Caixa inicia hoje pagamentos do 4º lote da Campestre

DA REPORTAGEM

A agência da Caixa Econômica Federal (CEF) de Penápolis inicia hoje (16) os pagamentos do 4º lote referente à Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, para credores extraconcursais trabalhistas e de classes I e III. O pagamento já havia sido autorizado pelo Juiz da 1ª Vara do Fórum de Penápolis, Marcelo Yukio Misaka, e o agendamento de atendimento na agência para o referido pagamento também já está sendo realizado. De acordo com o gerente geral da agência de Penápolis, Alexander Nogueira, serão 3.209 beneficiados. Deste total, 228 serão trabalhadores, os demais estão distribuídos entre freteiros e fornecedores.
A usina Campestre de Penápolis decretou recuperação judicial em 2009 e teve sua Unidade de Produção arrematada, em 2013, pelo Grupo Clealco por R$ 187 milhões. O gerente da Caixa destacou que todos que têm direito aos pagamentos precisam agendar o atendimento junto à agência, sendo esta a única forma de ser feito. 
A lista completa das pessoas que receberão neste lote está disponível no site do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penápolis – www. strplis.com.br – e também no site www.fariaecarmona.com .br. 
Nogueira explicou que o atendimento para o pagamento será feito em horário especial, das 09h00 às 11h00, oferecendo comodidade àqueles que irão receber e não sendo necessária alteração no atendimento normal do banco. São esperadas cerca de 70 pessoas por dia. Entretanto, este atendimento diferenciado será destinado somente para os referidos pagamentos de pessoas que tenham feito o agendamento. “Com este grande volume de pessoas, estamos realizando este atendimento diferenciado para não sobrecarregar os trabalhos rotineiros da agência, garantindo atenção a todos”, destacou o gerente.

Agendamento e pagamento
O agendamento pode ser feito de duas diferentes formas. A primeira é através do telefone (18) 3654-0300. A segunda é a presencial, bastando que a pessoa procure os funcionários da Caixa para que o mesmo seja realizado. 
As duas formas de agendamento serão feitas sempre das 11h00 às 16h00. “Ao agendar, a pessoa será informada do dia e a hora que deverá comparecer na agência da Caixa de Penápolis, munidos de seus documentos, para a efetivação do pagamento, garantindo o atendimento a todos”, destacou o gerente. 
É necessária a apresentação de alguns documentos do titular. No caso de Pessoa Física, é preciso a apresentação de um documento de identificação com foto e comprovante de residência. Para Pessoa Jurídica, é necessário o contrato social, documento pessoal com foto e comprovante de residência do representante.
Os pagamentos até R$ 5 mil poderão ser feitos com a entrega da quantia para a pessoa de direito. Entretanto, para valores maiores, deverão ser feitos através de transferência bancária ou abertura de conta, conforme determinação do banco. “Mais uma vez lembramos que as pessoas podem consultar a lista de pagamentos emitida pela Justiça e saber se ela tem algum valor a receber. Havendo, é necessário o agendamento junto a Caixa para que o pagamento seja feito de forma ordeira, garantindo o atendimento da pessoa e a comodidade de comparecer à agência somente no dia e hora marcados”, finalizou Nogueira. 

Campestre
Todo o processo referente à usina Campestre vem sedo acompanhado há anos pela Justiça, desde que houve o decreto de recuperação judicial. Em 2013, a Usina Clealco adquiriu a UPI da Campestre por R$ 187 milhões. Deste total, R$ 97 milhões foram ativos para a compra do Parque Industrial que foram parcelados e vinham sendo pagos.  A expectativa é de que estas parcelas se encerrem neste ano de 2018. O restante do montante foi destinado ao pagamento de dívidas com a união, conforme previsto no edital de venda. 
A Clealco realizou inicialmente o pagamento de R$ 54 milhões, sendo que em 2015, 2016, 2017 e 2018, as parcelas foram de R$ 1,3 mi (em abril), R$ 5,2 mi (em agosto) e R$ 6,5 mi (em dezembro, com exceção de 2018). O valor oferecido pelo Grupo Clealco foi abaixo do valor mínimo estimado para a venda, que era de R$ 315 milhões. Com isso, a proposta precisou ser aceita em Assembleia Geral de Credores. 
A prioridade no pagamento das dívidas ficou com fornecedores e trabalhadores da Campestre.

(Rafael Machi)