Após derrubar liminar, Estado mantém retorno das aulas

DA REDAÇÃO

Menos de 24 horas após o Tribunal de Justiça suspender o retorno das aulas presenciais no estado de São Paulo, o Governo do Estado conseguiu, também no TJ, derrubar a liminar que suspendia o retorno em todo o estado e que era válido para escolas públicas e privadas. 

A liminar concedida anteriormente, atendia a um pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) para barrar decreto do governador João Doria (PSDB) que autorizava a abertura das escolas mesmo se o estado registrasse piora nos índices da pandemia de Covid-19. 

Anunciada em dezembro, a medida valia inclusive se SP voltasse às fases mais restritivas das flexibilizações econômicas estabelecidas pelo plano estadual. Ao conceder a liminar, a juíza Simone Gomes, da 9ª Vara da Fazenda Pública, baseou sua decisão "na proteção ao direito à vida". Ela defendeu que as aulas presenciais não devem ser retomadas em áreas classificadas nas fases laranja e vermelha (a mais restritiva).

Na noite de quinta-feira (28), representantes da subsede da Apeoesp de Penápolis se reuniram em manifestação na praça Dr. Carlos Sampaio Filho. O movimento vinha sendo repetido por subsedes de todo o estado no decorrer da semana. O ato simbólico, além de manifestar vontade contrária à volta das aulas de maneira presencial neste momento de pandemia, foi ainda um ato para lembrar e homenagear os mortos na cidade pela doença.

“Nosso objetivo foi conscientizar governantes que a volta às aulas presenciais na fase mais aguda da pandemia, é um grave risco! Todas as vidas importam! Pedimos que primeiro chegue a vacina, depois aulas, pois conteúdo se recupera, mas vidas não”, disse a coordenadora da subsede local, a professora Tereza Cristina Moreira da Silva.

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