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CIDADE & REGIÃO

22/08/2007

Barbosa: Desempregado é preso acusado de torturar filho de um ano

O desempregado Niocélio Pereira de Queiroz, 26 anos, que reside em Barbosa há cerca de três meses, foi preso domingo acusado de crime de tortura contra seu filho de um pouco mais de um ano de idade. Segundo o delegado Nivaldo Martins Coelho, que responde pela Delegacia daquele município, o acusado, que veio recentemente de Minas Gerais para trabalhar do corte de cana-de-açúcar, ficou irritado pelo fato da criança ter defecado sobre a cama e com as mãos espalhado as fezes no lençol. Com uma vara feita de cipó o desempregado surrou a criança, deixando vários hematomas por várias partes do corpo. O crime ocorreu domingo pela manhã e tão logo chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar a criança foi recolhida e encaminhada para a Casa Abrigo. O estado em que a criança foi encontrada, devido ao estado crítico pelos momentos de horror pela qual passou, causou revolta e indignação na população.

Ao ser ouvido o acusado confessou a agressão, reconheceu que havia errado, mas que havia ficado descontrolado ao se irritar com que a criança havia feito. Segundo ele, esta não foi a primeira vez que o filho havia cometido tal travessura e em uma das vezes tinha defecado na sala da casa. Ao surrá-lo, segundo ele, tinha por objetivo corrigi-lo, para que nunca mais agisse de tal maneira. Para o delegado, o desempregado, pessoa considerada de pouca cultura, realmente agiu com a intenção de corrigir a criança, no entanto exagerou na repreensão, agindo de maneira torpe, ‘como se estivéssemos na idade da pedra’. “A vítima, devido a sua tenra idade, não pôde esboçar qualquer reação, bem como dificilmente compreenderia os bons modos que estavam sendo impostos pelo pai”, destacou o delegado. Pelo crime o acusado foi preso temporariamente pelo período de 30 dias. “Nós entendemos que a maneira aplicada pelo pai para corrigir o filho, uma criança de um ano de dez meses, de forma alguma o faria compreender o que estava ocorrendo, bem como não pôde se defender ou como falar. Isto caracteriza crime de tortura, cuja pena vai de dois a oito anos de prisão”, enfatizou o delegado. “Ele sem dúvida exagerou, ou seja, agiu como se estivesse na idade da pedra agredindo a criança de tal maneira que ficou toda lesionada”, informou Nivaldo. A criança é filho único do desempregado, porém o acusado é separado da mãe e a criança morava com ele e uma madrasta. A agressão somente chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar de Barbosa, que repassou a informação à Polícia devido a uma denúncia anônima. “Infelizmente com certeza existem inúmeros casos semelhantes a este, ou até pior, que não são revelados, ou seja, os órgãos responsáveis de apurar não tomam conhecimento”, reconheceu o policial. Para coibir este tipo de violência, a maneira mais eficiente é a denúncia, mesmo que seja de forma anônima. “O vizinho é aquele que vê tudo e, quando souber de algo, deve denunciar para que a Polícia possa agir, impedindo que os agressores fiquem impunes”, destacou o delegado. Apesar da convivência constante com vários tipos de violência, Nivaldo reconheceu que este caso ultrapassou os limites. “Isto é esquecer que a pessoa pertence à raça humana, agindo como um animal. Aliás, nem mesmo os animais agem desta forma, pois em regra sabemos que na natureza sempre existe a proteção à cria”, finalizou. (SRF)
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