AFINIDADE: Jovens mães ressaltam o amor pelos filhos

DA REPORTAGEM

Hoje, o Dia das Mães possui um significado muito grande para todas aquelas que com muita dedicação criam seus filhos, dando amor durante todos os dias de sua vida. São mães de todas as classes sociais, raças, credos, mas que possuem o mesmo amor por seus filhos. Durante este ano, a palavra mãe passou a ter um significado mais especial também para jovens e adolescentes. Em 2011, 2.747.373 nascimentos em geral foram registrados. Em 2000, esse número foi de 2.862.340. Do total registrado no ano passado 18,4% foram de crianças com mães menores de 20 anos de idade. Em 2000 este índice era de 21,7%. Já as mães com idade entre 20 e 24 anos, representaram 27,5% do total de nascimentos ocorridos em 2011. Mesmo ainda curtindo a juventude, uma gravidez, na maioria das situações, também pode representar a alegria de levar o filho nos braços. Este é o caso de Mayara Ribeiro Zagnole, 21 anos. Mesmo jovem, ela já é casada há dois anos com o funileiro Marcelo Vinicius Zagnole, 29; união que gerou Maitê Ribeiro Zagnole, que veio ao mundo no dia 02 de maio. Mayara conta que mesmo jovem tinha grande vontade de ter uma criança. “Meu marido também sempre comentava sobre esse desejo, mas ainda queríamos esperar mais um tempo, até que veio a novidade antecipada, dando grande alegria para toda a família”, comentou. Mayara é penapolense, mas há quatro anos que a jovem morava em São Paulo, retornando no início do ano para sua cidade natal buscando melhores condições de vida para sua filha. Mesmo não havendo todo o planejamento, mas com o mesmo amor pelo filho, a adolescente Naira da Costa Lima, 17 anos, engravidou do namorado aos 16, gerando o pequeno Henrico Lima de Oliveira, que chegou ao mundo em 25 de abril. Ela garante que mesmo engravidando com pouca idade, Henrico trouxe muita alegria para ela e para a família. “De início fiquei bastante assustada, afinal não esperava isso, mas com o tempo fui me acostumando e hoje tenho um amor incondicional pelo meu filho, além do apoio do pai e também de toda a família, que muito me ajudou”, disse. Naira comenta também que o amor pelo filho não se restringe aos familiares, mas também aos amigos, que deram grande apoio e que hoje até se consideram como tios de Henrico. Todo o amor pelo filho gera também preocupações nas novas mães. Para Mayara, por exemplo, a vinda para Penápolis gerou um conforto a mais para ela, que sabe que terá mais tranquilidade para criar a filha. “O bairro onde morava era bastante movimentado, sem contar que na capital tudo é mais longe e nem sempre encontramos a mesma facilidade que aqui, como creches de qualidade e um atendimento melhor na saúde”, ressaltou.

Conselhos da mãe/avó
Para muitas jovens que engravidam pela primeira vez a presença de sua mãe é muito importante para aconselhar e ajudar nos momentos de dificuldades. Naira diz que a educação recebida pela mãe, Maria da Costa, foi muito importante para que ela também possa educar a filha. “É engraçado como você começa a pensar que tudo aquilo que sua mãe dizia e fazia era para seu bem e que agora começo a aplicar também para meu filho. Sou muito preocupada com ele e tenho a convicção de que tentarei passar tudo aquilo de bom que aprendi quando eu também era criança”, comentou. A história se repete no caso de Mayara que segue os conselhos da mãe Cristina Passari. A avó comenta que para ser uma boa mãe é necessário haver responsabilidade. “Quando a criança nasce a vida da mulher se transforma, é preciso ter responsabilidade com horários, alimentação, médico e outras coisas, tudo para que a criança tenha uma vida saudável. Sempre falo isso para minha filha, além de sempre estar ao seu lado nos cuidados com a minha neta”, ressaltou.

Mudanças
A vinda de uma criança ainda muda a rotina da nova mãe, diversas atividades que antes eram rotineiras precisam ser deixadas de lado e outras assumidas para o bem estar do bebê. Entre as mães jovens, estas mudanças podem ser ainda mais significativas, como, por exemplo, a busca pela carreira profissional. Tanto Mayara como Naira comentam que os estudos precisam sofrer modificações por conta do tempo necessário para se cuidar do filho. Mayara concluiu a 3ª série do ensino médio, mas o sonho de fazer um curso superior precisou ser adiado. “Eu ia começar uma faculdade para que pudesse ter maiores oportunidade profissionais, mas tive que adiar esta minha ideia para cuidar da minha filha, porém, não desisti, e na primeira oportunidade quero voltar a estudar”, comentou. Naira explica que também gostaria de fazer faculdade, mas que a gravidez acabou limitando seus sonhos. “Ainda preciso terminar o colegial e quero sim fazer uma faculdade, mas terei que ser bastante realista e manter os pés no chão com relação aos meus sonhos. Acredito que dá para se profissionalizar, porém, há suas limitações, mas com força de vontade tudo é possível”, disse. Uma coisa passa a ser indiscutível na vida destas jovens: o amor que sentem por seus filhos não vê idade e nem limitações. As duas jovens fazem questão de enaltecer o carinho que possuem e a verdadeira dedicação de mãe, dando bons exemplos para tantas outras, mostrando que um filho pode ser um grande presente. “Eu estou muito feliz com as minhas condições e sei das minhas responsabilidades, por isso vale sempre lembrar que é preciso ter consciência sobre o que se faz para que não haja arrependimentos futuros” acrescentou Naira. “Mesmo ainda sendo nova sinto que não deixo a desejar quanto ao amor pela minha filha; é esse amor que me traz tantas preocupações com ela e ao mesmo tempo muitas alegrias por ter gerado e poder criar a ‘minha pequena’”, finalizou Mayara. (Rafael Machi)