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CIDADE & REGIÃO

10/11/2010

Alunos reclamam da credibilidade do Enem

Reprodução
Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

Muitos dos candidatos que prestaram a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no fim de semana estão reclamando da falta de credibilidade do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e do MEC (Ministério da Educação). A prova, que apresentou diversos problemas como erro de impressão, inversão de gabarito e repetição de questões, foi suspensa temporariamente na tarde da última segunda-feira, 8, por determinação da Justiça. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Federal no Ceará e vale para todo o Brasil. Para a professora coordenadora do ensino médio de uma escola da cidade, Angélica Nunes Bertelli Maschietto, o Enem está perdendo a credibilidade devido aos erros ocorridos desde o ano passado (quando o gabarito da prova foi roubado do parque gráfico da empresa responsável pela impressão das provas). “Não creio que tenha sido incompetência do Inep e nem do MEC, mas sim da empresa contratada para imprimir a prova”, afirmou. Ela disse que é lamentável o Enem passar por tantos problemas como vem ocorrendo nos últimos anos. “O exame demorou tanto para conquistar o espaço e a credibilidade que tem hoje, e erros como estes denigrem a imagem da prova, perdendo também a confiança das pessoas”, comentou.

Estudantes
Para a aluna da 3ª série do ensino médio, Priscila Helena Marcondes Leite, 17 anos, a prova não estava difícil, mas alguns fatores acabaram prejudicando a realização do exame. “O fato de não podermos usar o relógio para nos orientarmos quanto ao tempo aumentou nosso nervosismo”, comentou. Ela reclamou também sobre a atitude das fiscais de sua sala. “Elas ficaram conversando durante a prova, chegando em alguns momentos a nos atrapalhar. Quando faltava cerca de uma hora para o término, a fiscal começou a nos pressionar dizendo que faltava pouco tempo e que precisávamos terminar logo a prova”, observou. A estudante disse que houve falta de comunicação entre os fiscais das escolas quanto ao erro no gabarito. “Quando começamos as provas, elas nos alertaram sobre o erro, se alguns já sabiam, por que os outros da cidade não foram informados de algo grave assim?” indagou. Já Jéssica Monteiro Garcia, 17 anos, aluna da 3ª série do ensino médio, também se sentiu prejudicada na prova por falta de orientação. Ela afirmou que tem problemas para enxergar, por isso pediu uma prova ampliada. Explicou ainda que, apesar de ser atendida, foi prejudicada por falta de orientação do Inep para o fiscal. “Fiz a prova sozinha e como tenho dificuldades para enxergar, necessito escrever com uma caneta diferenciada, mais grossa (tipo pincel atômico), porém o fiscal não me deixou utilizar, pois nem ele sabia se era permitido. Tive que fazer a prova no primeiro dia com uma caneta comum e utilizando uma lupa para poder enxergar”, revelou. Ela disse que no segundo dia, após verificar suas necessidades, o fiscal permitiu usar o material que facilitasse a realização da prova. “Percebi que ele não fez por mal, apenas não sabia como proceder na minha situação. Ele deveria ter sido melhor orientado”, finalizou. Entre outros alunos entrevistados, as reclamações são as mesmas: provas erradas, questões extensas e falta de credibilidade.  Eles disseram insatisfeitos e revoltados com a incapacidade de aplicação de uma prova tão importante e que não confiam mais no exame.

Gabaritos
A Justiça Federal do Ceará informou, que a divulgação do gabarito do Enem (que deveria ter sido divulgado ontem) está proibida. Segundo a assessoria de comunicação da Justiça Federal cearense, a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara, ratificou a decisão divulgada na segunda-feira, 8, que acarretou na suspensão das provas realizadas no último fim de semana. Uma nota divulgada pela assessoria diz que "a liminar já havia deixado evidente que o Exame Nacional do Ensino Médio encontra-se suspenso, incluindo, obviamente, a divulgação de gabaritos e recebimento de recursos". A Advocacia Geral da União informou que pretende entrar com recurso até a próxima segunda-feira,15. (Rafael Machi)

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