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CIDADE & REGIÃO

19/08/2016

Acusado de matar pintor com faca é condenado pelo Júri

Imagem/Arquivo Diário
Detalhes Notícia
Morelli, na época com 24 anos, foi morto com golpes de faca durante discussão em um bar quando chegou para homenagear sua mãe

DA REPORTAGEM

Foi condenado nesta quarta-feira (17) pelo Tribunal do Júri de Penápolis o lavrador Luceildo Sousa Cardoso, acusado de matar com golpes de faca o pintor Douglas Morelli, em maio de 2014. A pena foi estabelecida em 15 anos, sete meses e 15 dias de reclusão em regime fechado. O crime teria ocorrido depois que ambos discutiram por causa de uma vaga de estacionamento próxima de um bar no Jardim Eldorado, em Penápolis. Na véspera do dia das mães, a vítima teria ido levar um vaso de flores para sua mãe, que estava no bar, para uma homenagem.
A sentença foi proferida pelo Juiz da 1ª Vara do Fórum da cidade, Marcelo Yukio Misaka. Nela, Misaka destacou que o Conselho de Sentença decidiu que réu praticou o delito de homicídio qualificado. Como agravantes, o Juiz ressaltou que, além do motivo considerado fútil, o réu ainda utilizou meios que dificultaram a defesa da vítima e considerou as circunstâncias do delito como “reprováveis”. “Vez que a vítima foi morta na presença de seus pais, idosos, em data próxima ao dias das mães”, destacou o juiz na sentença. Cardoso respondia o processo preso preventivamente, já que depois do crime, ele fugiu para a cidade de Penalva, cerca de 200 quilômetros de São Luis, no Maranhão. Ele ainda pode recorrer da sentença, mas deverá permanecer preso.

O crime
Na época, Morelli tinha 24 anos. Ele foi morto no dia 10 de maio de 2014, véspera do Dia das Mães, depois de uma briga por causa de uma vaga de estacionamento. Segundo divulgado na época, o pintor chegou ao local por volta das 20h30, conduzindo um Monza, ano 1994, prata, e quando tentava estacionar, o acusado teria chegado em uma bicicleta, colocando-a atrás do veículo, impedindo que o pintor estacionasse. Morelli chegou a pedir para que o acusado retirasse a bicicleta, mas foi ignorado. Assim, ele desceu do veículo e iniciou uma discussão, momento que acusado teria jogado sua bicicleta contra o pintor, entrando em luta corporal. Na ação o acusado sacou uma faca e desferiu golpes contra a vítima, que o atingiram na região do tórax e abdômen.
O pai da vítima, um aposentado de 65 anos que também estava no local, viu o filho ser atingido. Morelli foi socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital.

Prisão
Após o crime, Cardoso fugiu da cidade e permaneceu foragido, entretanto, no mês de junho daquele ano, foi preso na cidade de Penalva (MA). Ele havia sido preso pela Polícia Civil daquela cidade e havia prestado informações sobre o crime através de Carta Precatória, mas o impasse era em relação ao transporte do acusado para Penápolis para a conclusão do inquérito e a instauração do processo na Justiça, tendo ele sido transferido para São Paulo somente em março de 2015, onde aguardou julgamento no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto. Com sua condenação, ele deverá ser transferido para um presídio do Estado.

Defesa
A reportagem do DIÁRIO teve acesso, na época em que Cardoso retornou a Penápolis, ao seu depoimento à Justiça. Ele afirmou que Morelli teria derrubado sua bicicleta com o carro quando estacionava, sendo que Cardoso, ao reclamar, foi agredido com um soco e sofreu uma queda.
O acusado alegou ainda em sua defesa que um senhor de idade arremessou a bicicleta contra o chão e depois contra o réu. Ele disse também que não teve como correr e que reagiu com a faca que trazia na cintura, desferindo os golpes que acertaram a vítima, negando ainda que tenha conversado com Morelli sobre o reparo da bicicleta e que a vítima tivesse lhe pedido para retirá-la de onde estava posicionada ao estacionar.

(Rafael Machi)

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