Centro de Distribuição dos Correios adere à greve

DA REPORTAGEM

A greve dos funcionários dos Correios que já se espalha por diversas cidades do Brasil também já atingiu os funcionários de Penápolis. Isso porque, desde ontem, 70% dos funcionários do Centro de Distribuição da cidade também pararam seus trabalhos, aderindo assim à greve. A informação foi confirmada através do Sindicato dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de Bauru e Região (Sindecteb), que abrange cidades da região, como Araçatuba e Birigui, onde a greve foi aderida pelos funcionários dos Correios desde a semana passada. De acordo com o diretor sindical de base em Araçatuba, Silvio Prudêncio, a decisão pela adesão à greve em Penápolis ocorreu depois de assembleia realizada na última sexta-feira (18) em Araçatuba, onde funcionários dos Correios decidiram manter o movimento na região. “Com a decisão pela continuidade da greve, uma comissão foi formada e viemos até Penápolis convidar os funcionários do Centro de Distribuição para que aderissem à greve. Depois de conversamos com eles, 70% dos funcionários aderiram de imediato à nossa causa”, comentou. Ainda de acordo com Prudêncio, a chamada foi estendida às agências da cidade, entretanto, os funcionários e atendentes preferiram tomar a decisão através de assembleia interna que seria realizada na tarde desta segunda-feira (21).
A reportagem conversou no fim da tarde com Prudêncio e ele informou que nenhuma decisão havia sido passada para ele até aquele momento. Contatos com as agências dos Correios de Penápolis também foram feitos, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. “Vamos aguardar algum comunicado das agências de Penápolis para saber se aderem ou não ao movimento. Fizemos as chamadas para eles e agora nos resta aguardar para saber a decisão”, afirmou.

Continuidade
Prudêncio informou que uma assembleia geral com funcionários dos Correios em toda a região também foi realizada na tarde de ontem em Araçatuba. Neste encontro, ficou decidido que os funcionários que já entraram em greve permanecerão parados, pelos menos, até a próxima sexta-feira (25), quando uma tentativa de conciliação em nível nacional deve ocorrer, dando rumo à greve em todo o Brasil. Os trabalhadores que optaram pela greve votaram contra a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ela prevê R$ 200 de aumento linear para todos os trabalhadores, em forma de gratificação, a ser paga da seguinte maneira: R$ 150 a partir de agosto de 2015 e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, com incorporação de 25% dos R$ 200 em agosto de 2016; reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015; incorporação de R$ 150 da Gratificação de Incentivo à Produtividade, que segundo os Correios já está sendo paga desde o ano passado, sendo R$ 100 em janeiro de 2016 e R$ 50 em maio de 2016 e a manutenção do plano de saúde. (Rafael Machi)