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CIDADE & REGIÃO

10/12/2014

Advogado de Nivaldo Martins fala em defesa do delegado

Rafael Machi
Detalhes Notícia
O advogado Anésio Duarte afirmou que o delegado está sendo vítima de um grave equívoco por conta de um trabalho feito por pessoas inexperientes

DA REPORTAGEM

Foi protocolado na tarde de ontem a defesa do delegado Nivaldo Martins Coelho, feita pelo advogado Anésio Duarte, de Araçatuba. Ele esteve ontem no Fórum de Penápolis para protocolar a defesa, podendo ser acatada ou não pelo juiz da 1ª Vara local, responsável pelo processo. Nivaldo Martins foi preso em operação realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no último dia 21 de novembro acusado de irregularidades praticadas enquanto era delegado responsável pela Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Penápolis. Contra ele foram apresentadas 22 denúncias.  Enquanto estava no Fórum, o advogado de defesa foi procurado pela imprensa local e aceitou falar sobre o assunto. De maneira geral, ele alegou que o delegado está sendo vítima de um grave equívoco por conta de um trabalho feito por pessoas, consideradas por ele, inexperientes em relação a investigações policiais. “Investigação é técnica, ciência, exige especialização da pessoa que a pratica”, comentou. Segundo o Gaeco, Nivaldo tinha relacionamento com pessoas ligadas a práticas criminosas, o que, segundo o advogado de defesa, era algo necessário a Nivaldo, já que ele necessitava de informantes para o combate ao crime. “Para um delegado é importante haver um bom número de informantes, o que para um leigo pode ser interpretado como má companhia de pessoas ligadas ao crime”, afirmou. O advogado lembrou que através de seus contatos, Nivaldo desfez quadrilhas em Penápolis. “Isso foi através de informações de uma pessoa que foi presa na época e que hoje é apontada como comparsa do Nivaldo”, acrescentou. 

Foragido
Ao ser questionado sobre a acusação do Gaeco sobre o fato de Nivaldo ter orientado um foragido da Justiça, que estaria em São Paulo, a não procurar os serviços do Poupatempo, pois poderia ser preso no local, o advogado afirmou que Nivaldo não agiu com dolo. “Ele informou que se a pessoa fosse aquela repartição ela seria presa, mas informou de forma ingênua, querendo evitar que ela passasse por um constrangimento no local e a orientou para que se apresentasse para uma autoridade competente”, explicou. Ele afirmou também que Nivaldo não tinha a obrigação de prender esta pessoa, já que ele nem sabia sua localização. “O Dr. Nivaldo é uma pessoa simples, que ajudava a todos, principalmente depois que passou a freqüentar a igreja evangélica”, ressaltou. Questionado sobre o fato de deixar de exercer sua função de delegado, Duarte afirmou mais uma vez que ele pode ter agido de forma desleixada, mas não com dolo. “Nivaldo, acima de delegado, é um ser humano, sendo que ele orientava de forma ingênua”, enfatizou. 

Propina
Ainda falando sobre o caso, Anésio Duarte afirmou que foi feita a quebra do sigilo bancário de Nivaldo Martins e que nada de ilícito foi encontrado. Ele ainda comentou que tudo foi feito de forma equivocada, levando em conta de que a denúncia era verdadeira. “Quando foi feita a interceptação telefônica, passaram a interpretar a palavra papel como dinheiro e dinheiro como propina, automaticamente levando a crer que se tratava de corrupção. A partir da denúncia, a promotoria deveria descobrir qual era o crime e depois seu autor, o que não ocorreu, então tudo o que ele falava era interpretado como um ato ilícito”, afirmou. 
O advogado relatou que um empresário de Araçatuba emprestou dinheiro a Nivaldo através de cheque e que também teria sido interpretado como recebimento de propina. “Por que não ouviram o empresário? Porque eles sabiam que era invenção, o que queriam fazer era pegar o delegado”, afirmou o advogado durante a entrevista coletiva. Segundo ele nunca existiu propina. “Ele pode ter agido em casos por desleixo, não por dolo, não com a intenção de cometer um crime”, finalizou o advogado Anésio Duarte. Nivaldo Martins Coelho está preso preventivamente na Penitenciária da Polícia Civil de São Paulo aguardando decisão da Justiça. Um pedido de habeas corpus também foi feito na Justiça, mas aguarda julgamento.

(Rafael Machi)

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