Cheiro forte e mato geram reclamações de moradores

DA REPORTAGEM

Moradores próximos ao córrego Maria Chica, na altura do centro de lazer, têm reclamado do mato que quase cobre o leito do rio na parte mais alta. Segundo reclamações à equipe de reportagem do Diário, o mato tem crescido exageradamente, fazendo com que parte do córrego fique coberto podendo ocasionar o aparecimento de insetos.

Para a munícipe Tereza dos Santos Aguiar, moradora próxima ao local, o mato têm gerado incômodos, principalmente no fim da tarde. "Já cansamos de matar pernilongos e outros mosquitos que aparecem aqui, a quantidade é grande, tudo por causa do mato em local úmido", afirmou. Ela disse não entender a razão do crescimento. "A prefeitura sempre realizou os cuidados necessários com o córrego, constantemente a limpeza das margens é realizada, mas não entendo o porquê deste pedaço ficar praticamente abandonado", comentou. Ela se mostrou preocupada com o possível aparecimento de animais peçonhentos. "É preocupante, pois afinal esta água vem de uma área cercada por mato, o que facilita a proliferação destes animais que podem subir para a rua e até mesmo entrar em uma das casas", disse. A reportagem esteve no local e constatou o problema. A Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que os responsáveis têm conhecimento sobre o problema, mas que nada pode ser feito para erradicá-lo, pois o corte total do mato pode acarretar em crime ambiental.

A Secom também informou que o mato naquele local impede com que a terra que desce junto com a água se acumule em outros trechos do córrego, correndo o risco de causar um assoreamento do rio. A prefeitura está providenciando ações para amenizar o problema.

Cheiro

Outra reclamação que envolve o córrego, é de moradores da região da Vila Fátima, sobre o mau cheiro, semelhante ao de esgoto, sentido diariamente no início da noite. O odor que tem desagradado os munícipes daquela região, é bastante perceptível entre 19h00 e 21h00. A reportagem procurou o Daep (Departamento de Água e Esgoto de Penápolis) e, segundo o Assistente Técnico da autarquia, Amir Gualda Ferlin, diversas reclamações já haviam sido feitas pelos moradores do local. Segundo ele, uma equipe do Daep realizou a vistoria de toda a rede de esgoto da região, porém nenhum problema foi constatado.

"Nada de anormal foi encontrado pela nossa equipe, além disso, as lagoas de tratamento, que cuidam de 100% do esgoto do município, estão funcionando de forma normal fazendo com que desconheçamos a origem do problema", afirmou. Ele disse que a situação já foi informada a Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que deve assumir a averiguação do problema. A reportagem tentou entrar em contato com a Sabesp, mas não conseguiu. (Rafael Machi)