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CIDADE & REGIÃO

21/11/2018

Corte de árvores na margem de ferrovia gera reclamações

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
O corte de árvores já começou no bairro Cidade Jardim e a limpeza das margens da ferrovia deve durar 15 dias

DA REPORTAGEM

O corte de árvores feito às margens da linha férrea pela empresa Rumo, que administra as operações de trens da região, está causando indignação de moradores dos bairros Cidade Jardim e São Joaquim, em Penápolis. É que muitas árvores que estão plantadas e que cresceram de forma natural às margens da linha férrea serão cortadas nos próximos 15 dias. Além disso, uma grande limpeza da área de barrancos que estão ao redor da ferrovia também está sendo feita. 
A principal reclamação dos moradores é de que o trabalho, além de causar danos nas diversas espécies plantadas no local, ainda colocará fim às sombras e refúgios de pássaros que usam os galhos como refúgio. 
A empresa Rumo alega que as obras na ferrovia são para atender os critérios de segurança operacionais. 
Segundo o apurado pela reportagem do DIÁRIO, os trabalhos de corte das árvores iniciaram na última quinta-feira (15) e deve durar 15 dias. A expectativa é de que sejam eliminadas árvores em um trajeto de dois quilômetros às margens da ferrovia, iniciando pelo trecho que passa pelo bairro Cidade Jardim e chegando ao bairro São Joaquim. A reportagem conseguiu apurar que uma empresa foi terceirizada pela Rumo para a execução do trabalho.
O corte de árvores teria sido necessário por que o grande volume de sombra que é causado sobre a ferrovia tem causado risco de acidentes com os trens que passam pelo local diariamente. A sombra não deixa que o solo seque, deixando-o sempre úmido, o que tem causado pequenos desmoronamentos de terra que têm afetado a estabilidade dos trilhos, podendo causar graves descarrilamentos no local. 
A reportagem apurou também que, há cerca de um mês, uma composição que passava pela linha férrea na altura do bairro Cidade Jardim descarrilou, entretanto, sem causar maiores estragos ou prejuízos. Funcionários da Rumo teriam trabalhado no local durante uma tarde e madrugada inteira para reparar os danos nos trilhos.
Um estudo técnico teria sido feito e descartado a erradicação de todas as árvores às margens da ferrovia, mas somente aquelas que causam sombra sobre os trilhos. 

PM Ambiental
O corte das árvores chegou a virar caso de polícia. Moradores do bairro Cidade Jardim acionaram a Polícia Militar Ambiental para denunciar suposto crime ambiental praticado na obra. Os policiais foram ao local, mas constataram que todo o trabalho está sendo feito de acordo com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis, o Ibama. 
A reportagem teve acesso à Autorização de Supressão de Vegetação emitido pelo Instituto, que autoriza a empresa a realizar a poda, supressão de vegetação e a intervenção de Área de Preservação Permanente. Segundo o documento, a operação é necessária para as atividades de estabilização e recomposição de taludes e estruturas de contenção, além da manutenção de obras na malha ferroviária. O documento diz que a autorização tem validade de 10 anos. 
O Ibama emitiu ainda, segundo os documentos, a Licença de Operação, que autoriza a colocação de maquinários para os trabalhos na ferrovia. Esta licença também tem validade de 10 anos. 

Rumo
Em nota, a Rumo afirmou que as obras na ferrovia em Penápolis são para atender aos critérios de segurança operacionais mínimos. “Com isso serão reduzidos os riscos de acidentes ferroviários e deslizamentos. A supressão da referida vegetação dentro da faixa de domínio da ferrovia é amparada pela Licença de Operação do Ibama, junto com a Resolução Conama nº 479/2017 no seu artigo 5º”, afirmou a Rumo.
A nota ressalta ainda que os locais não são Unidades de Conservação (UC) ou Área de Preservação Permanente (APP). “Além disso, o trecho citado possui apenas vegetação de nascimento espontâneo (natural), onde não foram observadas espécies protegidas ou ameaçadas de extinção. Por fim, todos os documentos das atividades foram apresentados ao órgão responsável”, ressaltou a nota enviada pela Rumo.

(Rafael Machi)

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