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CIDADE & REGIÃO

18/12/2007

Campezina: Diretoria e cooperados buscam solução para crise

Uma assembléia com término previsto para a noite de ontem entre a atual diretoria da Cooperativa de Laticínios Campezina e cooperados, buscava uma solução para uma das maiores crises já enfrentada pela empresa. Segundo o cooperado e também assessor jurídico da cooperativa, o ex-deputado estadual Ricardo Rodrigues de Castilho, o aumento das áreas cultivadas pela monocultura da cana-de-açúcar na região, aliado com o recente escândalo do leite longa vida, onde empresas foram denunciadas por adulterarem o produto, ajudou a piorar a já crítica situação financeira da Campezina. Na visão do assessor jurídico, não somente a empresa penapolense, mas a maioria das demais do ramo enfrentam crise semelhante já há algum tempo. “No caso da Campezina, a situação vêm se agravando há cerca de dois anos e não há como negar que a crise do leite longa vida, aliado ao exagerado plantio da cana-de-açúcar na região, nos prejudicou ainda mais”, comentou o assessor momentos antes do início do encontro de ontem. Para Ricardo, a cada dia as pastagens estão sendo substituídas pelos canaviais, enquanto que os rebanhos leiteiros são dizimados. “Para se ter uma idéia, até 2006 a empresa recebia em média 60 mil litros de leite ao dia, o que já não era um número expressivo, enquanto que em março deste ano chegou a 20 mil. Agora, com 18 mil, se tornou insuportável”, destacou. A crise do leite adulterado, na visão do assessor, fez diminuir drasticamente o consumo do produto.  “No caso da Campezina, parte da produção que é vendida para outras empresas sofreu retração e conseqüente diminuição no valor unitário. De R$ 0,88 que o litro de leite cru era vendido, o valor baixou para R$ 0,55, e mesmo assim existe dificuldade para encontrar comprador, reclamou. Devido a estes problemas, aliado a uma dívida acumulada de vários anos e que muitos apontam como estratosférica, a diretoria decidiu por convocar a assembléia de ontem. “Existem empresas interessadas em fazer parceria com a cooperativa, outras em adquirir o ativo e passivo. Também existe a opção de promover uma chamada de capital dos cooperados para sanear as finanças”, explicou o assessor. A assembléia, de forma soberana, iria decidir pelo destino para então uma comissão analisar a proposta. “É uma pena a empresa chegar nesta situação, pois a Campezina é uma marca de reconhecimento nacional devido a qualidade de seus produtos”, lamentou o ex-deputado. A maioria dos cooperados é formada por pequenos e micro produtores que, caso não recebam o dinheiro do leite entregue na empresa, terão dificuldades para sobreviverem. Na opinião de Ricardo, tomando por base a opinião de alguns cooperados, a proposta pela venda seria a mais aceita.

A dívida, segundo consta, ultrapassa a casa dos R$ 500 mil, a maioria com agências bancárias, mas renegociada com prazo de cinco anos, além de um desencaixe para o pagamento do leite recebido no mês passado e uma dívida com o fisco, também parcelado. Até o fechamento desta edição a assembléia não havia encerrado e, consequentemente a decisão tomada ainda não era conhecida.  (SRF)

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