Assassinato de motorista continua sendo investigado

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis continua investigando o assassinato do motorista Maurício Marques da Silva, de 41 anos, que foi encontrado morto em um sítio no bairro rural do Urutágua, na manhã do dia 26 de agosto, em Penápolis. Seu corpo foi encontrado caído próximo de sua moto, havendo perfuração de bala em ocasião de disparo de arma de fogo. No local ainda foi encontrado um projétil de espingarda calibre 44. 
A investigação está sedo comandada pelo delegado do 1º Distrito Policial, Heweraldo Weber Gonçalves, que revelou que o caso está sedo tratado como um crime premeditado. Para ele, a pessoa que foi ao encontro de Silva no dia do crime, já havia planejado o fato. 
O delegado revelou também que tudo o que foi encontrado no local leva a crer que a vítima havia parado na porteira do sítio, para conversar com alguém. Isso porque quando corpo de Silva foi encontrado, estava ao lado se sua moto, o que leva a crer que ele estaria saindo da propriedade. 
“O que chamou a atenção é o fato de o capacete ter sido colocado, provavelmente pela vítima, em cima do retrovisor da moto, dado a entender que ela parou a moto e retirou o capacete, justamente para poder conversar com alguém, porque é difícil tirar o capacete só para abrir uma porteira. Por isso, acreditamos que a pessoa que abordou a vítima tenha parado para conversar com ela antes de efetuar o disparo”, comentou o delegado.

Ligação
De acordo com o que revelou o delegado, Silva teria falado no fim da tarde anterior com sua mãe através de seu celular. Ambos teriam conversado normalmente, sendo ela a última pessoa com que ele conversou antes do fato. Quando o corpo de Silva foi encontrado, foi observado que sobre seu peito estava seu celular aberto. Para a polícia, isto pode ser um indício de que Silva ainda teria tentado ligar para alguém antes de morrer. 
“O fato da vítima, ter conversado com sua mãe na tarde anterior, não nos revela o momento em que o fato ocorreu. Quando o corpo foi encontrado já apresentava sinais de rigidez, o que nos indica que o fato, muito provavelmente tenha ocorrido entre a madrugada daquele dia e a noite anterior. Somente exames mais detalhados poderão esclarecer isso”, disse o delegado. Entretanto, Heweraldo revelou que a causa da morte de Silva foi ocasionada por conta de uma hemorragia em decorrência do disparo, que acertou o peito da vítima e transfixou seu corpo.

Investigação
A Polícia Civil tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito, entretanto Heweraldo já revelou que vai pedir a prorrogação do prazo na tentativa de colher mais informações que possam levar ao autor do homicídio. Ele já ouviu algumas pessoas entre suspeitos e demais conhecidos que talvez possam indicar algum possível problema que Silva vinha tendo. 
“Vamos ouvir ainda alguns familiares. Queremos descobrir se ele vinha sofrendo algum tipo de ameaça ou qualquer coisa que possa nos ajudar nos trabalhos. Estamos investigando todas as linhas possíveis para chegarmos ao autor e concluir este inquérito o mais rápido possível”, finalizou o delegado.

O crime
Uma testemunha teria visto o corpo próximo à porteira da fazenda e acionado a Polícia Militar, por volta das 06h30. De acordo com o que teria sido apurado ainda no local do crime, Silva estaria saindo da fazenda – onde possuía gado arrendado. Ao chegar na porteira que dá acesso à estrada rural, teria parado a moto e tirado o capacete.
Neste momento o autor do homicídio teria se aproximado e efetuado um único tiro, que atingiu o braço esquerdo e o peito da vítima. A Polícia Civil ainda aguarda exames complementares que estão sendo feitos pela Polícia Científica.

(Rafael Machi)