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CIDADE & REGIÃO

22/03/2020

Coronavírus: Penapolense conta como está vivendo nos EUA

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia
A jornalista Amanda Bogo, que há 1 ano e meio mora nos EUA, relata como está sua rotina em meio a pandemia do Coronavírus

DA REDAÇÃO

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem chamado a atenção e assustado as pessoas em todo o mundo. Diversos brasileiros que vivem em outros países também têm relatado suas preocupações com a doença. O mesmo acontece com a jornalista penapolense Amanda Bogo Rodrigues, de 26 anos, e que há um ano e meio reside na cidade de New Canaan, no estado de Connecticut. Segundo o que foi divulgado pela imprensa americana, somente aquele estado possui mais de 150 casos confirmados da doença, sendo três mortes confirmadas em decorrência do coronavírus. Do total de mortes, duas haviam sido registradas na cidade onde mora a penapolense, sendo dois idosos de 91 e 80 anos de idade.
Com exclusividade, a jovem jornalista relatou como está vivendo nos Estados Unidos e como a cidade onde reside, que fica a uma hora de Nova York, têm se adaptado para combater a nova doença.
Mais de 13 mil pessoas de todo o país foram diagnosticadas com a doença e 200 morreram. Os estados de Washington, Nova York e Califórnia concentraram os maiores números até o momento.

Você também está em isolamento em casa? 
Sim. Eu faço intercâmbio de trabalho como babá então, basicamente, minha rotina de trabalho já era dentro de casa, saía para fazer as atividades com as crianças. Agora a minha família anfitriã está toda em casa. As crianças estão sem aula até o dia 31 de março e os pais estão trabalhando de casa, sem previsão para retornar ao escritório. 

Quais os cuidados que você está tendo aí em relação ao contato com as demais pessoas?
Na casa onde eu moro, nós estamos evitando ao máximo sair de casa. Apenas se for algo extremamente necessário. Nós também não fazemos mais compras diretamente no mercado, mas compramos comida e outras coisas necessárias pela Amazon. Também tenho muita atenção para sempre estar lavando as mãos.
 
Existe quarentena na cidade?
Sim, existe a quarentena voluntária e as pessoas estão realmente levando a sério. Até agora eu só vejo poucas pessoas na rua, sozinhas, fazendo caminhadas/exercícios.
 
Como está o comércio? 
Na minha cidade algumas lojas estão fechadas, outras abertas, mas não deixam os clientes entrarem. Nas pizzarias, por exemplo, você faz o pedido da porta pelo lado de fora. Uma hamburgueria aceita pedidos on-line ou por telefone e agora eles deixaram uma mesa do lado de fora do restaurante com caixas, aí você só pega seu pedido de dentro da caixa e vai embora. Academias e cinemas estão todos fechados também.

E o transporte público? 
Nos Estados Unidos, de modo geral, não existe transporte público em pequenas cidades. Na minha, por exemplo, não tem. Na cidade em que eu morei em New Jersey também não. O serviço de transporte público é mais comum em cidades maiores como Nova York e capitais. O pouco que vi na tv é que as estações de metrô em Nova York estão mais vazias.
 
Como estão lidando com o contágio por coronavírus?
O que me deixou abismada foi que, antes mesmo da quarentena começar, umas três semanas antes do vírus realmente atingir o país em maior número de casos, os mercados já começaram a ficar com produtos esgotados. Não tem papel higiênico, álcool em gel, água. Você já não encontrava mais nada disso para comprar.
Os boatos que eu ouço é que as coisas vão realmente ser retomadas apenas em julho/agosto, mas eu ainda prefiro não acreditar nisso. Minhas aulas foram canceladas e eu vou terminar meu curso fazendo aulas on-line
Oficialmente parece que as escolas vão reabrir dia 1 de abril, mas estamos no aguardo pra ver se a quarentena vai ser prolongada ou não.
Eu tive medo do pânico generalizado, não do vírus. Eu me senti assustada quando eu vi as pessoas surtando, as informações não confirmadas sendo repassadas e os lugares fechando. 
Também me assustei quando cancelaram os voos internacionais, porque agora eu não posso voltar para o Brasil.
Entretanto, estou muito mais calma. Vai de cada um de nós os cuidados para não contrair e transmitir o vírus e não deixar a onda de medo nos atingir psicologicamente. Hoje, minha maior preocupação são os pais longe, que fazem parte do grupo de risco.

(Com participação – Amanda Bogo)

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