Café é considerado o alimento mais consumido no país

DA REPORTAGEM

Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) – o cafezinho é a bebida mais consumida pelos brasileiros.  A pesquisa mostra que o consumo diário, em média, é de 215,1 mililitros da bebida. Considerando que uma xícara de café padrão tem 75 ml, cada brasileiro toma quase três cafezinhos por dia. Para agradar os clientes, muitas cafeterias procuram  se aprimorar para conquistar o paladar cada vez mais exigente dos consumidores da bebida. A proprietária do Café & Cia”, Maria Aparecida de Andrade, a ‘Titi’, do Penápolis Shopping Center, diz que sempre faz questão de servir o café ao gosto do cliente. “Cada um tem sua preferência, por isso o café precisa ser preparado com muita atenção para ficar no ponto ideal”, comentou. No café expresso, por exemplo, existem alguns itens a serem observados para garantir o sabor agradável, como a qualidade da máquina e a temperatura da água para que a bebida não fique muito fria ou tão quente que queime o grão. Outro detalhe importante que deve ser observado no momento do preparo do café é a  qualidade do grão, torrado adequadamente. “São detalhes que às vezes parecem insignificantes, mas que fazem muita diferença no sabor da bebida”, ressaltou. Titi também explica que o momento em que uma pessoa toma o café precisa ser de prazer e aconchego, num momento de lazer, seja após a refeição, no desjejum ou numa pausa do trabalho. “O café pode ser uma boa justificativa para relaxar por alguns minutos e recarregar as energias”, disse. Além do tradicional cafezinho puro, muitas inovações estão caindo no gosto dos clientes. Na cafeteria do Shopping por exemplo, são preparados o café com chocolate, com raspas de limão, com chantilly, capuccino quente ou gelado, o canelinha, entre outros. “São sabores que podem agradar a uns e a outros não, o mais importante é que o café realmente seja apreciado com prazer”, concluiu.

Gosto popular

O cafezinho realmente ganhou o gosto de todos, e algumas pessoas não conseguem deixar de tomá-lo. O microempresário Milton Novaes afirma que não consegue ficar sem tomar café, “me dá um sabor a mais no meu dia-a-dia, é uma bebida com paladar diferenciado e insubstituível”, disse. A penapolense Marilda Mariano aprendeu a apreciar o café desde quando era criança no sítio dos pais, “lá sempre torrávamos os grãos e fazíamos o  nosso cafezinho com sabor especial, e até hoje não pode faltar em casa após as refeições”.  A comerciante Dinair Santos de Oliveira Cruz diz que gosta muito de café e revela ser exigente com o seu sabor, “o momento de experimentar o café é algo único no dia, quando relaxo, e tenho que tomar o que realmente me agrade e faça bem”. A atual safra de café — que vai de novembro de 2011 a outubro deste ano — deverá registrar  crescimento de 3,5% do  consumo interno  e de 10% da movimentação financeira. A previsão é da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), que projetou uma produção de  20,2 milhões de sacas e R$ 7,7 bilhões. A entidade divulgou  que a última safra rendeu 19,7 milhões de sacas ao produtor, com estimativa de ter movimentado R$ 7 bilhões. O resultado, embora menor do que o esperado, superou em 3,1% o volume consumido na temporada anterior (2009/2010), dando  continuidade à evolução do consumo nacional de café — que não sofre retrações desde a safra 2002/2003.Nos doze meses avaliados, o consumo per capita do alimento cresceu 1,4%, chegando a 6,1 quilos de café em grão cru, 4,8 kg de café torrado ou quase 82 litros da bebida por habitante, na média anual. (Rafael Machi)