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CIDADE & REGIÃO

24/12/2015

Carregada de simbologia, Ceia de Natal ainda reúne famílias

Reprodução
Detalhes Notícia
A Ceia de Natal originou-se do antigo costume europeu de deixar as portas das casas abertas para receber viajantes

DA REDAÇÃO

Para algumas pessoas, a ceia natalina está ligada à última ceia de Cristo ao lado de seus discípulos, talvez realmente tenha alguma ligação. Porém, segundo a literatura, a Ceia de Natal originou-se do antigo costume europeu de deixar as portas das casas abertas no dia de Natal para receber viajantes e peregrinos, e esses, juntamente com a família hospedeira, confraternizavam aquela data tão significativa para os cristãos. Para essa comemoração era preparada bastante comida, composta por diversos pratos. Essa tradição foi se espalhando pelo mundo e cada região acrescentando uma particularidade local, como, por exemplo, a adição do peru na ceia norte-americana, peculiaridade que logo passou a fazer parte dos costumes de outros países, como no Brasil. Seja como for, apesar de muitas famílias preferirem o velho e bom churrasco na noite Natal, a verdade é que a Ceia ainda resiste ao tempo e continua reunindo famílias inteiras para celebrar a data. 

Origem 
A ceia natalina tem origem na festa pré-cristã da Roma Antiga - a Saturnália - quando as pessoas se esbaldavam em verdadeiros banquetes. Como a festa terminava em 25 de dezembro, a mesa repleta de delícias acabou sendo incorporada ao Natal. Ainda na crença cristã, se faz uma analogia com a última ceia de Jesus Cristo antes da sua morte, quando ele e os discípulos comemoravam a Páscoa dos judeus. Como se pode perceber, realmente esta é uma data carregada de simbologia, mas que vai muito além das tradições do cristianismo, pois é resultado da soma de muitas crendices populares, afinal, são mais de 2 mil anos de história em torno desta noite especial! 

Alimentos tradicionais
O prato mais clássico servido nessa ocasião é o peru. A ceia de natal envolve muitas tradições familiares. Algumas famílias têm suas próprias receitas “secretas” para a ceia de natal, outras comem apenas os pratos natalinos tradicionais, como peru ou  chester.  O consumo dessa ave se originou nos EUA. Lá, o peru é um prato tradicionalmente servido no Dia de Ação de Graças, uma data muito importante para os americanos, e essa tradição veio para o Brasil. Os índios americanos já criavam perus antes de ocorrer a colonização inglesa. Durante a colonização, os índios serviram peru para comemorar a primeira grande colheita, e assim surgiu o hábito de consumir peru para celebrar datas importantes.

Frutas secas
A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronômica. Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno. Na antiga Roma, eram um presente habitual durante as celebrações eram especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida. Os rapazes divertiam-se a jogar a berlinda com eles. Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam quer como presentes quer como decorações. Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida. Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são mais do que simples alimentos, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome, pobreza e protege contra os excessos da bebida.

O tradicional panetone
Este foi criado na Itália, mas não se sabe exatamente sua origem. Existem várias versões. De acordo com uma delas, um padeiro de Milão chamado Tone, em aproximadamente 900 d.C., fez um pão e misturou nele alguns ingredientes como frutas secas e nozes. Esse pão fez muito sucesso e ficou conhecido como pane di Tone. Uma segunda versão diz que, entre 1300 e 1400, um italiano, também de Milão, chamado Ughetto, estava apaixonado por uma moça que se chamava Adalgisa e, para poder ficar junto dela, empregou-se na padaria de seu pai. Lá, criou um pão especial que conquistou tanto a filha quanto o pai. E assim o pai de Adalgisa “deu a mão dela” a Ughetto. E uma outra versão conta que umchef di ciusine chamado Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, em 1395 criou um pão diferente para uma festa, e este fez muito sucesso por causa de seu sabor. Mas, independentemente das lendas em torno da história do panetone, ele está sempre presente nas mesas de Natal de todo brasileiro. Cada país tem em sua ceia de natal algumas peculiaridades. Os russos, por exemplo, evitam a carne e os Jamaicanos usam e abusam das ervilhas em suas receitas para a ceia de natal.

Em alguns países
Na Alemanha come-se carne de porco e muitos doces, pão-de-mel e das amêndoas torradas. Pratos tradicionais de tempero forte também são muito comuns durante a ceia de natal.
Na Austrália, onde as festividades natalinas acontecem durante o verão, as pessoas costumam fazer a ceia de natal em praias. Na África do Sul, outro país que comemora o natal durante o verão, é comum fazer a ceia de natal em mesas colocadas do lado de fora das casas.
Na Polônia é proibido comer carne vermelha na Ceia de Natal. Os poloneses comem peixes, acompanhados de vinho branco. Os franceses preferem peru e frutos do mar, especialmente as ostras.
 
No Brasil

O banquete do natal varia conforme a região do Brasil, do sul ao nordeste, adaptando os pratos tradicionais de suas terras com os alimentos típicos oferecidos na data especial, na qual todos se reúnem para comemorar o aniversário do menino Jesus. A ceia de natal brasileira incorporou várias receitas locais como a rabanada e o bolinho de bacalhau, que chegou ao país com a colonização portuguesa. Mas uma ceia tradicional precisa ter também assados como peru, pernil, leitão, lombo, e doces diversos. Também é tradição o vinho e o champanhe, gelados. Cada país preserva costumes variados em relação a Ceia de Natal. Vem dos americanos a tradição do peru. Nozes, castanhas, amêndoas e avelãs são costumes europeus, que também preenchem as mesas brasileiras. A história mostra que na Roma antiga, era costume presentear amigos e parentes com estas frutas secas, como forma de desejar boa sorte.

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