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CIDADE & REGIÃO

16/05/2010

CAP: Presidente revela déficit na Série A-3

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

O presidente do CAP (Clube Atlético Penapolense) – o médico Nilso Moreira, informou que o Campeonato Paulista da Série A-3, que o CAP disputou e quase conseguiu o acesso para a A-2, foi muito deficitário. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, o presidente disse que deve passar dos R$ 200 mil o déficit do clube, e avaliou de 0 a 10 o apoio da torcida, poder público e empresários. Ele afirmou ainda que permanece à frente do time até novembro quando vence seu mandato. Nilso Moreira é filho de Lurdes de Moraes Moreira e Antonio Moreira. Nasceu em Penápolis, no dia 16 de dezembro de 1961, sendo o sétimo numa família de dez irmãos. Jogou pelos times da Aparecida e PEC. Decidido seguir a carreira de médico, dedicou-se muito aos estudos conseguindo assim alcançar seu objetivo. No segundo semestre de 2008, com experiência no futebol através do trabalho realizado no Bragantino, Nilso assumiu a presidência do CAP, sempre contando com auxílio direto de seus irmãos Alexandre e Marcos, além de outros colaboradores. Mesmo residindo em Bragança Paulista, ele acompanha e administra de perto o CAP.

Confira a entrevista na íntegra:

Diário - O senhor, de certa forma, ficou decepcionado pelo fato do CAP mais uma vez não conseguir o acesso para a Série A-2?
Nilso – Sim, um pouco frustrado, pois sabia que o nosso time era bastante qualificado. Por outro lado fizemos uma excelente campanha ficando a frente de equipes com mais recursos. Hoje o CAP tem representatividade dentro e fora de campo. Quando entramos no gramado somos respeitados e isto nos conforta, pois é gratificante.

Diário - O que o senhor acha que faltou para o time conseguir o acesso?
Nilso - Um pouco de sorte, alguns jogadores fizeram falta na reta final (Viola e Genilson, por exemplo). Acho que isto foi determinante para não conseguirmos o acesso.

Diário - Se a Série A-3 estivesse começando agora, o que o senhor fez no início do ano que não repetiria novamente?
Nilso - Trabalharia com menos jogadores. Em algumas etapas trabalhamos com 40 atletas. Isto não vai se repetir, mas temos justificativas para que isto ocorresse como parceiros que nos prometeram dinheiro para aplicar na equipe. Outro ponto que observamos é que os jogos têm que ser sempre aos domingos às 10h00, ou nas quartas às 19h30 ou 20h00, para fugir da concorrência da TV. Quanto à comissão técnica e jogadores é difícil de analisar, pois todos têm seus méritos e deméritos, mas nós procuramos acertar e acho que acertamos mais do que erramos. Ainda não encontramos a fórmula do acesso, mas estamos no caminho certo.

Diário - A Série A-3 deste ano foi deficitária para o CAP?
Nilso - Muito deve passar dos 200 mil reais.

Diário - De 0 a 10 como foi o apoio ao CAP:
- Do torcedor:
Nilso - Nota 5. Acho que faltou um pouco mais de público nos jogos.

- Do Poder Público:
Nilso - Nota 10. O prefeito João Luís e o Mauricio (Galo) não merecem 10, merecem 1.000 e espero que eles continuem com esta “pegada”.

- Dos empresários:
Nilso - Nota 2. Essa é a nossa maior decepção, pois conseguimos somente patrocínios nos uniformes e com empresas que sequer conhecem Penápolis e nem pretendem investir na cidade. Eles nos patrocinaram pela amizade comigo e o Alexandre. Acho que os empresários penapolenses têm medo de investir no CAP, pensando que estamos na direção para obtermos lucros ou nos promovermos politicamente. Só estamos à frente do clube por amor ao time e a cidade, muitas vezes, colocando o CAP à frente até das nossas famílias. 

Diário - O senhor é contra o futebol-empresa praticado por Red Bull e Pão de Açúcar, entre outros?
Nilso - Sou contra sim. O clube tem que representar e ter vínculo com uma nação, com uma cidade e torcida, e estes clubes empresas não tem isto. Eles podem a qualquer momento mudar de sede ou até mesmo serem extintos. O ideal é que o clube tenha parceiros, empresários que invistam neste time e participem do gerenciamento, dividindo lucros e prejuízos, fortalecendo as equipes de base, formando atletas que é o nosso maior patrimônio.

Diário - O senhor pretende continuar no comando da equipe?
Nilso - Com certeza até novembro quando vence o meu mandato vamos buscar recursos e meios para que o CAP se torne auto-sustentável e se isto acontecer existe a possibilidade de nós continuarmos, caso contrário serei um eterno conselheiro e torcedor.

Diário - Quais as suas considerações finais?
Nilso - O CAP é a entidade que mais projeta nossa cidade, é de todos, é da cidade, razão pela qual devemos olhar com mais carinho pelo time. Vamos manter a chama acesa o ano todo. Convidamos os torcedores para participarem da diretoria, discutir, apresentar sugestões, não podemos deixar o CAP só em nossas mãos, pois a responsabilidade é muito grande e não termos dinheiro para custear o clube. É preciso destacar que neste ano, com todas as dificuldades faltou muito pouco para conseguirmos o acesso e se Deus quiser em 2011 vamos conseguir. Agradeço ao DIÁRIO e aos demais veículos de comunicação da cidade que mesmo nos momentos difíceis que enfrentamos durante o campeonato, sempre confiaram no nosso trabalho e nos apoiaram. 
(IA)

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