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CIDADE & REGIÃO

04/03/2007

Atrativo: “Densidades” é a nova exposição de arte naif do Museu do Sol

Dando seqüência à iniciativa do Museu do Sol de Penápolis de possibilitar que suas exposições tenham curadorias diferentes, praticadas por penapolenses envolvidos com arte, a diretoria da instituição realiza desde a última quinta-feira a mostra de arte naif intitulada “Densidades”, com curadoria de Célia Muçouçah. Os quadros foram acomodados na sala de exposições periódicas do museu, onde devem permanecer nos próximos dois meses.

Formada em artes plásticas e com grande experiência na área, destacando sua atuação por 17 anos na extinta Galeria Itaú Cultural de Penápolis, Célia selecionou 29 dos mais de 300 quadros que permanecem acomodados na reserva técnica.

Segundo a diretora do Museu, Elizabeth Bergner, a intenção é tirar boa parte das obras da reserva e mostrá-las ao público periodicamente, seguindo um tema ou estudo determinado. Ela revelou ainda que convidar para curadoria uma pessoa que não está diretamente envolvida com o museu possibilita novos olhares e impressões, garantindo uma organização inédita dos trabalhos. “Não queremos fazer isso somente com a nossa visão. Embora a coleção seja privada, pertence a todos os penapolenses. Queremos instiga-los a observar também”, comentou.

A diretora adiantou ainda que o plano de trabalho deste ano inclui quatro exposições, sendo duas com materiais do próprio acervo, uma com os trabalhos produzidos pelas crianças que freqüentam o Ateliê e outra com as peças que compõe o Museu de São Francisco. “Todas elas terão a curadoria da Célia, que é uma pessoa com muita vivência na área e que já tem prática na montagem de exposições. Ela sabe fazer a mediação necessária entre obra e público”, comentou Elizabeth. O Museu do Sol fica na avenida Rui Barbosa, nº 798. O horário de visitação é das 13h00 às 18h00, de segunda a sábado.

 

 

Curadoria destaca intensidade das expressões naif

Abordar as dificuldades que os artistas naif encontram no momento da representação das cenas e personagens era o recorte inicial considerado pela curadora da mostra. Porém, depois de um tempo de reflexão sobre as imagens, Célia notou, como característica sempre presente na arte ingênua, a intensidade com que os elementos do cenário são expostos, chegando ao título “Densidades”.

“Resolvi destacar as explosões de cores, as impressões sempre carregadas, seja por meio de pinceladas fortes e traços grossos, seja pelo exagero nos detalhes e situações colocadas num mesmo espaço”, descreveu Célia, “O artista naif ressalta várias características da personagem ou cena. Mesmo quando as paisagens têm cores e traços suaves, muitos elementos estão presentes por toda parte da imagem, numa riqueza descritiva”, comentou ela.

O excesso de informação está presente, por exemplo, nas obras do artista Osvaldo Galindo, criador ainda de cenas com atmosferas noturnas. Da mesma forma, Gerson de Souza e Isabel de Jesus carregam na expressão de detalhes, sem contar ainda a forte presença das tradições e do folclore popular nas cenas retratadas.

Por outro lado, obras do artista Wladimir de Deus focadas em cenários rurais, explicitam figuras de forma mais simples e com grandes traços. Januário também opta por esta forma de criação, com contornos escuros e bem definidos.

“As representações humanas e geográficas dos naif carregam a espontaneidade e a coragem de um sensível observador do mundo, que comunica sua experiência de forma poética e filosófica”, descreveu a curadora, “Cria-se uma atmosfera quase sempre ingênua, leve e transparente, mas, ao mesmo tempo, densa. Nosso olhar tem que parar, ‘ler’ todo aquele momento rico do imaginário popular e captar ainda mais informações, como a psique do personagem, sua origem, envolvimento com a cena e papel apresentado naquele lugar”, finalizou ela.

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