Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

18/06/2008

Centenário: Evento homenageará imigrantes japoneses

Será realizado hoje, a partir das 19h30, na Associação Nipo-Brasileira (Kai-Kan), o evento em comemoração ao centenário da imigração japonesa. Realizado pela Associação Nipo-Brasileira de Penápolis em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Executiva do Centenário, contará com uma apresentação local de danças típicas do Japão, além da apresentação do grupo Facinacion. Segundo o presidente da Associação Cultural Nipo-Brasileira de Penápolis, Arata Assami, o objetivo deste encontro é mostrar um pouco da história da imigração. “Muitas pessoas desconhecem sobre os acontecimentos que envolveram a imigração japonesa e o quanto ela contribuiu com a agricultura e o comércio, modernizando os seus métodos”, diz. Além das imagens que serão passadas em slides durante a festividade, serão servidos pratos típicos da gastronomia japonesa com cardápio preparado pelo Buffet Edomae, da cidade de Bauru. Na oportunidade, serão entregues diplomas de honra ao mérito e troféus do centenário para os homenageados. Serão 37 pessoas, sendo 34 com idade superior a 80 anos.

História
De acordo com Arata, no início do século XX, o Japão entrou em conflito com os países vizinhos, apesar de ter ganhado a guerra. Com isso, entrou em crise econômica e social, onde a população começou a passar dificuldades. Coincidentemente, o Brasil necessitava de mão-de-obra para a agricultura e os interesses se interligaram, onde se iniciou a imigração. Em 1908, chegava ao Porto de Santos, o navio Kasato-Maru, trazendo os primeiros imigrantes japoneses, totalizando cerca de 165 famílias. Logo após a sua chegada, foram enviados para o interior do estado, onde a região Noroeste atraiu o maior número. Devido à dificuldade do idioma, comida e até mesmo a cultura, estes imigrantes sofreram grandes dificuldades e com muita luta e trabalho venceram estes desafios. “Conforme o ditado, com suor, sangue e lágrimas venceram estas dificuldades”, ressaltou Arata Assami.

Em Penápolis
Segundo relatos de livros, por volta de 1912 à 1915, já haviam algumas famílias em Penápolis, como Yutaka, Idemori Arakaki, Arikaya, Shinkai, Abe, Omuke, entre outras. “Hoje se passam 100 anos da imigração e o que podemos perceber é a integração destes descendentes à sociedade brasileira”, enfatiza. Não só a agricultura ganhou uma grande contribuição deles, mas  também a culinária diversificada com peixes nobres, legumes, chás, sendo bem aceito pelos brasileiros que atualmente têm um grande apreço pelos pratos típicos da culinária japonesa. “Atualmente, a maioria das pessoas tem aprovado o sushi, yakisoba, sashimi e outros”, conclui Arata. (IA)

Foto: Arata Assami explica que além de danças típicas, o evento contará com um cardápio de comidas típicas do Japão

Rotary  homenageia colônia japonesa de Penápolis

Na última reunião ordinária do Rotary Club de Penápolis, presidida por Paulo Sérgio Viçoso, a colônia japonesa foi homenageada em palestra proferida pelo rotariano Walmir Pesquero Garcia que discorreu sobre os 100 anos da chegada do navio Kasato- Maru, que marca o início da imigração japonesa ao Brasil.
Explicou que, antes dessa data histórica, 18 de junho de 1908, houve alguns aportes de japoneses, porém, como visitantes e prestadores de serviços. Houve, em 1906-1907 uma tentativa de formar uma colônia no interior do estado do Rio de Janeiro, onde estão os municípios de Conceição de Macabu e Macaé. Fracassou após 5 anos, por falta de investimento, epidemias e saúva. Também, pelo fato de o grupo ser heterogêneo. Havia pessoas diplomadas, funcionários públicos etc., porém, poucos lavradores com prática no cultivo de terra.

CONSTRANGIMENTO
Os japoneses, nesses 100 anos, passaram, principalmente, por dois constrangimentos.
Primeiro, quando eram obrigados a trabalhar muitas horas por dia, ganhando pouco, tendo que comprar  mercadorias no armazém do patrão que ainda lhes descontava, em parcelas, a passagem do navio. Estavam endividados.
A segunda, quando, após a guerra de 1939/45, não podiam falar em público, a própria língua. Quanto ao trabalho nas lavouras de café, após as dificuldades citadas, houve contratos com os fazendeiros. Formavam lavouras de café, por 7 anos, como empregados. No último ano, tinham direito à parte considerável da colheita.
Com isso, puderam comprar terras e plantar o que bem entendiam em propriedades suas. A partir daí, houve a evolução que chega aos nossos dias.
O palestrante lembrou nomes de inúmeras famílias japonesas que contribuíram para o desenvolvimento da nossa região e grandeza do Brasil: Araki, Arakaki, Abe, Endo, Shimada, Miyata, Yamasaki, Yamanaka, Hamanaka, Idemori, Haramoto, Yutaka, Marui, Iceri, Sato, Assami, Nakamura, Kawamura, Shinkai Miayshi, Aoki, Arikawa, entre outros.
A cidade de São Paulo possui o maior número de japoneses fora do Japão. No Brasil é a primeira em número deles. Depois, vem a cidade de Assai, no Paraná e, em terceiro, Bastos, no nosso estado.

AS GERAÇÕES
A colônia japonesa do Brasil está dividida em:
Isseis: japoneses de 1ª geração. Nascidos no Japão
Nísseis: filhos de japoneses
Sanseis: Netos de japoneses
Yonseis: bisnetos

O FENÔMENO DEKASSEGUI
O fato que trouxe imigrantes, em 1908, a procura de ganhar dinheiro e, depois, voltar ao Japão, inverteu-se a partir da década de 80, quando os descendentes de japoneses partem, em sentido inverso àquele, na esperança de ganhar dinheiro e voltar com os bolsos cheios. Inversão do fluxo migratório.
Quando iniciou-se esse movimento, havia alta inflação, crescente dívida externa e instabilidade política. Dekasseguis são os descendentes de japoneses e seus familiares, mesmo que de outras nacionalidades.
Os brasileiros formam a 3ª maior comunidade no Japão, atrás, apenas dos coreanos e chineses. Parabéns à colônia japonesa pelos 100 anos de colaboração com nosso País, pelo exemplo de convivência pacífica, exemplos de paciência e, principalmente, pelo amor ao trabalho.

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade