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CIDADE & REGIÃO

04/03/2012

Caminho de volta: Quando a escola conhece a realidade dos alunos

Divulgação
Detalhes Notícia
Aluno Mateus Dias mostra à professora Juliana Iami e à monitora Sheila Ferreira seus animais de estimação

Da casa para a escola. Esse é o caminho diário bem conhecido pelos alunos. Mas o que acontece quando a escola faz o sentido inverso e chega até a casa de seus alunos? Foi isso que a equipe escolar do Centro Educacional Unificado – CEU “Profª. Darcy Buranello Marin”, do bairro Sílvia Covas, descobriu ao visitar a Olaria Alvorada, situada no bairro rural da Bahia. A escola de período integral atende cerca de 25 alunos que residem em olarias e alguns deles moram com suas famílias na Olaria Alvorada, por isso foi a escolhida para a visita. Todos os funcionários da escola participaram da atividade, sendo os professores, monitores, merendeiras, inspetor de alunos, auxiliar administrativo e auxiliar de serviços gerais. “Cerca de 15% dos nossos alunos residem em olarias da cidade. A nossa visita teve o objetivo de conhecer a realidade dessas crianças e a rotina de suas famílias que moram e trabalham no local”, comentou a diretora da escola, Elisângela Aparecida Galante. Chegando na olaria, a equipe do CEU Darcy Buranello foi recebida pelos alunos, ex-alunos e pela moradora Antônia Aparecida Bernardo da Silva, mãe do garoto Mateus da Silva Dias, aluno do 3º Ano A. Dona Antônia foi uma espécie de guia do grupo, explicando todo o funcionamento da olaria e o dia a dia das famílias. “Atenta às conversas dos alunos que nos recepcionaram, foi possível perceber o conhecimento e a vivência deles. Isso nos faz pensar a necessidade de oferecer o dinamismo e a qualidade das aulas”, analisou a professora Juliana Imai.

Dia a dia
Durante a visita, a equipe pode comparar algumas semelhanças e outras diferenças no dia a dia das crianças que moram na cidade e das que residem nas olarias. Os visitantes observaram que as crianças têm muitos animais de estimação como pintinhos, gatos, cachorros, canários, coelhos, porquinho da índia. Elas cuidam e brincam com eles nos espaços entre as residências e também nas sombras das árvores frutíferas lá existentes. Porém, a brincadeira é feita com muito cuidado, pois nas proximidades existem os fornos que ficam abertos e estão sempre em altas temperaturas. Também existe o perigo do fácil acesso à estrada, já que a olaria fica bem próxima à pista. Já as casas ficam mais ao fundo e as crianças não se aproximam dos fornos, nem da pista. Na olaria residem três famílias que são responsáveis pela produção dos tijolos. O local possui oito fornos que possibilita a produção de aproximadamente 20 mil tijolos por dia. Os fornos são vigiados 24 horas pelos adultos que se revezam na função, para que nenhuma criança ou outra pessoa se aproxime e se machuque.

Novos desafios
Ao retornar da olaria, a equipe se reuniu para que cada um pudesse relatar sua experiência com a visita, bem como planejar novas estratégias para atividades na escola. Várias sugestões foram colocadas, dentre elas: a possibilidade de implantação do projeto de horta comunitária na olaria; fazer uma exposição de fotos da visita e envolver todos os alunos na confecção de maquetes sobre funcionamento da olaria, sendo que os alunos residentes serão os responsáveis pela explicação. Dessa forma, todas as crianças aprenderão não só o processo de produção do tijolo, mas também terão a oportunidade de socializar a vivência dos seus colegas que residem na olaria. “Conhecer a bagagem cultural de nossos alunos, bem como a realidade em que estão inseridos, é fator fundamental para compreender suas singularidades, possibilitando o seu desenvolvimento”, concluiu a coordenadora pedagógica da unidade, Priscilla Rodrigues Torres. Secom – PMP

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