Caged: Penápolis tem saldo negativo de empregos em julho

DA REPORTAGEM

O levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, ligado à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia mostrou que a cidade de Penápolis teve um saldo negativo na geração de empregos formais na cidade durante o mês de julho. Os dados mostram que cidade teve um total de 343 admissões, enquanto que as demissões, teve um total maior, resultando em 437 desligamentos, gerando o saldo negativo para a cidade de 94 vagas de trabalho fechadas.
Segundo o levantamento, este foi o pior resultado neste ano de 2020. Entre janeiro e julho deste ano, apenas o mês de abril havia registrado saldo negativo de empregos, mesmo assim o total naquele mês havia sido de 26 vagas fechadas. 
Sobre o mês de julho, o Caged apontou que Penápolis teve o pior resultado na área da indústria, que fechou o mês com 126 postos de trabalho fechados.
A área foi seguida pelo setor da construção, que somente em julho, fechou com saldo negativo de 22 vagas.
Por outro lado, o setor de serviços foi o que o que mais gerou empregos no mês passado. Segundo o levantamento, foram 24 vagas criadas no setor, que ainda foi seguido pela agropecuária – com 18 vagas criadas – e do comércio, com 12 novas vagas. 

Semestre
Assim como já havia sido noticiado pelo DIÁRIO, o primeiro semestre deste ano conseguiu bom desempenho e fechou com saldo positivo na geração de emprego nos seis primeiros meses do ano, com 230 novas vagas. 
O saldo neste primeiro semestre é maior do que o registrado no mesmo período de 2019, quando o levantamento havia apontado a criação de 170 novas vagas.
Segundo os números mais recentes, Penápolis registrou, nos seis primeiros meses deste ano, um total de 2.837 admissões em carteira assinada, enquanto que as baixas totalizaram 2.607. 

Brasil
Com o pior momento da crise ficando para trás, o mercado de trabalho registrou no mês passado o primeiro número positivo desde a chegada da pandemia de covid-19 no Brasil. Depois de quatro meses no vermelho, houve a abertura líquida de 131.010 empregos com carteira assinada em julho.
Esse foi ainda o melhor resultado para o mês desde 2012, quando o saldo líquido foi positivo em 142.496 vagas. Em julho de 2019, houve a abertura, de 43.820 vagas com carteira assinada. O resultado de julho decorreu de 1,043 milhão de admissões e 912.640 demissões. O volume representa um acréscimo de 14% nas contratações e uma queda de 2% nos desligamentos em relação a junho.
As projeções eram de fechamento líquido de 20.789 vagas a criação de 91.389 vagas em julho, com media positiva em de 25 mil postos de trabalho. 
Em junho deste ano, a perda havia sido de 19.579 postos de trabalho. Os piores meses para o Caged na pandemia foram março, com perda de 263.177 vagas, abril, com a destruição de 927.598 empregos formais, e maio, com a demissão líquida de 355.933 trabalhadores.

Os dados dos meses anteriores foram atualizados nesta sexta pela pasta. Mesmo com a recuperação de julho, a perda líquida de empregos para a pandemia ainda é de 1,435 milhão vagas desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, em março. 
No acumulado do ano até julho, o saldo do Caged ainda ficou negativo em 1,092 milhão de vagas, o pior desempenho para o período na série histórica disponibilizada pelo ministério (2002).

(Rafael Machi)