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CIDADE & REGIÃO

01/09/2016

Assunto do momento: Dilma é cassada e fato gera diferentes opiniões políticas

Imagem/Agência Senado
Detalhes Notícia
Com 61 votos a 20, o Senado condenou Dilma Rousseff, que foi destituída do cargo de Presidente da República

DA REPORTAGEM

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (31), por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas “pedaladas fiscais” no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.
A decisão de afastar Dilma definitivamente do comando do Palácio do Planalto foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo de impeachment. A pedido de senadores aliados de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu realizar duas votações no plenário. A primeira analisou apenas se a petista deveria perder o mandato de presidente da República. Na sequência, os senadores apreciaram se Dilma devia ficar inelegível por oito anos, e impedida de exercer qualquer função pública.
Na votação, 42 senadores se posicionaram favoravelmente à inabilitação para funções públicas e 36 contrários.  Outros 3 senadores se abstiveram. Para que ela ficasse impedida de exercer cargos públicos, eram necessários 54 votos favoráveis.

Repercussão
O assunto foi destaque em diversos jornais no mundo. O “The New York Times”, dos Estados Unidos, destacou em sua página na internet a votação no Senado e disse que o impeachment coloca fim a 13 anos de governo do PT, época em que a economia do país cresceu, levando milhões à classe média e elevado o perfil do país no cenário global. O espanhol “El País” também destacou o processo de impeachment e chegou a comparar o fato ocorrido com Dilma com o de Fernando Collor de Melo, em 1992, e disse que, durante o julgamento final, a resistência de Dilma foi mais simbólica do que prática.
Enquanto isso o francês “Le Figaro” disse que o PT caiu depois de 13 anos no comando, chamando de “milagre” a ascensão econômica de 29 milhões de brasileiros. Entretanto, o jornal disse ainda que depois disso o país viveu uma série de escândalos de corrupção, mergulhando o Brasil em um abismo com a recessão no país com um sexto trimestre consecutivo de declínio do PIB.

Penápolis
Em Penápolis o assunto mais comentado na tarde desta quarta-feira foi à queda de Dilma do poder. Quando foi oficializado o resultado no Senado, fogos de artifício foram ouvidos na cidade. O assunto, é claro, foi repercutido entre lideranças políticas municipais.
Para o ex-prefeito de Penápolis e membro do Partido dos Trabalhadores, João Luis dos Santos, o tribunal foi considerado por ele como “político”. Ele intitulou o processo como um golpe institucional, onde prevaleceram os interesses políticos partidários. “Não há provas de crimes de irresponsabilidade fiscal. Tudo não passou de uma farsa”, afirmou.
Ainda segundo ele, tudo teve origem através de chantagem do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB) e do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB). “Isso porque, em 2013, a presidenta Dilma nomeou Rodrigo Janot como Procurador Geral da República, estando ele à frente da operação Lava Jato. Como ela não aceitou as chantagens feitas por Cunha e Calheiros, eles inflamaram o processo de impeachment”, destacou. Com a posse de Michel Temer (PMDB), João Luis acredita que o governo brasileiro estará sujeito a uma aliança política conservadora. “Uma política concentradora, sem investigações e que poderá haver muitos cortes dos direitos conquistados até o momento pelos trabalhadores”, finalizou o ex-prefeito.
Já o presidente do PMDB em Penápolis, Adalgiso do Nascimento, o Ziza, reconheceu que no processo de julgamento de Dilma houve excesso de ansiedade por parte de deputados e senadores e chegou a dizer que Eduardo Cunha não deveria ter tomado frente do processo na Câmara. “Foi imoral para o país o Eduardo Cunha presidir uma sessão na Câmara sobre o processo na situação em que ele está”, se referiu Ziza ao processo que Cunha enfrenta na Câmara ao ser acusado de quebra de decoro parlamentar e sua investigação na Lava Jato. “Houve excesso de ansiedade e acredito ter havido momentos em que o processo poderia ter sido melhor trabalhado”, afirmou. “Somos sabedores de que quando está dentro da ilegalidade é dada a oportunidade de justificativa e foi o que aconteceu com a Dilma, ela teve a chance de se explicar e, já que suas explicações não convenceram os senadores de sua inocência, então que seja feito o que tem que ser feito”, ressaltou.
Ainda de acordo com Ziza, o momento é de união por uma política limpa. “Faço parte do PMDB, sim, mas acho que a política precisa ser feita de forma limpa, é nisso que acredito. O Brasil precisa de união, prevalecendo o interesse coletivo e buscando a superação. Acredito que Temer buscará uma situação favorável, sem tirar os direitos dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro”, finalizou.

(Rafael Machi)

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