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CIDADE & REGIÃO

06/07/2013

CAMPESTRE: Funcionários de corte recebem parte do salário

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Funcionários do corte de cana da Usina Campestre se reuniram na manhã de ontem defronte à empresa e receberam R$ 680 de seus salários

DA REPORTAGEM

 

A Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, realizou na manhã de ontem parte do pagamento salarial de mais de 1,2 mil funcionários do setor de corte da cana-de-açúcar. Assim como havia sido estabelecido entre os funcionários e a direção da usina, neste mês de julho seria pago somente R$ 680 a cada um deles, permanecendo em débito o restante do salário que deveria ser pago integralmente. A Campestre teve um pedido de falência feito por um dos credores na semana passada, pois enfrenta falta de matéria prima, fato que gerou a paralisação de seus trabalhos e consequentemente a falta de fluxo de caixa, aumentando a dívida da empresa com fornecedores e credores, gerando também problemas com o pagamento dos funcionários. Por conta deste acerto salarial, a grande maioria dos cortadores esteve presente na sede da empresa, que com receio de haver alguma revolta solicitou a presença da Polícia Militar para garantir a ordem durante os pagamentos. Segundo o comandante da Polícia Militar de Penápolis, Capitão Luiz Antônio Flauzino, um esquema de segurança especial foi montado para que os pagamentos fossem realizados. Ele explicou que para evitar tumultos e manter a ordem, os funcionários permaneceram no lado de fora da usina, eles entravam apenas no momento de receber o dinheiro, ainda dentro dos ônibus que os conduzia. "Os funcionários nem desciam do veículo, o motorista pegava os envelopes de cada funcionário e entregava a seu proprietário, saindo das dependências da usina logo em seguida", explicou. Segundo ele, todo o procedimento ocorreu de forma ordeira, sem a intervenção da PM. "Estamos apenas acompanhando e mantendo a ordem do local, não tivemos nenhum problema, os funcionários estão recebendo o dinheiro de forma tranquila", ressaltou. Segundo os funcionários da Usina Campestre um acordo teria sido estabelecido entre eles e a direção da empresa para que fossem liberados para retornar às suas casas, muitos dos cortadores são naturais de outros Estados. Muitos deles preferiram permanecer em Penápolis, pois a empresa ainda briga na Justiça e com os fornecedores de cana para voltar a moer, e assim ter novo fluxo de caixa.

 

Falência

A Usina Campestre, teve sua falência solicitada pela Eco Multi Commodities Fundo de Investimento em Direitos Financeiros Agropecuária, com sede em São Paulo. O pedido foi feito à Justiça de Penápolis na tarde do dia 27 de junho. A empresa alegou que a Campestre deveria ter quitado a quantia de R$ 6,5 milhões nos anos de 2011 e 2012, que estava previsto no Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores em 2010. O gestor judicial da usina, José Carlos Fernandes de Alcântara, informou que a intenção do fundo é justamente a declaração de falência da usina para que o grupo possa adquirir a Campestre através de leilão judicial que seria realizado posteriormente. Caso isso ocorra, o comprador terá a seu favor a extinção dos passivos tributários, já que os credores também deixariam de receber as dívidas. Alcântara adiantou que a Campestre não possui recursos para a quitação desta e outras dívidas, justamente pelo fato dos trabalhos estarem paralisados por falta de matéria prima. (Rafael Machi)

 

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