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CIDADE & REGIÃO

22/02/2019

Algas: Cetesb mantém recomendação de se evitar contato com água do Tietê

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Floração de algas no Tietê fez com que a Cetesb mantenha recomendação de se evitar contato com a água do rio

DA REPORTAGEM

Mais de dois meses após a água do rio Tietê apresentar uma coloração espessa e esverdeada por conta da floração de algas, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou nesta semana que mantém a recomendação de que as pessoas evitem o contato direto e a ingestão de água do rio Tietê próximo à cidade de Barbosa. 
No início de dezembro, a reportagem do DIÁRIO noticiou que diversas pessoas usaram as redes sociais para questionar a razão da água do Tietê estar verde e com a presença de muitas algas. Vídeos foram postados mostrando que, em alguns pontos, a água estava com uma coloração bastante forte e espessa. Na ocasião, técnicos da Cetesb estiveram em diferentes pontos do rio e recolheram amostras da água para análise. 
Cerca de 20 dias depois, a própria Cetesb já havia confirmado de que houve melhora na qualidade da água do rio Tietê em Barbosa depois da floração de algas registrada, mas manteve a recomendação de que as pessoas evitem o contato direto e a ingestão de água do rio, recomendação mantida nesta semana. 
Em nota a Cetesb confirmou que vem realizando um acompanhamento semanal, com coletas de amostras nas regiões mais afetadas, o fenômeno se dá devido a presença de nutrientes, principalmente o fósforo e das elevadas temperaturas que veem ocorrendo desde o início do ano, o que leva à proliferação desses organismos. A Cetesb afirmou, que continuará acompanhando a situação no local.

Inpe
Em razão desse problema, o Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos (LabISA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fez uma análise do local por meio de imagens de satélite e coleta de dados e divulgou esta semana uma nota sobre este tipo de floração. Os pesquisadores do LabISa concluíram que esses eventos são mais frequentes e intensos durante o verão, porque tanto o aumento da temperatura quanto a maior disponibilização de nutrientes no reservatório estimulam o processo de eutrofização no sistema aquático, o que favorece o desenvolvimento de algas. A eutrofização é o processo pelo qual a água adquire níveis altos de nutrientes, especialmente fosfatos e nitratos.
Na nota, foi especificado que nos reservatórios do Tietê, esse desenvolvimento está associado ao enriquecimento do corpo de água em decorrência da agricultura (cana-de- açúcar, laranja) na bacia de drenagem. Esse fenômeno tem sido investigado desde 2009, quando pesquisadores do LabISA se organizaram para estudar o impacto da expansão do cultivo da cana na qualidade da água em reservatórios.
O LabISA também está desenvolvendo um sistema de classificação e monitoramento de águas interiores (MAPAQUALI), que utiliza dados de qualidade da água obtidos juntamente com imagens orbitais. O projeto MAPAQUALI tem como meta disponibilizar produtos como mapas e séries históricas de parâmetros de qualidade da água em reservatórios, lagos e rios de diversos biomas brasileiros. Ainda em fase experimental, o projeto busca identificar demandas de diferentes setores da sociedade, como setor hidrelétrico, mineração, e secretarias de controle ambiental, para realizar parcerias e oferecer produtos de qualidade da água. 
A missão do laboratório é desenvolver técnicas de mapeamento de florações de algas em reservatórios a partir de imagens de satélites calibradas com dados coletados em campo. Esse tipo de mapeamento pode ajudar o monitoramento da qualidade da água, ampliando a frequência e a escala de avaliação da ocorrência de algas. 

(Rafael Machi – Com informações Cetesb e Fapesp)

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