Autor de homicídio é morto com sete tiros

Penápolis registrou na tarde de sábado o primeiro homicídio deste ano, quando foi morto à tiros, com disparos de uma arma calibre 38, à queima-roupa, o servente Edjalma Góis Alves, 28 anos, (foto) conhecido pelo apelido de "Dil", que residia no bairro Cidade Jardim.

O crime ocorreu por volta das 16h30 na rua Irmãos Crisóstomo de Oliveira, no Jardim Eldorado. Testemunhas informaram aos policiais que os autores do crime teriam sido dois jovens desconhecidos que se encontravam em frente a uma loja existente naquele bairro. O executor que não se preocupou em esconder a face, não teria falado nada atirando contra a vítima que não teve como se defender. Após os disparos os assassinos fugiram em uma motocicleta que não teve a placa anotada. Quando os policiais chegaram ao local encontraram Edjalma ainda vivo, ele foi socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Pronto-Socorro, mas faleceu ao dar entrada naquela unidade médica. Pessoas que estavam próximas no momento do crime descreveram os acusados, sendo um deles de estatura baixa e usando capacete de motoqueiro na cabeça. O outro era branco, alto, magro e não usava capacete. As primeiras impressões colhidas pelos policiais no local do crime indicavam que Edjalma havia sido atingido por quatro projéteis, no queixo, pescoço, tórax e abdômen. Mas, ao ser realizada a necropsia foram constatadas as demais perfurações. Dois projéteis foram encontrados na cena do crime e apreendidos para perícia.

Ontem o delegado Mauro Gabriel destacou que a Polícia já tem os suspeitos e está trabalhando com a hipótese de vingança. Um inquérito foi instaurado e ontem os investigadores trabalhavam na tentativa de levantar provas. Para o delegado o crime foi mesmo motivado por vingança, pois Edjalma havia cometido um homicídio e sobrevivido a uma tentativa de assassinato, e teria sido alertado sobre o perigo de viver em Penápolis. A Polícia inclusive recebeu uma informação anônima antes da Semana Santa de que ele corria risco de morte, mas ele ignorou esses avisos. Segundo o médico legista João Carlos D’Elia, a vítima foi atingida por sete tiros, três deles à queima-roupa, sendo que a maior parte atingiu o tórax.

Acusado de ter sido o autor de um homicídio, Edjalma havia sido julgado e absolvido no dia 04 de março deste ano. Ele teria cometido, além de um homicídio, uma tentativa contra outra pessoa no mesmo dia. Edjalma foi absolvido porque os jurados aceitaram o argumento de que ele agiu em legítima defesa. Os crimes foram praticados na madrugada do dia 1º de maio de 2008, em um posto de combustíveis localizado na avenida Leandro Ratisbona de Medeiros.

De acordo com o Ministério Público, ele teria matado a tiros Gilberto de Oliveira, 23 anos e alvejado o tórax de Marco Antonio Alves dos Santos, na época com 25 anos, que sobreviveu. As vítimas teriam discutido anteriormente com o réu na entrada de uma boate na mesma avenida. Momentos depois Gilberto e Marcos estavam em uma moto no posto quando Edjalma chegou em uma motocicleta Honda Twister e após nova discussão efetuou os disparos.

O réu ficou foragido até ser capturado meses depois em outra cidade, porém, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade provisória.

Edjalma já havia escapado de morrer a tiros durante uma tentativa ocorrida na noite do dia 03 de agosto de 2009 na avenida Antonio Veronese. Gravemente ferido se recuperou na UTI. Ele foi encontrado pelos policiais caído no chão, ao lado de uma motoneta Yamaha Crypton com placa de Penápolis que pilotava.

Apesar de ferido, conseguiu indicar aos policiais algumas pistas que poderiam levar aos autores. Conforme suas informações, ele transitava pela avenida quando duas motos se aproximaram cada uma com dois ocupantes, e em dado momento, vários tiros foram disparados em sua direção. No dia 19 do mês seguinte, a Polícia Civil prendeu três suspeitos do crime. (SRF)