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CIDADE & REGIÃO
15/02/2025
Reforma da ETA: "todos devem se unir em prol desta causa", afirma presidente do Daep

DA REPORTAGEM
A Prefeitura de Penápolis e o DAEP (Autarquia Municipal de Saneamento Ambiental de Penápolis) têm reforçado para a comunidade a importância e a urgência da reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), que foi construído na década de 1960, e que até hoje nunca passou por reforma. Projetada inicialmente, para uma capacidade de tratar 90 litros de água por segundo, hoje a ETA trabalha no tratamento de 300 litros de água por segundo.
Segundo os técnicos da autarquia, a única solução para garantir um abastecimento seguro e sustentável seria a aprovação do financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que destinará R$ 47 milhões para modernizar e ampliar o sistema de tratamento. Para isso, um projeto para a provação do recurso foi enviado à Câmara Municipal e vem sendo bastante discutido, devendo ser votado na sessão da próxima segunda-feira (17), na Câmara Municipal.
De acordo com o presidente do Daep, Carlos Alberto Bachiega, o trabalho de reforma e ampliação é importante para que garanta o abastecimento de água para a população, que vem crescendo nos próximos anos. “O crescimento populacional e o aumento da demanda pressionam a estrutura da ETA, que precisa de manutenções constantes e de mais produtos químicos para garantir a potabilidade da água”, comentou.
Risco de Desabastecimento
Ele explicou que, por conta disso, a situação da ETA é considerada crítica. “Alguns dos tanques apresentam rachaduras, o que tem preocupado muito. Além disso, por conta da alta demanda de água, o tempo ideal para que a água fique no tanque para seu devido tratamento é menor, o que nos obriga a colocar mais produtos químicos para este tratamento e, mesmo assim, ainda com o risco da água não ser tratada na forma correta”, destacou.
É justamente este uso intensificado de material químico que tem causado o desprendimento de material acumulado nas tubulações antigas, resultando no fenômeno da "água amarelada" e que tem sido uma das reclamações mais constantes da população nos últimos meses, que tem sentido este fenômeno.
“É importante dizer ainda que, diante desta situação crítica da ETA, o risco de um desabastecimento na cidade aumenta a cada dia, não pela falta de matéria prima que é a água, mas pelo risco de um dano grave na estação de tratamento em que sejamos obrigados a parar todo o processo para a devida manutenção. Um dia sem tratamento de água já ocasionaria sérias consequências para a população”, enfatizou o presidente do Daep.
Viabilização do Financiamento
O total financiado pela Prefeitura de Penápolis para a execução do projeto é de R$ 47 milhões, sendo R$ 13 milhões para a implementação de uma unidade de recuperação de efluentes da ETA, permitindo o reuso da água, e R$ 34 milhões para reforma, ampliação, automação e adoção de novas tecnologias para garantir água de qualidade para as próximas décadas.
Sobre o financiamento, Bachiega esclareceu que o pagamento da dívida será feito pela própria prefeitura, já que é o Poder Executivo quem está pleiteando o financiamento e que o recurso contempla um projeto que vem sendo elaborado há mais de cinco anos. “Todo o processo sobre o que é necessário, bem como a maneira como a obra seria executada, vem sendo estudado através de projetos técnicos que vêm sendo atualizados a mais de cinco anos. O estudo prevê, não somente a execução da obra, mas como os recursos serão empregados, assim como as parcelas poderão ser pagas ao longo dos próximos anos. Tudo tem sido feito de forma muito cautelosa e com responsabilidade”, disse.
Além disso, o presidente do Daep garantiu que, como se trata de um financiamento feito através da prefeitura, a população não arcará com aumentos na conta de água por exemplo. “Trata-se de um investimento que a própria prefeitura incorporou em seus planos financeiros futuros, para os pagamentos das respectivas parcelas, não impactando no orçamento do município, o que viabiliza o financiamento. Não haverá aumento na conta de água por conta desta dívida”, ressaltou.
E a crise hídrica?
O investimento não busca aumentar a captação do Ribeirão Lajeado, cuja vazão tem diminuído nos últimos anos, mas sim garantir que os 300 litros por segundo, atualmente disponíveis, sejam tratados de forma eficiente e segura, de maneira que não comprometa a estrutura da Estação de Tratamento de Água. Além disso, com a entrada em operação do poço profundo, a captação do Lajeado será reduzida em 40%, permitindo um alívio no sistema e a possibilidade de realizar a ampliação da ETA.
A ETA de Penápolis é a barreira que impede que impurezas, microrganismos e substâncias químicas cheguem às torneiras das casas. Sem um tratamento adequado, a água contaminada pode se tornar um vetor de doenças como diarreia, hepatite A e verminoses, que afetam, principalmente, crianças e idosos. Além disso, a falta de investimentos na ETA pode levar ao colapso do sistema, resultando em desabastecimento e em uma crise de saúde pública.
Água: Recurso essencial
“O futuro de Penápolis depende de decisões responsáveis e investimentos estratégicos que garantam qualidade de vida para as próximas gerações. A água é um recurso essencial, e seu tratamento eficiente é fundamental para o desenvolvimento da cidade. Por isso, é necessário que toda a comunidade—município, vereadores e população—se unam em prol dessa causa, assegurando que a ETA esteja preparada para atender à demanda crescente com qualidade e segurança. Pensar no futuro de Penápolis é agir agora para garantir um abastecimento sustentável, com infraestrutura moderna e tecnologia avançada, garantindo água tratada e segura para todos”, finaliza Carlos Alberto Bachiega, presidente do Daep.
(Rafael Machi)
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