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CIDADE & REGIÃO

28/05/2008

Apesar do descrédito popular, Real completa 14 anos

Implantado em 1994, no então governo do presidente Itamar Franco, o Plano Real controlou a inflação no Brasil, e está prestes a completar 14 anos. O Plano, que sucedeu a vários outros que não obtiveram sucesso, era motivo de descrédito da maioria dos brasileiros. Em seus primeiros dias, o plano foi denominado pela equipe econômica "Plano Bacha" e "Bacha 2", devido ao nome de seu principal idealizador, o economista Edmar Bacha, por muitos considerado o pai do Plano Real. Seu objetivo primário era controlar a hiperinflação, um problema brasileiro crônico. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.
No primeiro momento, obteve resultados muitos positivos, com controle da inflação e o aumento da taxa de investimentos na economia. Outras vantagens foram o aumento do poder de compra e medidas recessivas. Por outro lado, houve um aumento no desemprego, baixos salários, escalada dos preços e a privatização de empresas públicas. Durante o período de 1995 a 1997 foram vendidas ou associadas a multinacionais 1.374 empresas, causando perdas financeiras para o Brasil, levando o governo a fazer um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de usar 3,5% do orçamento para pagar juros das dívidas. Não só isso houve como também a venda de patrimônios públicos como a Vale do Rio Doce e empresas de telecomunicações.
Estas privatizações trouxeram desvantagens para a população, desvantagens essas que afetam todos os brasileiros até os nossos dias. Na área de telefonia, o valor fixo passou de R$ 0,61 em 1994 para mais de R$ 30,00 em 2004. O valor do litro da gasolina teve um grande reajuste. Há 10 anos era R$ 0,41 e hoje R$ 2,15. Com a crise dos Tigres Asiáticos em 1997 e da Rússia em 1998, a situação econômica tornou-se insustentável, fazendo com que em 1998 fosse assinado um acordo de ajuda com o FMI. Não conseguindo mais conter a saída de capital e para não exaurir as reservas cambiais, em janeiro de 1999 o governo abandona o sistema de bandas cambiais e deixa a taxa de câmbio flutuante (livre). Em dois meses, o Real se desvaloriza cerca de 40%. O risco país cresce a níveis alarmantes e a situação piora muito mais na segunda metade de 2002 com a proximidade das eleições e a cada vez mais certeira vitória do candidato de oposição Luís Inácio Lula da Silva. O início do governo Lula é marcado pela austeridade do Banco Central e consequentemente por um aumento da confiança de investidores estrangeiros. Com uma política monetária restritiva e aumentos de gastos acompanhados de recordes de arrecadação, o país esteve distante da ameaça da inflação, e a redução das desigualdades, marca do Plano Real avançou. O crescimento econômico, porém, foi insatisfatório; o Brasil teve baixas taxas de investimento e desempenho inferior ao de outras economias emergentes. (IA)
 
Qual a sua opinião sobre o Plano Real?

José Busquete (foto), 89 anos, aposentado
“Nunca pensei que o Plano Real ficaria por muito tempo. Mesmo no começo do plano, não trouxe benefícios para aqueles que possuíam poupança. Hoje piorou muito”.

Daniel Martinez, 75 anos, aposentado
“Não acreditava que fosse durar muito tempo. Hoje em dia este plano é pior porque todos se queixam da falta de dinheiro e dos altos preços das mercadorias”.

Adair Mozer Braga, 61 anos, agricultor
“Não achava que este Plano fosse vingar. Na minha opinião não trouxe benefício porque os preços dos alimentos e mercadorias tem aumentado”.

Newton Soares Pires, 67 anos, agricultor pires)
“Acreditava que este plano iria durar muito tempo. Ele não é ruim; o que estragou e continua estragando são os governos políticos que vem administrando nosso país”.

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