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CIDADE & REGIÃO

01/11/2018

Concorrência de Finados: Ambulantes buscam meios de manter vendas de flores

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Para não perder vendas, ambulantes também passaram a fazer vendas com cartões de crédito e débito

DA REPORTAGEM

Com a proximidade do dia de Finados, comemorado no dia 2 de novembro, uma das cenas mais comuns para quem vai aos cemitérios da cidade é a presença de ambulantes que ficam nas proximidades vendendo flores e velas. 
Em Penápolis, por exemplo, a grande movimentação de concentra em frente à Necrópole Santa Cruz, que todos os anos recebe milhares de visitantes na semana e no dia de Finados. É justamente esta grande aglomeração de pessoas e a tradição de enfeitar os túmulos de seus entes falecidos com flores que atrai estes ambulantes que veem nesta data, a oportunidade de ganhar uma renda extra na família. Entretanto, há alguns anos que a procura por flores na frente do cemitério vem caindo, o que tem desanimado alguns destes ambulantes, que passaram a ter lucros cada vez menores e a procurar alternativas de manter as vendas nesta época. 
Um dos ambulantes que mais sentiu esta queda foi o vendedor de flores e velas Rodrigo Gil. Ele contou para a reportagem que há mais de 10 anos trabalha na frente da Necrópole, mas que as vendas caíram muito nos últimos anos e que hoje vende apenas 10% de velas e flores que vendia no passado.
Para ele, o principal motivo da queda foi a grande variedade dos produtos encontrados em outros locais da cidade. “Antes você não tinha esta grande variedade de flores vendidas no comércio e em supermercados. As pessoas vinham para o cemitério com a intenção de comprar suas flores e velas aqui, onde era a oportunidade de faturamento do ambulante. Hoje, você encontra flores, naturais e artificiais, em qualquer lugar, tornando a compra do produto muito mais fácil para a pessoa, que passou a vir para o cemitério trazendo suas flores, deixando o ambulante como segunda opção”, explicou.

Crédito ou débito?
Outro motivo que fez com que as pessoas passassem a procurar outros locais para compra de flores e velas foi a facilidade que as lojas oferecem no pagamento através do cartão de débito e crédito. “Se uma pessoa vai em um supermercado no fim do mês, ela acaba aproveitado para comprar as flores porque sabe que poderá pagar no cartão. Se for crédito, só irá pagar no mês seguinte”, afirmou Rodrigo. 
Foi justamente pensando nesta facilidade que ele também passou a oferecer o pagamento com cartão de crédito e débito. “A solução é você se adequar ao mercado e ao cliente. Comprei uma máquina de cartão de fácil manuseio e passei a utilizá-la, neste ano para as vendas de Finados, o que me fez aumentar minha expectativa. Ou você se adéqua ou perde cada vez mais as vendas”, acrescentou o ambulante.
Na manhã em que a reportagem esteve no local conversando com ele, suas vendas haviam sido feitas através do cartão. 

Última hora
Para a estudante Vitória Regina da Silva, que ajuda o pai com a venda de flores e velas na frente da Necrópole, a venda dos ambulantes se resume aos clientes que deixam a compra para a última hora. Segundo ela, a expectativa de vendas sempre tem que ser positiva, mas ela também reconhece que não são mais como antes. “Foi justamente esta expansão na venda de flores e velas em demais locais da cidade que fez com que o cliente tivesse mais opções de compra e facilidade no seu dia-a-dia. As pessoas passaram a comprar com antecedência. Hoje a maioria das vendas que fazemos é para pessoas que vieram para o cemitério e que decidiram, na última hora, comprar os produtos”, afirmou.
Foi justamente isso o que aconteceu com o lavrador Ismael Gabriel. Ele revelou que mora no estado do Mato Grosso e que veio a Penápolis para resolver algumas coisas pessoais. 
Por estar próximo do dia de Finados, resolveu visitar o túmulo dos pais, que estão sepultados na Necrópole. “Vim de última hora fazer minha oração aos meus pais. Quando estava chegando na porta do cemitério vi as flores e velas e decidi comprá-las. Para mim foi uma facilidade a compra com o ambulante porque está mais perto e acessível, por isso decidi pela compra aqui mesmo”, revelou.

(Rafael Machi)

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