Bushcraft: Experiência aproxima contato de pessoas com a natureza

DA REPORTAGEM

Um lugar calmo, em meio à natureza onde se pode aprender as mais diversas técnicas de sobrevivência, além de ter um contato mais próximo com tudo aquilo que a natureza pode lhe proporcionar. Este é o desejo de muitas pessoas que querem fugir da correria do dia-a-dia, explorando as atividades em meio a um ambiente diferente daquilo na qual se está acostumado.
Poucos sabem, mas Penápolis oferece uma opção de turismo ecológico que vem crescendo nos últimos meses e que tem recebido pessoas de outros estados do país e até mesmo de outros lugares do mundo.
Você sabe o que é Bushcraft? É o termo em inglês que significa: “artes do mato”. A atividade visa ser o contato da pessoa com a natureza, conhecendo práticas primitivas que levem seus praticantes às reflexões sobre o que é simples e essencial, além de mostrar um pouco das origens do ser humano.
Em Penápolis existe a Escola de Bushcraft. Funcionando desde janeiro deste ano, ela já recebeu diversas pessoas de Penápolis, de outras cidades do país e até mesmo do mundo. Quem conhece a escola tem a oportunidade de praticar atividades primitivas em meio a uma mata, além de poder conhecer um pouco mais das belezas do rio Tietê através de expedições feitas com caiaques.
Segundo o praticante de Bushcraft, o biólogo Carlos Eduardo Dias Sanhudo, existe algumas formas diferentes de prática do Bushcraft em Penápolis, sendo uma delas a vivência, aquela atividade onde os participantes passam um período maior no ambiente da natureza e vivencia diversas atividades e reflexões sobre as origens do homem. “Temos ainda as oficinas, que são aquelas atividades mais específicas, e as atividades livres, que são voltadas para aqueles grupos que querem passar um dia ou fim de semana vivenciando o Bushcraft. Tivemos como exemplo um grupo de meninas que nunca acamparam e que encontraram a oportunidade de ter este contato com a natureza. São diversas as maneiras que as pessoas têm de praticar o Bushcraft e tudo é planeado de acordo com aquilo que a pessoa quer e tem condições de praticar”, comentou. 
Ainda explorando o turismo ecológico na região, a escola já recebeu pessoas de outros países, como a Bélgica. “Foi uma experiência muito legal, eles simplesmente ficaram encantados com as belezas naturais existentes na região e fizeram questão de explorar muita coisa por aqui, como o próprio rio Tietê”, comentou. 
A bióloga Camila Mandai, explica que atividades como estas podem transformar a percepção das pessoas sobre a natureza. “Você passa a explorar algo que pode ser completamente novo. A natureza é vista por muitos como algo desconhecido, mas quando você conhece aquilo que ela te oferece, você passa a conhecer o porquê daquilo. O Bushcraft tem justamente o objetivo de oferecer conhecimento através da experiência direta e não por comunicação. Através de uma ‘recreação’ você adquire um conhecimento ambiental que fica integrado ao seu modo de ver e agir no mundo”, destacou.
Além de todo o conhecimento possível adquirir na prática do Bushcraft, uma das atividades que mais empolgam seus participantes é a do fogo primitivo. Nela é possível aprender diferentes técnicas de produção de fogo. “Esta é uma das atividades que mais encantam as pessoas. Muitas delas jamais se imaginaram fazendo fogo com madeira, por exemplo. Esta atividade nos conecta com diferentes culturas e povos, despertando sentimentos instintivos e fundamentais para o auto-conhecimento. Isso também é um dos objetivos di Bushcraft, fazer a pessoa se descobrir, saber que ela é capaz de coisas na natura que talvez, antes, ela nem soubesse”, ressaltou.

Penápolis
Quem quiser conhecer mais sobre o Bushcraft em Penápolis pode obter mais informações através do site www.escoladebushcraft.com.br, ou através do Facebook/Escola de Bushcraft e Interpretação Ambiental. Também é disponibilizado o telefone (18) 99719-4223.
A escola conta com o apoio de outros profissionais de áreas específicas que contribuem com o conhecimento oferecido. Além dos biólogos, a escola tem também a farmacêutica Karina Mandai como uma das responsáveis pelo projeto.

(Rafael Machi)