Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

18/12/2009

Alto Alegre: Irmão de Dirso e amigo são presos

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

O irmão do auxiliar de enfermagem Dirso Belarmino da Silva, 33 anos, e um amigo foram presos nesta quinta-feira em Penápolis. Eles já se encontram na Cadeia Pública de Penápolis, onde cumprem prisão temporária por 30 dias. Os nomes não foram divulgados. Dirso é acusado de matar a tiros a ex-mulher, Eunice Berto Toldato, 32 anos, e a própria filha, Pamela Flaviane Berto Toldato da Silva, 7 anos, além de ferir a enteada Carla Nathani Lopes Toldato, 12. De acordo com o delegado Mauro Gabriel, que está cuidando do caso, a prisão dos envolvidos ocorreu após investigações, dando conta que ambos foram vistos em Alto Alegre na noite do crime. Eles estavam em um carro Kadett de cor prata, que pertence ao irmão de Dirso. A polícia acredita que eles sabiam do propósito do auxiliar de enfermagem, inclusive existem fortes indícios de que tanto seu irmão como o amigo levaram Dirso até Alto Alegre. Ainda de acordo com o delegado, o veículo foi visto perto do local onde foi realizado um casamento que Eunice e suas duas filhas participaram, horas antes do crime. Eles teriam sido vistos em um orelhão público e passando com o Kadett defronte ao destacamento da Polícia Militar, provavelmente para monitorar o trabalho dos policiais, passando posteriormente as informações para Dirso que aguardava a ex-mulher na residência. Apesar das evidências, o irmão de Dirso negou em seu depoimento ter ido a Alto Alegre no dia do crime, como também ter emprestado o Kadett. O seu amigo também negou a participação, mas depois confessou ao delegado que esteve em Alto Alegre, chamado por Dirso para buscá-lo. No depoimento, ele disse que viajou até o município vizinho e passou a noite procurando por Dirso. Como não o encontrou e retornou sozinho a Penápolis na manhã de domingo. Mauro Gabriel garante que a polícia não acredita nesta versão, visto as testemunhas ouvidas garantirem terem visto o Kadett saindo da cidade por volta das 3h da madrugada. Segundo o delegado, tanto o irmão de Dirso como seu amigo mentiram durante o interrogatório, entrando em contradição por diversas vezes. A família do homicida que também foi ouvida afirmou que o auxiliar teria pego o carro emprestado do irmão para visitar um amigo. Tanto o Kadett como o VW Santana de Dirso foram apreendidos para perícia e reconhecimento. A arma do crime ainda não foi localizada. Ontem a polícia realizou buscas em quatro residências, na tentativa de localizar o revólver. O delegado disse que ouvirá Dirso novamente esta semana para questioná-lo sobre a arma. No dia em que foi preso, o acusado disse que voltou de carona até Penápolis e que teria desfeito da arma jogando-a no rio próximo ao Lago Azul. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi até o local, mas não encontrou a arma.

Pensão
Antes de cometer o crime, segundo familiares das vítimas disseram, o auxiliar reclamava que estava sobrando pouco dinheiro do seu salário por causa da pensão alimentícia que dava para sua filha com Eunice, tendo ficado muito aborrecido com a penhora de seu veículo. No domingo, após matar Eunice e sua filha, o auxiliar agiu como se nada tivesse acontecido, indo trabalhar na Santa Casa de Penápolis, no setor de ortopedia. Ao notar a grande movimentação que estava no Pronto-Socorro e nos corredores do hospital, Dirso acabou descobrindo que uma das vítimas havia sobrevivido ao crime e estava internada no local. Com medo de ser preso em flagrante, ele deixou o hospital e viajou para Marília, embarcando em um ônibus com destino ao Paraná. Ele pretendia chegar até a cidade de Joinville (SC), onde reside um dos seus irmãos, mas foi preso em Ponta Grossa (PR). (IA)

Enteada é ouvida pela Polícia

O delegado Mauro Gabriel ouviu na última quarta-feira, 16, o depoimento da enteada de Dirso, Carla Nathani Lopes Toldato, 12 anos, que foi atingida por dois disparos de arma de fogo na madrugada do dia 6 de dezembro, em Alto Alegre. Carla é a única sobrevivente do crime praticado pelo auxiliar de enfermagem, que matou a tiros a ex-mulher, Eunice Berto Toldato, 32 anos, e a própria filha, Pamela Flaviane Berto Toldato da Silva, 7 anos. Ela é a filha mais velha de Eunice e irmã de Pamela por parte de mãe. Ela recebeu alta na última terça-feira por volta do meio-dia, após ficar 10 dias internada em um hospital particular de Lins. A menina está residindo com os avós maternos que ficaram com sua guarda. Carla foi baleada no peito e ombro esquerdo e ficou agonizando por 10 horas até chegar o socorro. Já Pamela foi atingida no peito por um tiro à queima roupa e Eunice por dois tiros disparados à curta distância, sendo que um transfixou o tórax e o outro atingiu o maxilar inferior e a bala se alojou no pescoço. A jovem não ficou com nenhuma seqüela física, mas receberá acompanhamento psicológico. No depoimento, Carla emocionalmente abalada, contou tudo o que aconteceu no dia do crime, desde quando acordou até no momento em que foi encontrada pela tia, porém, não chora e nem sorri. A menina disse que tanto sua mãe como sua irmã retornaram do casamento por volta da meia-noite e dormiram logo em seguida. Algum tempo depois, Carla acordou após ouvir o grito de sua mãe, se dirigindo até a porta do quarto quando viu Dirso apontando um revólver em direção à cabeça da mulher que estava sentada no sofá da sala. Eunice pedia para o ex-companheiro parar com aquela atitude, ficando apavorada ao ver Carla acordada, momento em que saiu correndo e foi até o quarto onde estava a menina na tentativa de proteger a filha. O auxiliar também entrou no quarto e atirou na ex-mulher, indo em direção à ex-enteada que estava sentada na cama, quando ao se aproximar efetuou os dois disparos, acertando o peito e o ombro esquerdo da garota. Logo depois, Dirso deu mais um tiro em Eunice, que já estava caída no chão. A menina contou ao delegado que viu o auxiliar indo até o quarto dos fundos, onde estava dormindo a sua irmã Pamela. Depois disso, não viu mais nada, perdendo os sentidos e só acordando mais tarde, momento em que foi até a janela e gritou por socorro, mas nenhum dos vizinhos ouviu. Carla caminhou até o banheiro e conseguiu tomar banho, indo depois até a geladeira e bebeu um copo de água, voltando para a cama quando perdeu os sentidos novamente, acordando somente por volta do meio-dia, quando ouviu os gritos de sua tia. Ela citou que ficou com medo de sair da casa, pois achava que Dirso estava escondido do lado de fora. (IA)

Foto: A menina recebeu alta na última terça-feira e está residindo com os avós maternos

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade