CIP é aprovada em segunda discussão

Por 7 votos a 6, a Câmara Municipal de Penápolis aprovou anteontem em 2ª e última discussão  projeto de autoria do Executivo para instituição da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cip). A nova cobrança, na conta de energia elétrica, deverá acontecer a partir de 2014, quando a prefeitura assumirá a manutenção dos braços de luz dos postes, por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Imóveis residenciais pagarão R$ 5,00 e os imóveis de comércio e indústria, R$ 10,00 mensais. Na discussão do projeto, o vereador Lucas Casella (PV), repercutiu que 3 mil famílias classificadas como baixa renda terão isenção total da cobrança. Ele disse que a efetivação da Cip, possibilitará um grande avanço para a iluminação. “Temos ainda 2.450 lâmpadas para serem trocadas em Penápolis. Desde 2012 a CPFL não tem feito mais este serviço. A Cip trará um ganho importante para a cidade”, disse Lucas Casella. O vereador Rodolfo Valadão Ambrósio, o Dr. Rodolfo (PV), considerou que a conta de energia elétrica ainda ficará mais barata em 2014 se comparada com 2012. “Podem fazer a comparação. Pegar uma conta de 2012 e outra com o mesmo consumo e Cip, em 2014. O novo valor será menor”. O vereador Luiz Antonio Alves de Oliveira, o Professor Luiz (PSDB), manifestou preocupação com crescimento dos valores cobrados através da Cip. “O início é de R$ 5,00, mas a quanto poderemos chegar?”, disse o tucano ao repercutir comentário do gerente de negócios da CPFL, Kleber de Almeida Araújo, de que as cobranças estipuladas pela administração municipal poderiam não cobrir totalmente a manutenção dos braços de luz. O vereador Ricardinho Castilho (PV),defendeu ações do município para que a CPFL pague pela utilização do solo do município para colocação de postes de energia elétrica. “ Invés de pagarmos, podemos receber R$ 5,00 por poste da CPFL”. O vereador Fábio Pereira, o Fabinho (PSDB), questionou os critérios de cobrança da Cip. “Como pode uma empresa do tamanho da Midori, por exemplo, pagar R$ 10,00, e uma outra empresa bem menor, pagar o mesmo valor?”. O vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB), afirmou  que a zona azul, projeto de sua autoria, teve ampla discussão antes de ser efetivado. “Foram dois anos de discussão, muitas visitas a outras cidades e adesão de apoios. Hoje a zona azul tem algumas falhas, como valor alto e grande área para poucos funcionários, mas traz um resultado muito positivo”. O vereador José Santino, o Zezinho Leiteiro (PT), falou que votava conscientemente contra a Cip. “Voto a favor da população”. O vereador Zeca Monteiro (PT), pediu serenidade na votação da Cip e aproveitou para repercutir os 25 anos da Constituição Cidadã. O vereador Nardão Sacomnai (DEM), afirmou que a Cip seria implantada na nova gestão do município, independente que quem fosse o prefeito. “Não tem saída. E quando foi criado o fundo para os bombeiros, muitas críticas também aconteceram e hoje temos uma ótima estrutura para a corporação. A zona azul foi muito criticada na sua instituição e também proporciona benefícios importantes e em prol da Apae e Casa Abrigo”. O presidente da Câmara Municipal, Caíque Rossi (PSD), esclareceu que não procede informação de que haverá duas cobranças de energia elétrica. Ele disse que os grandes avanços acontecem com coragem. “Temos que ter coragem e ousadia, como os grandes que fizeram história”.  A criação da Cip em segunda e última discussão foi  aprovada com os votos favoráveis dos vereadores Alexandre Gil, Caíque Rossi, Joaquim da Delegacia, Jonas do Povo, Lucas Casella, Nardão Sacomani e Dr. Rodolfo. Contrários votaram os vereadores Fabinho, Tiquinho, Zeca Monteiro, José Santino, Professor Luis e Ricardinho Castilho.

Imprensa/Câmara