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CIDADE & REGIÃO

18/10/2008

Caso Heloísa: Pivô do homicídio teria sido esfaqueado por assassina

Detalhes Notícia

A família da professora Heloísa Maira Araújo Moreira, assassinada aos 20 anos de idade na última segunda-feira, convocou a imprensa ontem pela manhã com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre a tragédia que assolou não somente a eles, mas também aos amigos e que chocou a cidade. Heloísa foi assassinada com golpes de faca aplicados por Ariane Graziella Alves Correa, 26 anos, moradora da cidade paulista de Mirante do Paranapanema, que viajou cerca de 300 quilômetros para praticar o crime. Ariane apontou como motivo um relacionamento amoroso entre seu companheiro, Robson Gomes de Souza, e a professora. A entrevista foi concedida pelo pai de Heloísa, Evanir Moreira da Silva, pela irmã da vítima, Polyane Maria Araújo Moreira e por um tio, Darci Antônio da Silva e aconteceu nas dependências do Jornal Interior. Um dos fatos considerados relevantes e que até então teria passado despercebido inclusive pela Polícia, foi de que, segundo os familiares, na madrugada que antecedeu o crime Ariane teria desferido um golpe de faca que atingiu a perna de Robson. Para os familiares Robson teria dito que havia sido medicado no Pronto-socorro, mas, o registro de um boletim policial, exigido em casos desta natureza, não teria sido elaborado. Eles ainda tentaram o registro posteriormente, quando a professora já havia sido esfaqueada, mas, devido à greve dos policiais civis, o procedimento teria sido evitado pelos funcionários das repartições procuradas. Já Robson, mesmo tendo sido ouvido pela Polícia durante o flagrante de prisão da Ariane, omitiu este detalhe. Polyana comentou que ficou sabendo deste incidente quando Robson chegou mancando no Pronto-socorro ao ser avisado que Heloísa havia sido agredida. Indagado do porquê não ter tomado uma posição mais dura, Robson teria relatado que acreditou quando Ariane disse que iria, mesmo em posse de uma faca, retornar para sua cidade de origem.
Moreira ressaltou que os terríveis momentos de dor foram amenizados por várias correntes de fé, da qual ele aproveitou para agradecer aos católicos, evangélicos e da Igreja Mundial do Brasil.

Namorados
Heloísa e Robson, comentaram, eram namorados. Robson, desde o início do relacionamento teria confessado que era casado e pai de uma filha, porém afirmava que estava em processo de separação. "Posteriormente descobrimos que ele não havia dado entrada na documentação", afirmou o pai de Heloísa. Os dois teriam se conhecido em junho e após um período onde o contato não passava de uma amizade, se transformou em namoro. "A partir de então Robson passou a freqüentar nossa casa e, em um período que estava sem carro, eu buscava e levava ele de casa até a república onde morava, já que o compromisso entre os dois demonstrava ser sério", comentou Polyana. Até então, por trabalhar em uma empresa da região, Robson dividia uma república no centro da cidade. "Tudo o que sabemos dele, foi o que ele falou. Se mentiu, foi de responsabilidade dele mesmo", afirmou a irmã de Heloísa.

Acidente
Em agosto Robson sofreu um acidente automobilístico e coube aos familiares de Heloísa dar apoio, inclusive permitindo que o veículo destruído ficasse na residência da família por mais de um mês. Nesta época, com exceção de Heloísa, os familiares chegaram a conhecer Ariane. A mulher teria ido até a residência com a intenção de retirar o veículo acidentado, o que não foi permitido, oportunidade em que a mulher promoveu um escândalo. Descontrolada, Ariane comentava que seria melhor que Robson tivesse morrido no acidente. A acusada, detalharam os entrevistados, também fazia ligações telefônicas para incomodar a professora, normalmente de forma agressiva.

República
No dia do crime Ariane, ao conceder entrevista, afirmou que havia dormido aquela noite com Robson, fato que foi negado por Polyana. "Na república não era permitido a entrada de mulheres. Mas, como ninguém presenciou isso, não há como afirmar", destacou Polyana. Ela, entretanto, lembrou que foi informada que Ariane por várias vezes foi na república para promover escândalo na frente do imóvel. Robson, sabedor da crise eminente, na opinião de Polyana, tentava 'colocar panos quentes' e argumentava sempre que estava se separando de Ariane, classificada por ele como uma louca.

Sumiço
Desde o trágico dia Robson não foi mais visto e até o aparelho celular teria comercializado, na visão de Moreira, de forma repentina. "Chegamos a identificar um outro número, mas a pessoa que atendeu disse não conhece-lo. Também na empresa que presta serviço, e na república, desde então não é mais encontrado", comentou Moreira, acreditando que esta posição foi tomada por Robson por estar com medo ou mesmo aconselhado por amigos. Como ele precisa prestar depoimento, a Polícia também está a sua procura. Os familiares, apesar de ressaltarem que enquanto Robson freqüentou a residência nunca faltou com o respeito, tudo leva a crer que ele pretendia manter um duplo relacionamento amoroso. Como em alguns momentos Robson demonstrava a intenção de casar com Heloísa, o casal chegou a ver uma casa para esta finalidade. O grau de confiança mútua levou a professora, a pedido de Robson, a movimentar uma conta bancária em seu nome. "Na época em que vivemos é natural um casamento não dar certo e ambos procurarem novos parceiros. Por isso acreditávamos nessa possibilidade em relação aos dois", comentou Moreira, que declarou que havia programado uma conversa com Robson para pedir uma definição de sua parte, dentre elas, que se afastasse de sua filha até que ocorresse a separação judicial de fato. Presa em flagrante, Ariane se encontra na Cadeia Feminina de Buritama no aguardo do julgamento. (SRF)

Foto: Moreira da Silva e Polyana convocaram a Imprensa para entrevista ontem

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