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CIDADE & REGIÃO

26/01/2017

Com falta de recursos, maquinários ficam parados no IMP

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Terreno do IMP foi tomado pelo mato e até a última terça-feira sujeira tomava conta do prédio

DA REPORTAGEM

A falta de recursos para investimento em alguns cursos do Instituto Municipal de Profissões (IMP) de Penápolis fez com que diversos equipamentos ficassem sem uso nos galpões do instituto, inaugurado em maio de 2013.
Dentre os equipamentos então tornos mecânicos, frisadoras, retificadora universal e de superfície, além de cerca de 30 máquinas de costura industrial. 
Os equipamentos pertencem ao Serviço Nacional da Indústria (Senai) que foram cedidos à Prefeitura a partir de 2014 por conta da parceria firmada para a realização de cursos profissionalizantes no município e juntos representam um investimento de mais de R$ 2 milhões.
Na tarde de terça-feira (24) a reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS esteve no local e constatou os equipamentos sem uso. As máquinas ocupam algumas das salas do Instituto, além de um galpão onde estão instalados os tornos e frisadoras, além de outras máquinas que estavam sendo usadas para diferentes cursos.
A poeira sobre o equipamento também é grande, o que indica que o maquinário não é utilizado há alguns meses.
O prédio do IMP também apresenta bastante sujeira. A reportagem constatou que além da poeira em salas de aula, alguns danos foram ocasionados no prédio, principalmente no teto e forro, que apresentam buracos. O mato também tomou conta do terreno onde está instalado o IMP.
No local, também existe uma sala construída pelos próprios alunos do curso de construção civil. Entretanto, no local existem apenas entulhos. O mesmo acontece com o espaço que havia sido destinado às aulas de marcenaria. Durante a visita ao espaço, a reportagem descobriu ainda que, mesmo guardando maquinários de alto valor, o espaço não possui vigia, o que deixa todo equipamento vulnerável a furtos. 
O Instituo Municipal de Profissões está sem aulas desde o início de dezembro do ano passado, quando foi encerrado o período de cursos que ainda eram realizados e foi dado recesso aos funcionários. Os cursos devem retornar no início de fevereiro.
O atual coordenador do IMP, Fábio Ferreira, assumiu o cargo no dia 12 de janeiro. Ele disse que ficou assustado com a situação em que se encontra o IMP e disse que solicitou um levantamento do maquinário que existe no local. “Eu também havia solicitado a visita de um representante do Senai para que pudéssemos ver a situação em que se encontra hoje os convênios firmados e também para que ele visse o equipamento e pudesse nos dar um posicionamento, para, só depois, iniciarmos a limpeza e manutenção de tudo”, revelou. 
A visita ocorreu nesta semana.

Fim dos cursos
A reportagem entrou em contato com o ex-coordenador do IMP, Manoel Feliciano de Oliveira. Ele esteve à frente do Instituto desde sua criação e permaneceu até o meio do ano passado, quando se afastou por compromissos políticos.
Ele lamentou que o IMP não esteja, ao menos por enquanto, oferecendo cursos profissionalizantes como o de torneiro mecânico, retífica de peças, entre outros, mas esclareceu que os cursos foram se extinguindo por conta da falta de recursos. “Por conta da crise financeira do último ano, o Senai, infelizmente, deixou de nos enviar recursos que eram importantes para a manutenção dos cursos. Temos uma parceria importante, inclusive pudemos contar com o Senai na modernização de maquinários, tudo sem gastos para a prefeitura, mas sem a ajuda fundamental do Senai, infelizmente não temos condições de mantermos sozinhos os cursos”, disse.
Ele explicou ainda que para que haja a certificação dos cursos pelo Senai, é necessário manter uma série de exigências de acordo com a qualidade dos cursos oferecidos pelo órgão. “O professor precisa ser treinado pelo Senai e contamos com uma série de materiais que nos são fornecidos. Desta forma, para mantermos estes cursos, que são caros, precisamos desta ajuda. Como ela não vinha ocorrendo, infelizmente não tínhamos como manter mais turmas”, explicou.
Com relação ao curso da Construção Civil, Manoel explicou que o curso pertence ao Fundo Social de Solidariedade e que o IMP apenas cedeu o espaço. “Este curso é uma parceria do Governo do Estado com o Fundo Social da cidade. A então presidente, Tudinha Fonseca, me pediu um espaço e eu o cedi, oportunidade em que eles começaram a construir a sala citada, mas que não foi terminada porque depois de algum tempo a Tudinha conseguiu um espaço próprio e adequou o curso”, revelou. 
Em relação ao curso de marceneiro, Manoel disse ainda que ele foi inviabilizado por questão de segurança dos alunos já que envolvia máquinas com alto risco de acidentes, não havendo um seguro para os alunos.
Ele finalizou ressaltando ainda que outros cursos que eram de responsabilidade do Instituto e que possuem orçamento mais barato estavam sendo feitos pelo IMP, tais como auxiliar administrativo, cabeleireiro, maquiagem, depilação, entre outros.
Em relação à limpeza do espaço, a última coordenadora que assumiu o serviço, Telma Rossi, disse que a limpeza de salas de aula e do terreno vinha sendo feita regularmente, mas que, por conta do recesso dos funcionários, a limpeza deixou de ocorrer e que seria retomada com o fim do recesso, no mês de janeiro em preparação para o retorno das aulas, mas que ao ser exonerada a responsabilidade passou a ser do novo coordenador, que teria sido orientado em relação ao processo. Nesta quarta-feira (25), um trabalho de limpeza havia sido iniciado no interior do IMP.

(Rafael Machi)

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