Campanha vai orientar sobre hepatite e esquistossomose

Começa nesta segunda-feira, 18, e prossegue até o dia 22 de maio uma campanha estadual contra as hepatites do tipo B e C e também a esquistossomose. A atuação será no campo das orientações sobre prevenção, busca de sintomas e encaminhamento de casos suspeitos. De acordo com enfermeiro da Vigilância Epidemiológica Municipal, Alexandre Pereira Almeida, as equipes de todas as unidades de saúde estarão envolvidas nas ações da campanha, incluindo macros e postinhos. “Todos os profissionais estarão intensificando as ações no combate a estas doenças. Serão amplamente divulgadas as formas de prevenção e tratamento, e pesquisados os sintomas em todos os pacientes. Caso haja necessidade haverá o encaminhamento para exames e posterior tratamento que alguma doença for detectada”, explicou. O enfermeiro disse ainda que quem estiver com a vacinação contra hepatite atrasada poderá levar a carteira e regularizar a situação. Sobre a esquistossomose, Alexandre revelou que o Estado de São Paulo não possui casos da doença há mais de 10 anos, porém o trânsito de pessoas de outros estados, principalmente do Nordeste é grande, o que pode favorecer o contágio. “Estudos e monitoramentos realizados pela Superintendência de Controle de Endemias apontam que o caramujo, hospedeiro do parasita que provoca a esquistossomose, existe em grande quantidade no rio Tietê. Estes mesmos levantamentos apontam ainda que os mesmos não estão contaminados com o parasita, mas mesmo assim o risco existe pois recebemos muitas pessoas da região do Nordeste, onde existem casos da doença. Por isso é preciso reforçar a prevenção”, informou ele.

“Doença do caramujo”
A esquistossomose é uma infecção causada por um verme. Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem pela pele.
No homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte. No sistema venoso humano os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de comprimento, se reproduzem e eliminam ovos. No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita; Após 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios, dor-de-cabeça, dores abdominais, falta de apetite, náuseas, vômitos e tosse seca. O médico ao examinar o portador da parasitose nesta fase pode encontrar o fígado e baço aumentados e ínguas pelo corpo.

Hepatites
As hepatites B e C são conhecidas também pelos nomes populares de “amarelão” ou derrame de bile. Trata-se de uma inflamação do fígado causada pelos vírus da Hepatite B (HBV) e da Hepatite C (HCV). O uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo são as formas mais preocupantes de contaminação na população. O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença. Gestantes contaminadas podem transmitir a doença para os bebês. Os sintomas da hepatite B são mal estar generalizado, dores de cabeça e no corpo, cansaço, falta de apetite e febre, coloração amarelada da pele, coceira no corpo, urina escura e fezes claras. Na hepatite C, diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Secom – PMP