivos do circuito interno de segurança com o objetivo de destruir as imagens que poderiam comprometer os comparsas. O restante do dinheiro roubado, de acordo com o depoimento dos acusados, está em poder de um quinto comparsa, que, apesar de identificado, não teve o nome divulgado. A Polícia está em seu encalço na tentativa de recuperar o dinheiro bem como realizar a prisão. Os policiais não descartam a possibilidade dos dois araçatubenses terem atuado em outros assaltos em Penápolis e região. Já ao ex-funcionário e o então vigia, a possibilidade é mais remota. João Melhado já tinha passagem por porte de arma de fogo, fato que o levou a ser excluído do quadro da Polícia Militar de Araçatuba. Os demais até então não contavam com passagens pela Polícia. Para o delegado, em muitos crimes, como exemplo este assalto, as vítimas acabam por criar condições para que o delito aconteça. “Empresas que utilizam de forma rotineira fazer pagamentos em dinheiro deveriam procurar por outra opção ou em último caso contatar a Polícia no sentido de pedir segurança”, finalizou o delegado. (SRF)

Foto: Coube ao ex-policial militar João Melhado invadir a empresa

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