CP: Diretoria é reeleita e dirige o clube por mais dois anos

A atual diretoria do Clube Penapolense, tendo a frente o comerciante Jânio José Raymundo, foi reconduzida para um mandato de mais dois anos. Não houve a necessidade eleição, já que nenhuma chapa inscreveu-se para concorrer. Uma mudança no estatuto, ocorrida na gestão do ex-presidente Evandro Lemos Domingues, possibilitou a recondução da atual diretoria sem a necessidade dos associados irem às urnas. Antigamente, mesmo com a inscrição de chapa única era necessária a realização da eleição, num processo desgastante e oneroso. Entre as despesas, o presidente destacou a necessidade de pagamento de horas extras para funcionários que trabalhavam no pleito.
“Todos os diretores e funcionários passavam o dia inteiro a disposição de um serviço que não tinha uma finalidade útil, já que a chapa que disputava a eleição sem concorrência era eleita com qualquer número de votos válidos”, disse Jânio.
 “Foi uma boa idéia para evitar custos aos cofres do clube. Atualmente todos os setores visam a redução de gastos e o clube não é diferente”, disse Jânio. A recondução ao cargo não abrangeu apenas o presidente e vice, mas, também os diretores. “Todos decidiram continuar, o que é muito bom, já que aprovaram o que vêm sendo feito pela diretoria”, enfatizou. O mandato terá início no dia 1º de julho e findará no dia 30 de junho de 2010.

Diretoria
Presidente:  Jânio José Raymundo
Vice-Presidente: Evandro Lemos Domingues
1º Secretário: Rodolfo Valadão Ambrósio
2º Secretário: Giovani Saes
1º Tesoureiro: Wladimir Conde
2º Tesoureiro: Odair Beltramello
1º Diretor de Esportes: José Raphael Caputo
2º Diretor de Esportes:  Fábio André Caputo Ferracini
1º Diretor Social: Willian César Bindo
2º Diretor Social: Silmara Maria Rocha
1º Diretor de Patrimônio: Valdir Garcia Pereira
2º Diretor de Patrimônio: Waldemir José Rodrigues

Grama sintética e piscina são os próximos alvos

Na atual gestão a diretoria teve por objetivo reformar o salão social, cujas obras foram inauguradas recentemente. Para o próximo mandato a intenção dos diretores é terminar a construção da cozinha, do próprio salão social, trocar o vinil da piscina aquecida utilizada pela hidroginástica e a grama sintética do mini-campo de futebol. Jânio enfatizou que essas melhorias serão implementadas assim que o caixa permitir. Atualmente o Clube Penapolense conta com um quadro de 1.700 associados, o que gera uma receita aproximada de R$ 70 mil mensalmente. “Os custos com a folha de pagamento, água, luz, telefone, encargos sociais, entre outras, que são altas, se aproximam do valor arrecadado. Isto sem contar com a inadimplência, o que nos faz agirmos com o pé no chão”, finalizou.

História
O Clube Penapolense foi fundado no dia 16 de janeiro de 1921, tendo comemorado este ano seu 67º aniversário. A princípio o clube funcionava em prédio instalado na avenida Rui Barbosa, número 798, onde atualmente encontra-se o Museu do Sol. Segundo um dos ex-presidentes do clube, o engenheiro e ex-prefeito, Edson João Geraissate, 80 anos, quando da criação do quadro de associados, Penápolis tinha apenas 13 anos de fundação. “Um grupo de moradores da época, entre eles o juiz de direito, Cândido da Cunha Cintra, Artur Ferreira e Osório Forchero Casasco, dentre outros, decidiram, percebendo da necessidade em que a cidade tinha no funcionamento de um clube social, fundar o Clube Penapolense”, afirmou Edson. Na época da fundação não foi decidido o local onde a sede seria construída, o que ocorreu já em 1925 na avenida Rui Barbosa. “A sede do clube funcionou neste prédio até a década de 1960”, afirmou o ex-presidente. Na época Penápolis contava com outro clube, bem acanhado, que era a Sociedade Esportiva Penapolense de Natação, onde atualmente está instalado o Clube Penapolense. Quando Edson Geraissate foi eleito presidente, na citada década, ele conseguiu convencer a diretoria da Esportiva em, pelo fato dos sócios serem os mesmos nos dois clubes, promover uma fusão. “Apesar de serem dois clubes, os sócios eram os mesmos. Em assembléia entre as duas diretorias foi feita a união e passou a ser apenas Clube Penapolense”, contou. A união ganhou força pelo fato do então Clube Penapolense ter uma sede mas não tinha praça de esportes, enquanto que a Esportiva tinha a praça de esporte, mas não tinha sede. “Conseguimos unir o útil ao agradável nesta importante página do clube”, afirmou Edson, lembrando que o Clube Penapolense passou a ocupar o espaço esportivo do outro clube, que tinha apenas uma piscina, um quiosque e um pequeno bar. Por volta de 1967 a antiga sede do CP foi alugada para a instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis e ali funcionou até que a atual estrutura, onde funciona atualmente, fosse construída. O próprio Edson, na presidência por seis anos conseguiu um empréstimo para a construção do salão social, que posteriormente foi ampliada em várias etapas e por presidentes diversos. Como curiosidade, Edson lembra que a avenida Luís Osório não tinha a curva que apresenta hoje. Por ser em linha reta trazia perigo em especial às crianças nas saídas. Edson, ainda como presidente conseguiu fazer com que o traçado fosse mudado, criando a área de escape que atualmente ser também como estacionamento. Posteriormente, para evitar que o prédio construído em 1925 fosse comercializado e até demolido, ele foi tombado como patrimônio público e comercializado pela Prefeitura Municipal de Penápolis. “Hoje o clube está muito bem e tem um presidente esforçado, que gosta do que faz e se esforça para dotá-lo do que há de melhor”, afirmou o ex-presidente. Para o futuro, em sua opinião, seguindo a tendência de crescimento, será necessária a aquisição de uma nova área para proporcionar a expansão do espaço físico. (SRF)

Foto: Atualmente o CP conta com uma boa estrutura física