Clima de paz: Sem discussões, Célio e Feltrin são empossados

DA REPORTAGEM

O prefeito eleito de Penápolis, Célio de Oliveira (PSDB) e seu vice Carlos Alberto Feltrin (PMDB) tomaram posse de seus cargos no Poder Executivo durante solenidade realizada na noite de sábado (13) na Câmara Municipal. Presentes na cerimônia, autoridades civis e religiosas, deputados, convidados e, público em geral. Todos os vereadores da base aliada de Célio estiveram presentes, e somente dois da “oposição, Bruno Marcos Araújo – que presidiu a sessão solene – e o vereador José Antônio Chacon, o “Cabeça do Coletivo”, sendo ambos do PSD. Os demais vereadores do partido, Ester Mioto, Júlio Caetano e o líder da bancada Rodolfo Valadão Ambrósio, não compareceram ao evento. Também não participou o então presidente do Legislativo, Evandro Tervedo Novaes (DEM). Se por um lado o evento foi marcado pela ausência de vereadores, por outro, a presença do ex-prefeito interino, Rubens Bertolini (SD), chamou a atenção de todos com seu discurso de paz e apoio ao prefeito Célio de Oliveira. Dentre os vereadores que fizeram uso da palavra, apenas Ivan Sammarco (PPS) aproveitou a oportunidade para criticar Bertolini em seu discurso. Quem também criticou Rubinho foi o vice-prefeito, Feltrin. “Meu pai me ensinou que a gratidão deve sempre existir, mas não foi isso que aconteceu com o Célio, que mesmo depois de tudo o que fez por muitas pessoas, ainda foi apunhalado pelas costas”, comentou ao se referir ao ex-prefeito interino. Feltrin também falou da responsabilidade ao trabalhar como vice-prefeito e se emocionou muito ao se lembrar do pai já falecido. “Meu pai foi um grande exemplo pra mim e o guardo em minha memória. Ele me ensinou muita coisa, como a responsabilidade do trabalho. É seguindo este exemplo que quero ajudar a fazer nossa cidade crescer, afirmou. Também participaram da solenidade e fizeram uso da palavra, os deputados estaduais Roque Barbieri e Gilmar Gimenes.

Bertolini
Rubens Bertolini, presente na sessão, foi vaiado pelo público presente quando pediu para fazer uso da tribuna. Ele revelou que conversou com Célio um dia antes da posse e que lhe passou a atual situação da Prefeitura. Além disso, ele destacou a importância de se trabalhar juntos. “Estaremos sempre juntos para o bem deste povo. Que a paz reine no Poder Legislativo, na Prefeitura e no município. Estamos atravessando momentos difíceis. O Executivo, hoje, com a escassez de recursos, enfrenta momentos difíceis”, afirmou. Bertolini retornou para a Câmara de Vereadores e assume o cargo de presidente, para qual foi eleito na primeira sessão. “Como líder do Executivo, pretendo acompanhar as ações feitas enquanto estive prefeito e auxiliando o senhor naquilo que for necessário. Em relação aos convênios está tudo em ordem. O caixa, toda a situação com o pessoal, parcelamentos entre outros. Vamos fazer uma prestação de contas para lhe entregar, em mãos, a real situação da Prefeitura”, enfatizou o agora presidente do Legislativo.  

Célio
Após ser empossado, Célio de Oliveira destacou suas principais ações de seu primeiro mandato. Entre elas a intervenção na Santa Casa e na Funepe. O apoio prestado pelo Executivo na vinda da usina Clealco, lojas varejistas, supermercados também foi lembrado por ele, que também citou o PoupaTempo. “Ressalto também, a empresa que vai mudar o setor agrícola de nossa cidade, a Laticínios Bonolat, que muitos disseram que eu estava usando de propaganda política. Que não acreditavam neste sonho e hoje, passam na rodovia Arnaldo Covolan e vêem à gigante sendo erguida, o sonho que se torna realidade”, destacou. Assim como vem enfatizando nos últimos dias, Célio também comentou a vitória alcançada na Justiça, e que possibilitou sua retomada ao Executivo. “Lembro mais uma vez, da vitória por unanimidade no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ela não foi somente minha, mas de toda uma população que me deu seu voto de confiança e que acreditou no meu trabalho. Vencemos nas urnas e agora vamos vencer a frente do Executivo”, ressaltou. Célio aproveitou a presença em sua posse do vereador em Araçatuba, Cido Saraiva, e pediu a união dos vereadores penapolenses na briga pelo AME. “Enquanto os vereadores brigam por questões políticas aqui, em Araçatuba eles se unem pelo AME. Que me desculpe meu amigo Cido Saraiva, aqui presente. Mas, por favor, leve o recado aos seus companheiros que o AME é nosso. Vou brigar incansavelmente por algo que nos foi prometido e que por direito é nosso”, afirmou Célio. Além disso, ele também falou de suas principais ações para seu segundo mandato. “Precisamos ter atenção especial com a saúde e a educação, que geram qualidade de vida para nossa população. Vamos zelar pela beleza de nossa cidade como sempre fizemos através de sua limpeza. O funcionário público e o transporte coletivo também terão nossa atenção. Enfim, temos que acelerar o ritmo de nossa cidade e voltar, o quanto antes, com seu desenvolvimento”, acrescentou. 

Festa
Ao fim da sessão de posse, Célio foi abraçado por muitos dos presentes na Câmara. Ele e Feltrin ainda fizeram a tradicional caminhada até o Paço Municipal, onde ocorreu queima de fogos. Na frente da Prefeitura foram proferidos mais discursos, dentre eles o de autoridades religiosas, que pediram bênçãos ao novo trabalho. Por fim, Célio, Feltrin e secretários foram ao gabinete juntamente com diversas pessoas que quiseram acompanhar o momento. Célio voltou a destacar sua vitória no TSE e enfatizou a participação popular em seu mandato. “Quero uma Prefeitura assim, de portas abertas para as pessoas. Quero receber a todos em meu gabinete, pois desejo um trabalho voltado para o povo, um trabalho do povo. Por isso, digo que podem contar sempre comigo aqui na Prefeitura”, finalizou após apresentar seus secretários, que assinaram um termo de compromisso de trabalho.  Apesar de pouquíssimas pessoas do lado de fora da Prefeitura, já por volta das 23h30 – horário em que se encerraram as solenidades, um show com uma banda local foi realizado em um palco improvisado na avenida Marginal Maria Chica, encerrado-se também a festa popular prometida por Célio um dia antes de sua posse e que, segundo ele, foi paga com dinheiro doado por secretários e amigos.

(Rafael Machi)