Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

13/05/2016

Afastamento de Dilma Rousseff repercute em Penápolis

Imagem/Felipe Dana - AP
Detalhes Notícia
Depois de ser afastada e ao lado de Lula, Dilma discursou na frente do Palácio do Planalto para seus apoiadores

DA REPORTAGEM

O afastamento de Dilma Rousseff nesta quinta-feira (12) da Presidência da República gerou, é claro, muita repercussão e foi o principal assunto nas rodas de conversas em todo o país. O Senado votou pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma às 06h33 depois de mais de oito horas e meia de sessão. Dos 81 senadores, 78 estiveram presentes, dos quais 55 votaram a favor e 22, contra. Era preciso maioria simples para que o pedido fosse aceito. A Casa terá agora 180 dias para julgar o mérito da acusação contra a petista – autorização de créditos orçamentários e uso de pedaladas fiscais. O seu afastamento também foi muito repercutido por políticos de todo o país, em Penápolis, alguns também manifestaram suas opiniões. A reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS conversou com o prefeito Célio de Oliveira (PSDB), que disse que, neste momento, o mais importante é a retomada do Brasil, fazendo com que o país volte a crescer. “O país está paralisado e precisa retomar seus rumos de crescimento e conquistar novamente sua credibilidade. Penso que, seja quem for que está saindo ou entrando, o mais importante é fazer com que o Brasil volte a respirar”, afirmou. Nesta mesma linha, Célio falou das dificuldades que as cidades têm passado. “Não somente Penápolis, mas muitas outras do Brasil vivem um momento difícil, onde houve significativa queda de arrecadação e com isso muitas Prefeituras enfrentam dificuldades financeiras. Com a melhora do Brasil e da situação econômica dos brasileiros, podemos retomar o fôlego, mas este é um processo que ainda vai demorar, que não se resolve da noite para o dia com um novo governo, por isso reafirmo que é necessário empenho, seja de quem estiver à frente do Brasil, para esta retomada tão importante para todos nós”, acrescentou.
Como novo presidente em exercício, Michel Temer (PMDB) também coloca em exercício seus novos ministros. A mudança nos Ministérios não preocupa Célio, que afirmou que manterá as relações existentes com o Governo Federal. “Independente de quem esteja nos Ministérios, acredito que haverá dedicação para um bom trabalho, afinal a principal promessa é a de melhora do Brasil. A cidade de Penápolis possui importantes convênios com alguns Ministérios e que permanecerão. Por enquanto temos que aguardar as definições e ver qual será a melhor maneira de trabalhar com o Governo e ver o que podem nos oferecer mais”, finalizou o prefeito.

PT
Seguindo a linha de raciocínio de todo o Partido dos Trabalhadores (PT), o petista e ex-prefeito de Penápolis, João Luís dos Santos também afirmou ao DIÁRIO DE PENÁPOLIS que a presidente Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Segundo ele, o que está acontecendo, na verdade, se trata de um grande equívoco da classe política brasileira. “Se o povo brasileiro soubesse claramente das muitas informações e do que se passa nos bastidores de Brasília, tenho a certeza de que não apoiariam o impeachment. O tempo vai demonstrar a verdade e o equívoco que está sendo cometido”, afirmou. Ainda segundo ele, o ato coloca em risco a democracia do país. “Dilma foi eleita pelo próprio povo, de forma clara e dentro da democracia, o que também se torna injusto o ato de tirá-la do governo quando não há crime”, comentou. João Luís concorda ainda com a presidente afastada quando afirma que houve traição de seu vice, Michel Temer. “Ele foi escolhido também pelo povo para atuar ao lado de Dilma, entretanto, ele não se manifestou quando deveria sair em sua defesa, o que demonstrou sua deslealdade”, lembrou.

Câmara
A reportagem tentou também falar por telefone com o presidente da Câmara de Vereadores, Alexandre Gil, que até pouco tempo era do PT e trocou de partido, pertencendo agora ao PSD, mas ele não foi encontrado para comentar o assunto. Porém, em sua página no Facebook, ele publicou uma nota sobre a situação. Nela, Gil afirma que o afastamento de Dilma não resolverá a instabilidade política pela qual passa o país. “O governo provisório de Michel Temer ainda terá que superar ação judicial no TSE e demonstrar capacidade técnica e política para mostrar resultados positivos para a situação econômica, de modo que a previsão é de vivenciarmos a instabilidade por algum tempo”, comentou. Ainda na rede social ele lembrou que uma nova eleição seria o melhor caminho. “No meu entendimento, o caminho mais saudável a tomar seria a convocação de novas eleições com uma pauta predefinida para um novo governo eleito, estabelecendo como prioridade a aprovação de uma ampla e consistente Reforma Política”, finalizou.


Quais os próximos passos do Impeachment

Com a decisão do Senado pela abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff e o afastamento temporário dela da presidência da República, ainda existem outros trâmites necessários para que ela seja tirada definitivamente do poder. Ainda nesta quinta-feira, Dilma foi notificada sobre a decisão do Senado e sobre seu afastamento imediato do cargo. Michel Temer também foi notificado para que assuma o cargo interinamente. O prazo máximo para o afastamento da presidente eleita é de 180 dias.

Nova votação no Senado
O processo voltará para a Comissão Especial do Impeachment, que agora fará uma nova análise, produzirá novas provas e deve ouvir, novamente, acusação e defesa. Daí nascerá um novo relatório com parecer a favor ou contra o impeachment de Dilma Rousseff. O parecer é votado pela Comissão Especial e depois pelo Senado em nova sessão plenária. Ao contrário da votação desta semana, esta será intermediada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Aceita a denúncia, é instaurado o julgamento do impeachment.

Julgamento
Nesta fase de julgamento, poderão ser convocadas testemunhas de acusação, defesa e pelos senadores da Casa. Logo após, haverá a votação final e definitiva, na qual os senadores deverão responder “sim”, “não” ou “abstenção” para o impeachment da presidente. Se 54 dos 81 senadores votarem pelo afastamento, Dilma Rousseff perde oficialmente o cargo, fica inelegível por oito anos e Michel Temer assume seu posto até o fim do mandato, em dezembro de 2018. Se esse número não for atingido, o processo é arquivado e Dilma volta ao cargo de presidente do Brasil até o fim do mesmo prazo.

(Rafael Machi)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade