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CIDADE & REGIÃO

11/05/2008

Avanhandava: Participação do negro na vida política segue tímida

Na próxima terça-feira, 13 de maio, comemora-se mais uma passagem que lembra a abolição da escravidão negra no Brasil. À princesa Isabel, caberia , em 1888, assinar a lei da abolição da escravatura, coroando, conforme os livros da história, uma árdua campanha em que se envolveram políticos, jornalistas, militares e gente do povo. A abolição da escravidão foi produto de uma idéia que levou mais de um século para amadurecer. Livre, coube aos negros buscar com o tempo sua participação perante as mais diversas atividades da sociedade. Pessoas que nasceram e cresceram na cidade atestam a tímida presença do negro no poder público de Avanhandava, cidade que teve poucos negros em sua história política.
A partir da saída dos vereadores Advaldo Gomes, o “Divardão”, e Jovino Pereira Mota, o “Graúdo”, ao final da 10ª Legislatura no ano de 1992, a Câmara de Vereadores de Avanhandava elegeu somente mais um candidato negro para ocupar o cargo, sendo o vereador Antonio Jorge Macedo, o “Zumbinha”. Houve épocas em que a composição da Câmara não teve nenhum parlamentar negro. Para a eleição municipal deste ano, alguns partidos políticos já demonstraram a intenção de ter entre seus filiados alguns pré-candidatos negros que tentarão uma vaga para uma das 9 cadeiras da Câmara Municipal.

Passado
Na eleição de 1992, Divardão não conseguiu ser reeleito após ficar no cargo durante vários anos. Descendente de negros, Jovino Pereira Mota, o Graúdo, também não se reelegeu em 1992. Ambos eram considerados bons de voto. Com 143 votos, Advaldo Gomes foi o 4º vereador mais votado nas eleições de 1988.
Em 1982 Jovino chegou a ser o 5º vereador mais bem votado ao receber 119 votos pelo antigo MDB. Divardão ocupou uma cadeira no poder Legislativo nas legislaturas de 1983 à 1988 e de 1989 à 1992, exercendo inclusive o cargo de presidente da Câmara nas duas ocasiões, enquanto que Jovino foi vereador de 1977 a 1982 e de 1989 a 1992.

Defensor da raça negra
Estabelecido atualmente com a família em outro município paulista, Divardão diz que sempre foi defensor da raça negra. “Quando era vereador, defendi que fosse incluído na lei orgânica do município a obrigatoriedade de se comemorar nas escolas municipais a data de 20 de novembro, quando se comemora o ‘dia da consciência negra’, mas depois que a gente saiu parece que houve uma reformulação e isso foi mudado porque havia gente contra a idéia”.  
Analisando a participação do negro na política local, Divardão fala que ela poderia ser bem maior. “Não há uma participação efetiva do negro na política ou mesmo num todo da sociedade. Aos negros de Avanhandava falta buscar os seus ideais e interesses. (OV)

Foto: Vereador Antonio Macedo, o “Zumbinha”

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