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CIDADE & REGIÃO

08/12/2017

Bebê encontrado: “Ela nasceu como um anjinho”, diz mãe de Yasmin

Imagem/Arquivo Diário
Detalhes Notícia
A dona de Casa Tatiana Costa mostra o local exato onde encontrou o bebê dentro de uma mochila, no bairro Pereirinha

DA REPORTAGEM

A mãe biológica da pequena Yasmin, que foi encontrada em um terreno no bairro Pereirinha, no dia 11 de setembro, quando ainda era recém nascida, prestou depoimento à Polícia Civil de Guarapari (ES), onde sua família reside e para onde retornou depois de deixar a criança em Penápolis. De acordo com a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Penápolis, e responsável pela investigação, Maria Salete Cavestré Tondatto, a oitiva da mulher de 38 anos, ocorreu através de Carta Precatória, já que ela não tem condições de vir a Penápolis. A mãe de Yasmin teria revelado que não levou a recém nascida por que não tinha qualquer documento dela e do bebê e que teve medo de ser presa. “Ela confirmou as informações de que ela mesma teria feito o parto e que deixou a criança dentro de uma mochila até ser encontrada, além de revelar outros detalhes do que teria acontecido na noite do fato”, afirmou a delegada. 
De acordo com Salete, a mãe faz acompanhamento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Espírito Santo e é interditada pela família.
A mulher revelou que fazia o pré-natal em sua cidade e que havia sido alertada por sua médica de que o bebê nasceria até o dia 16 de setembro. “Entretanto, mesmo assim, ela saiu de Guarapari pedindo carona e chegou em Penápolis no dia 10 de setembro. Ela disse ainda que chegou na cidade já sentindo dores”, contou.
A mulher confirmou também que teria vindo para Penápolis procurar sua mãe, que não a encontrava havia alguns anos, mas que quando percebeu que estava entrando em trabalho de parto foi até um terreno do bairro Pereirinha e acabou fazendo tudo sozinha, sendo que Yasmin teria nascido por volta das 23h50 do dia 10 de setembro. Ela também revelou detalhes da ação, afirmando que usava um vestido e que precisou levantar a roupa para fazer o parto. “Ela ainda disse que teve o cuidado de segurar a criança para que ela não caísse ao chão e que após cortar o cordão umbilical na altura da placenta a deixou limpinha, ficando com ela até o amanhecer do dia. A mãe chegou a ressaltar em seu depoimento que ela nasceu como um anjinho, que não deu trabalho nenhum”, revelou Salete. 

Medo
A mãe de Yasmin disse também para a polícia que não procurou um hospital porque ela estaria sem documento algum e que, além disso, ainda tinha medo de ser presa por conta do ato.
Depois de ter colocado a menina em uma mochila e a enrolado em uma blusa de frio, a mãe teria deixado a cabeça da criança para fora da mochila com medo de Yasmin morrer por asfixia e que permaneceu observando toda a movimentação até que a criança fosse encontrada e resgatada. “Neste período, ela afirmou que pensou em voltar e pegar o bebê, mas que teve medo de ser linchada, já que ela ouviu as pessoas que estavam no local afirmarem que essa mulher deveria morrer, que isso não é uma mãe, mas um monstro”, acrescentou a delegada.
“Por fim, ela ressaltou que não levou o bebê de volta para Guarapari porque estava sem qualquer documento dela e da criança. Como ela voltaria pra sua cidade de carona, ela não teria como explicar como estava com um bebê”, enfatizou. Segundo o que foi levantado, a mulher pegou uma infecção por conta do parto em local inadequado, precisando ficar internada e passar por tratamento médico.
Segundo a delegada, apesar do depoimento da mãe de Yasmin, ela ainda aguarda um material que deverá ser enviado nos próximos dias. Ela pedirá o exame grafotécnico, que deverá avaliar se a letra da mulher é a mesma letra deixada no bilhete encontrado com a menina no dia do fato. “Após estas etapas, faremos a conclusão do inquérito, que será encaminhado à Vara da Infância e Juventude Penápolis para que o juiz possa dar prosseguimento pela condenação ou não da mulher por abandono de incapaz. Além disso, caberá a ele decidir se a Yasmin retorna para sua família biológica, fica com a família provisória ou é colocada à adoção. Tudo dependerá de sua decisão”, esclareceu. 

Caso
O caso de Yasmin ganhou grande repercussão na mídia depois que ela foi abandonada e encontrada pela dona de casa Tatiana Costa quando passava pela rua de sua casa e ouviu o choro da criança. O bebê foi encontrado enrolado em panos e dentro de uma mochila e ainda tinha o cordão umbilical.
A menina, chamada de Yasmin no bilhete deixado pela mãe, ficou internada na pediatria da Santa Casa de Penápolis. No bilhete, a mãe dizia que não tinha condições de criar a menina e pedia para que cuidassem bem dela.
Depois de receber alta, e por determinação do Juiz da Vara da Infância e Juventude, Heber Gualberto Mendonça, ela foi levada para uma família provisória que passou por uma série de avaliações de uma equipe de profissionais ligados ao Tribunal de Justiça, onde permanece até a conclusão do processo. (Rafael Machi)

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