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CIDADE & REGIÃO

08/10/2015

Alunos vão às ruas contra a reorganização escolar

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Os alunos das escolas Carlos Sampaio e Adelino Peters percorreram as ruas da cidade em manifestação

DA REPORTAGEM

Diversos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio das Escolas estaduais Dr. Carlos Sampaio Filho e Adelino Peters se reuniram na manhã desta quarta-feira (07) para uma manifestação contra o processo de reorganização escolar que está em fase de estudo para implantação pelo Governo do Estado. A reorganização, prevista para ocorrer já a partir do ano que vem, pretende ampliar o número de escolas com um único ciclo, o que favorece a gestão das unidades e possibilita a adoção de estratégias pedagógicas focadas na idade e fase de aprendizado dos alunos. A manifestação começou por volta das 08h30 defronte à escola Carlos Sampaio com a concentração dos alunos e professores, que se uniram pelo ato. Antes de iniciar a passeata, os alunos deram um abraço simbólico na escola, representando o amor que sentem pela instituição de ensino. Depois do ato, eles começaram uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade, levando cartazes e faixas de repúdio ao ato do governo. Buzinas e apitos também chamaram a atenção das pessoas que acompanhavam a passeata, que foi feita ainda com pedidos dos alunos de valorização pela educação. Um grupo de estudantes usavam narizes de palhaço. Depois de percorrem as principais ruas do centro, os alunos terminaram o protesto defronte à Diretoria de Ensino de Penápolis. No local, foram recepcionados pelo Dirigente Regional de Ensino, professor Lucinei Aparecido Euzébio. Ainda em meio aos manifestantes, ele ressaltou que a reorganização escolar é algo que ainda passa por estudos pelo Governo do Estado e a Diretoria Regional de Ensino de Penápolis está ouvindo a opinião de professores e alunos sobre as mudanças. Diante da manifestação e dos diversos questionamentos por parte dos estudantes presentes, o dirigente aceitou conversar com uma comissão de alunos das duas escolas para explicar o processo de reorganização. Eles foram recebidos na    Diretoria, entretanto, a reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS não foi autorizada a participar da reunião.

Indignação
De acordo com o que foi apurado pela reportagem, Penápolis também está nos planos de Governo sobre as mudanças referentes à reorganização escolar. As escolas afetadas seriam a Carlos Sampaio, Adelino Peters, Yone Dias de Aguiar e Luiza Nory, sendo que estas unidades escolares, caso aprovada a reorganização, passariam a operar em um único ciclo.  Para a aluna e presidente do Grêmio Estudantil da Escola Dr. Carlos Sampaio Filho, Rafaella Soretz, a manifestação organizada por alunos e professores representa a insatisfação referente à reorganização. “Em primeiro lugar, caso aprovada esta medida, estamos sujeitos a ter que deixar a escola que nós escolhemos estudar, com professores e funcionários as quais adquirimos um carinho e respeito muito grande e não queremos ter que mudar de escola por conta de uma imposição”, comentou.  A superlotação de salas de aulas também é uma preocupação. “Sabemos que infelizmente as escolas do estado não possuem uma estrutura adequada para receber tantos alunos, além do espaço apertado, as salas são quentes, o que nos prejudica muito”, ressaltou. Esta também é a preocupação do professor de Educação Física, André Luis Baliera. “Imagine uma sala de aula cheia de alunos sob condições de calor intenso por falta de ventiladores e condicionadores de ar. Seu rendimento cai consideravelmente e fica inviável você conduzir uma aula dentro de uma sala nestas condições”, enfatizou. 

A reorganização 
A Educação utilizou como base o levantamento realizado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que apontou tendência de queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar no Estado de São Paulo. Entre os anos de 1998 e 2015, a rede estadual de ensino perdeu 2 milhões de alunos. A partir de 2016, a intenção é aumentar o número de escolas divididas por ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com o ciclo único, alunos do Ensino Médio, por exemplo, poderão estudar apenas com estudantes deste segmento. Entre os benefícios da medida estão à redução nos conflitos entre alunos de idades diferentes, além da melhor gestão da unidade, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas voltadas a um único público. Neste primeiro momento, a Educação finaliza o estudo que definirá as escolas selecionadas. Professores e alunos podem acompanhar as orientações, que devem ser divulgadas a partir de novembro de 2015.

(Rafael Machi)

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