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CIDADE & REGIÃO

25/10/2008

Centenário: Origem e povoamento da "Princesa da Noroeste"

A Região dos "Campos do Avanhandava" e do "Salto do Avanhandava" no baixo Rio Tietê, quando da chegada dos primeiros pioneiros, era habitada pelos índios Coroados (ou Kaingang ou ainda Caingangue) vindos do sul do Brasil. O topônimo Ava - Nhandava significa: " O índio que fala o dialeto Nhandeva", por isso não se diz: "salto de", e, sim, se diz: "Salto do Avanhandava" ou "Cachoeira do Avanhandava", e por isso se acredita que os nhandevas predominavam na região quando da chegada dos índios Coroados. A primeira presença do Estado brasileiro na região foi, na década de 1860, pouco antes da Guerra do Paraguai, uma Colônia Militar (quartel, fortaleza), próxima ao Salto do Avanhandava, que recebeu o nome de Colônia do Avanhandava e a alcunha de Degredo. Naquela época se criaram várias colônias militares em todo o Brasil para proteção das fronteiras e para "proteger a população do interior contra índios selvagens, facilitar as comunicações e o comércio e ajudar os núcleos civis que se fundarem nas suas vizinhanças".
A Colônia do Avanhandava, localizada próximo ao porto de desembarque, o Porto do Cruz, no rio Tiête, pouco antes da Cachoeira do Avanhandava, junto à estrada que ligava Piracicaba a Paranaíba, foi criada pelo decreto imperial de 18 de março de 1858, e tinha como objetivo, proteger o povoamento da região, onde cinco fazendeiros compraram terras devolutas do governo e pretendiam formar um "patrimônio", como se chamava, na época, as pequenas povoações, recém criadas, construídas ao redor de uma capela, à qual se doa um "patrimônio": uma área para praça, capela e abertura de ruas ao seu redor.
A Colônia do Avanhandava deveria servir também de retarguarda à Colônia de Itapura, na foz do rio Tiête. A Colônia do Avanhandava, porém, não prosperou.
Hoje, o salto do Avanhandava, a colônia militar e a velha Usina Hidrelétrica de Avanhandava jazem no fundo da represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.
Posteriormente, próximo ao velho quartel já abandonado e ao Ribeirão do Lageado, se tentou formar, em 1883, pelos primeiros pioneiros, um Patrimônio, tendo como orago o "Nosso Senhor dos Passos". Este primeiro patrimônio não prosperou porque uma das famílias pioneiras, os Pinto Caldeira, foi massacrada pelos índios em 1886. Esta família é homenageada dando seu nome ao Córrego dos Pintos, na região do Ribeirão do Lageado, a qual ainda pertence ao município de Penápolis.
Em 1895, o presidente do estado de São Paulo, Bernardino de Campos, autoriza em lei, a construção de uma estrada de Bauru ao Salto do Avanhandava, estrada esta que facilita o acesso à região dos Campos do Avanhandava.
O Patrimônio do Santa Cruz do Avanhandava surgiu, tempos depois, em 1908, em terras compradas dos herdeiros da pioneira Maria Chica pelo empreendedor Coronel Manuel Bento da Cruz e em terras doadas em 1906, pelo fazendeiro Eduardo José de Castilho.
Manuel Bento da Cruz e Eduardo Castilho doaram, em 1906, para a formação do novo patrimônio, um lote de terras aos frades capuchinhos, e venderam as terras vizinhas ao novo patrimônio para os pioneiros, fracionando-as em pequenos lotes de terras, os sítios.
A colonização de Penápolis, portanto, foi feita, como em todo o oeste paulista, de acordo com a Lei de Terras estadual nº 323 de 1895, que só permitia a aquisição de terras devolutas, pertencentes ao governo do estado, em leilão (haste) público.
Para estimular a colonização da região, Manuel Bento da Cruz, Eduardo de Castilho e os capuchinhos fundaram o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908. Esta data é oficialmente a data de fundação de Penápolis.
Como marco deste acontecimento, realizaram um primeira missa naquele dia e ergueram eles um cruzeiro em frente ao local onde, depois, se instalou, em 1923, o 1º Grupo Escolar de Penápolis. No lugar onde ficava o cruzeiro, há atualmente uma estátua de São Francisco. Nos patrimônios e cidades daquela época se concentravam os estabelecimentos comerciais, porém a grande maioria da população vivia na zona rural. Logo em seguida, em 2 de Dezembro de 1908, chegou ao novo povoado, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na época chamada Estrada de Ferro Bauru - Itapura, que impulsionou o povoamento da região. As estradas de ferro, naquela época, eram fundamentais para o transporte de grãos de café, a maior produção agrícola da época, para o porto de Santos. Um dos últimos grandes ataques de índios, se deu em julho de 1910, quando o agrimensor Christiano Olsen e sua equipe foram mortos e queimados pelos índios caingangue na fazenda Baguassu, próxima a atual, Araçatuba, região que, na época, pertencia a Penápolis. (Redação)

Números de Penápolis - Dados do Censo - 2007

*População Total: 56.681
*Urbana: 53.766
*Rural: 2.915
*Densidade demográfica (hab./km²): 77,11
*Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 15,07
*Expectativa de vida (anos): 72,65
*Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,01
*Taxa de Alfabetização: 92,48%
*Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,810
*IDH-M Renda: 0,756
*IDH-M Longevidade: 0,777
*IDH-M Educação: 0,897

(Fonte: IPEADATA)
A taxa de crescimento anual é de 1.26%, abaixo da média do estado - 1.50%. Penápolis contava, em julho de 2008, com 42.960 eleitores, o que representa 0,147% dos eleitores do estado.

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