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CIDADE & REGIÃO
09/05/2014
Campezina para produção e 80 pessoas são demitidas
DA REPORTAGEM
Oitenta funcionários foram demitidos pela Campezina Indústria e Comércio de Alimentos no fim do mês de abril depois que uma decisão da 3ª Vara do Fórum da Comarca de Penápolis autorizou a retirada de maquinário feita pela multinacional TetraPark, que possuía equipamentos no Parque Industrial da empresa em regime de aluguel. A decisão foi tomada pelo juiz Luciano Beltran embasado na dívida em que a empresa penapolense possui com a multinacional. O fato aconteceu no último dia 15. Sem o maquinário, a empresa teve sua produção totalmente paralisada, ocasionando a demissão de funcionários do setor de produção. Posteriormente, os demais funcionários também foram demitidos. Segundo apurado pela reportagem, as dívidas do aluguel do equipamento pertencente à TetraPak chagavam à R$ 5 milhões. Quando foi retirado o equipamento havia em seu interior 80 mil litros de leite que seriam processados, mas não pode ser usado, sendo utilizado na produção de derivados. Depois da retomada dos equipamentos a empresa entrou com recurso na 34ª Câmara de Direitos Privados no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Uma decisão do relator Nestor Duarte e que foi publicada no dia 07, determinou que os equipamentos fossem devolvidos.
Novo grupo
Depois de adquirir dívidas milionárias, a Campezina foi vendida em 2013 para o grupo ‘Lima Empreendimentos Imobiliários’, de Ribeirão Preto, que atua na área de agronegócios e imóveis. A intenção do grupo era a de usar a área para investimentos imobiliários, no entanto, após negociações, o grupo locou o espaço para a Campezina, que continuaria atuando com laticínios, com uma carência de seis meses. Para continuar funcionado, a Lima criou a Milkbras, terceirizando sua produção para a Campezina. Mesmo assim, a empresa não conseguiu quitar seus débitos, sendo despejada no fim do ano passado, e a Milkbras assumiu o parque industrial em janeiro. As dívidas não foram quitadas pela nova empresa, mas os funcionários que já prestavam serviços foram mantidos em seus postos, com registros pertencentes à empresa penapolense, no entanto, os pagamentos eram realizados de forma correta pelo novo grupo. Depois que a ação judicial foi movida e a produção paralisada, os funcionários foram demitidos. Mesmo com o mandado de devolução dos equipamentos pertencentes à TetraPak, a Milkbras já decidiu que não os utilizará, pois pretende comprar novos equipamentos para que a produção seja reiniciada. O parque industrial também deve ser ampliado. A Campezina processava três milhões de litros de leite por mês, abaixo de sua capacidade que poderia chegar a 7,5 mi/mês. Com os novos investimentos que deve chegar a R$ 5 milhões, a capacidade de produção deverá ser ampliada para 11 milhões de litros/mês. 80% dos antigos funcionários devem ser recontratados num total de 150, O objetivo da Milkbras é a de criar nova linha de leite UHT e leite achocolatado. O grupo adquiriu a marca Campezina, que deve ser mantida para produtos derivados, como queijo, requeijão, mussarela e manteiga.
(Rafael Machi)
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