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CIDADE & REGIÃO

25/03/2014

Campestre: Ex-funcionários pedem liberação de dinheiro

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Grupo de manifestantes ouve um dos juízes do Fórum de Penápolis que pediu paciência em relação à liberação do dinheiro

DA REPORTAGEM 

Cerca de 70 ex-trabalhadores da Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, realizaram protesto na manhã de ontem defronte ao Fórum da cidade. Eles pediam agilidade da Justiça em liberar os R$ 18,7 milhões que foram depositados pelo Grupo Clealco no primeiro pagamento realizado para a compra da Unidade de Produção Independente (UPI) da Campestre e depositado em juízo no dia 20 de novembro de 2013. O dinheiro é referente a 10% do valor total da compra da UPI e assim que liberado pela Justiça será usado para pagar parte dos salários atrasados dos funcionários e também iniciar o repasse aos fornecedores do valor atrasado desde novembro de 2012. O montante não foi liberado pela Justiça porque ainda corre pedido de impugnação feito pela família Egreja referente à venda da Campestre. Para que os valores sejam liberados, é preciso que a ação de impugnação transite em julgado. Quando isso acontecer o pagamento será realizado pela Justiça, que pedirá uma planilha de créditos ao administrador judicial e expedirá alvarás para que os valores apontados sejam sacados. Por conta da demora na liberação do valor pago pelo Grupo Clealco, ex-trabalhadores braçais e da indústria da Campestre se reuniram defronte ao Fórum para realizarem manifestações e pedir agilidade no pagamento. O ato começou por volta das 09h30, quando os trabalhadores interditaram a rua Dr. Ramalho Franco na altura da avenida Antônio Define e a avenida Eduardo de Castilho. Para impedir a passagem de veículos, os trabalhadores usaram sacos de lixo, galhos de árvores e blocos de construção. A Polícia Militar foi acionada para controlar o trânsito no local. Durante a manifestação, os policiais pediram aos trabalhadores a liberação da Ramalho Franco – foram atendidos - uma das principais vias do centro da cidade. Mas a avenida Eduardo de Castilho, defronte ao Fórum, permaneceu interditada pelos manifestantes até por volta das 12h00. Durante o ato, os trabalhadores pediam para conversar com o juiz responsável pela ação da Usina Campestre, o Dr. Marcelo Yukio Misaka. Também estiveram presentes na manifestação representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penápolis e do Sindicato dos Alimentos de Araçatuba, que também responde por Penápolis. Por volta das 11h30, o Juiz Adriano Ponce de Oliveira conversou com os trabalhadores e pediu paciência a eles em relação a liberação do dinheiro. Ele explicou como a situação está sendo tratada pela Justiça e pediu para os manifestantes não se exaltarem, nem fazerem qualquer tipo de tumulto defronte ao Fórum e também da Clealco Penápolis, local onde alguns chegaram a cogitar i e paralisar a entrada e saída de caminhões. Apesar das discussões, o clima durante a manifestação foi tranquilo e terminou sem o registro de nenhuma ocorrência pela polícia. 

Pagamentos
Os R$ 18,7 milhões questionados pelos manifestantes são referentes ao pagamento da UPI da Usina Campestre feito pela Clealco após leilão judicial realizado no ano passado. A venda da UPI foi aprovada em assembleia por R$ 187 milhões, a serem quitados em parcelas até dezembro de 2018. A proposta prevê o pagamento do dinheiro citado logo após a homologação da venda e que já foi efetuado, e um depósito de R$ 34 milhões que deverá ser feito já no próximo mês. Em 2015, 2016, 2017 e 2018, as parcelas serão de R$ 1,3 mi (em abril), R$ 5,2 mi (em agosto) e R$ 6,5 mi (em dezembro, com exceção de 2018). Segundo a Presidente do Sindicato da Alimentação de Araçatuba, Dulce Helena Ferreira, uma comissão de trabalhadores deverá ser feita nos próximos dias para que o grupo possa conversar com o juiz responsável a fim de saber a situação da liberação do dinheiro depositado. “Esperamos que com esta comissão o juiz nos receba para debatermos a melhor forma de resolver esta situação e amenizar os problemas vividos pelas famílias que precisam de seus pagamentos”, comentou. Procurado pela reportagem, o Juiz da 1ª Vara Cível de Penápolis, Marcelo Yukio Misaka, disse que estipulará um prazo de 30 dias para que o administrador judicial da Campestre, Dr. Ely de Oliveira Faria, elabore uma planilha de crédito com nomes dos fornecedores com direito ao recebimento. Após isso, haverá ainda um prazo estipulado ao Ministério Público, Grupo Clealco, e acionistas, para se manifestarem em relação à lista. Tudo isso será homologado pelo juiz responsável, que deverá estipular prazo ainda para possíveis pedidos de impugnação da planilha. Senão houver os respectivos valores serão liberados a quem de direito. Todo o processo poderá ocorrer em 60 dias.

(Rafael Machi)

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