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CIDADE & REGIÃO

06/10/2013

Cães abandonados geram preocupação de moradores

Imagem/José Lanzoni
Detalhes Notícia
Animais são abandonados nas ruas por falta de estrutura de seus proprietários para oferecer os cuidados necessários

DA REPORTAGEM

 

Durante a Semana Animal de Penápolis – com início inicio hoje até a próxima terça-feira, promovida pela Prefeitura, serão traçadas metas pelos participantes a fim de proteger os animais que muitas vezes sofrem com o abandono e falta de cuidados. Infelizmente, animais abandonados acabam causando certos transtornos por não ter para onde ir e permanecendo em locais que não são apropriados para eles, ficando expostos a perigos e sendo maltratados por algumas pessoas. Por outro lado, outras mesmo não podendo adotar um cãozinho, se mostraram preocupados e interessados em oferecer ajuda a animais abandonados. É o que tem acontecido com o funcionário público estadual Sérgio Carlos Pinheiro, 47 anos, que conta que a quase um mês, um cão apareceu na porta de sua casa, no Residencial São Francisco, e de lá não quer mais sair. "Ele apareceu aqui um dia e aqui ficou. Passa o dia todo no meu portão olhando o movimento da rua. Eu o deixo lá, pois infelizmente não posso adotá-lo porque já possuo outros animais", explicou. Disse que nenhum vizinho sabe a quem pertence o animal, e ninguém possui condições de adotá-lo. "As vezes ele causa incômodos, pois ocupou o espaço como sendo seu território e chega a ficar bravo quando alguém passa pela minha calçada, pois sente-se ameaçado em perder seu lugar", acrescentou. Sérgio ressaltou que sabe a importância de não maltratar o animal, mas também gostaria que alguma atitude fosse tomada em benefício dele. "Poderia ter levado-o para outro local, mas estaria apenas transferindo o problema, então resolvi pedir ajuda para o Centro de Zoonose da cidade, bem como para a APAP - Associação de Proteção aos Animais de Penápolis, mas fui informado que ele não poderia ser levado daqui por falta de estruturas".

 

Zoonose

A veterinária do Centro de Zoonose de Penápolis, Larissa Paula Lundstedt, informou que a prefeitura só realiza o recolhimento de animais que possuem doenças em que não é possível realizar sua recuperação. "Hoje realizamos a coleta, principalmente de animais com leishmaniose, onde não há recuperação do animal, e ainda há o risco de transmissão da doença. Neste caso temos que realizar a eutanásia do animal", comentou. Ela explicou também que o recolhimento de animais sadios não é realizada, pois quando isso ocorre a Zoonose passa a ser responsável pelo animal, mas não há estrutura física para isso. "Infelizmente não temos as condições necessárias para cuidar de um animal sadio, uma vez que envolve desde alimentação até a medicação necessária para que o cão se torne ainda mais forte e sadio", disse. Ela ressaltou ainda que a APAP tem dado grande apoio na questão de coleta destes animais abandonados, mas a entidade também sofre a saturação. "Isso aconteceria com qualquer entidade, quando há um grande número de cães que necessitam de cuidados, os custos são altos sendo difícil a manutenção ", ressaltou. A veterinária enfatizou que o mais correto é a população ter a consciência que o abandono de animais, além de um ato criminoso, é algo que não deve ser praticado, pois também se trata de um ser vivo. "É preciso procurar meios de chegar até a população para que haja esta conscientização. Quando se pega uma animal para cuidar é preciso que seja realizado de forma correta, oferecendo todos os cuidados necessários para o animal, para não haver abandono ", afirmou. Segundo Larissa, se alguém encontrar um animal abandonado deveria acolhê-lo. "Quando um animal é acolhido é preciso acompanhamento de um veterinário e exames completos, garantindo assim que tenha uma vida saudável", finalizou. O Centro de Zoonose oferece acompanhamento veterinário gratuitamente. As consultas devem ser agendadas às terças-feiras das 10h00 e 12h00 ou das 14h00 e 16h00.

 

Audiência

Uma audiência promovida na Câmara Municipal de Penápolis discutiu o assunto entre autoridades e munícipes. O encontro foi promovido pelo deputado estadual Feliciano Filho a pedido do vereador Lucas Casella (PV). Uma pesquisa feita pela USP e repercutida na oportunidade revela que de 2004 a 2010, enquanto a população humana cresceu 3,5%, a canina aumentou 60% e a felina, 152%. Na ocasião, o deputado se comprometeu a lutar por recursos para castração de cães e gatos e apoiar a estruturação de um Hospital Municipal Veterinário na cidade. A audiência pública definiu 8 propostas: busca de recursos, realização de parcerias com faculdades estaduais para atendimento de animais, parcerias com as faculdades particulares para convênio de fisioterapia e equoterapia, criação de um Consórcio Intermunicipal voltado para animais, criação de uma defensoria de animais, elaboração e envio de uma Moção de Apoio ao Senado Federal para aumento de pena a maus tratos contra os animais, realização de uma Conferência Municipal de Proteção aos Animais e criação de uma comissão provisória ou permanente de proteção aos animais. (Rafael Machi)

 

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