Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

27/04/2024

Cleudson é internado na UTI da Santa Casa de Birigui

Foto: Reprodução/Arquivo
Detalhes Notícia
Cleudson foi internado na UTI da Santa Casa de Birigui na noite de quinta-feira

O médico anestesista Cleudson Garcia Montali, condenado a mais de 200 anos de prisão em primeira instância em processos na Justiça de Birigui e Penápolis, referentes à Operação Raio-X, está internado na Santa Casa de Birigui, hospital ele que teria usado para fraudar contratos para desvio de dinheiro público da área da Saúde.
A informação sobre a internação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital no final da manhã desta sexta-feira (26). A reportagem tomou conhecimento na noite de quinta-feira (25) que o médico havia passado por atendimento no pronto-socorro municipal e na manhã desta sexta-feira procurou a Prefeitura para pedir informações.
Por enquanto não há informações oficiais sobre o atendimento prestado a Cleudson no pronto-socorro. Com relação à Santa Casa, a única informação disponibilizada é de que ele está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde teria dado entrada ainda na noite de quinta-feira.

Coração
Fonte ouvida pela reportagem informou que o médico anestesista teria dado entrada no pronto-socorro na quinta-feira, alegando dores no peito. Ele teria feito um eletrocardiograma, exame para detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Por enquanto não há informações sobre o resultado desse exame e porque Cleudson teria sido internado na UTI.
Cleudson está em prisão domiciliar autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, em dezembro de 2022. O benefício é do tipo humanitário, baseada em laudo médico apresentado após atendimento de emergência em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Lavínia, cidade onde fica a penitenciária onde ele cumpria pena no regime fechado.
Na decisão, o ministro citou que havia diversos laudos médicos apresentados no pedido de habeas corpus e nos outros pedidos da defesa apresentados no STF e no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), um deles declarando que o paciente "está fraco, desnutrido e apresenta piora do estado geral".
Na ocasião, a defesa do médico anestesista alegou que apesar de fazer tratamento com medicação contra depressão, o quadro clínico dele estaria evoluindo, com tendência a suicídio. O laudo cita ainda histórico de cirurgia bariátrica realizada em 2017 e significativa perda de peso.

Regras
Ao conceder o benefício a Cleudson, Gilmar Mendes determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o proibiu de manter contato pessoal, telefônico ou por meio eletrônico ou virtual com eventuais vítimas, testemunhas ou corréus do processo, além de usar o monitoramento eletrônico.
E justamente a OSS da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui era uma das entidades utilizadas por Cleuson para elaborar projetos que eram assinados com vários municípios para gestão de unidades de Saúde. As condenações que ele teve foram relacionadas a irregularidades por esses contratos com a Prefeitura de Birigui e a Prefeitura de Penápolis.

Prisão
O médico foi preso pela primeira vez em setembro de 2020 pela Polícia Civil de Araçatuba, durante a Operação Raio-X, que investigou denúncia de fraudes para desvio de dinheiro público da área da Saúde por meio de OSSs (Organizações Social de Saúde).
No ano seguinte à prisão preventiva, Cleudson ganhou o direito à prisão domiciliar também concedida por Gilmar Mendes, mas o benefício foi revogado após o STF ser comunicado sobre cumprimento de mandado judicial realizado pela Polícia Civil de Araçatuba, por suspeita de que o laudo médico apresentado na época teria sido falsificado.
Um ano depois, o ministro Ribeiro Dantas, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), concedeu novo direito à prisão domiciliar a Cleudson, com base em atestado médico apresentado pela defesa, alegando que o condenado não poderia receber os devidos cuidados no sistema prisional.
O benefício, entretanto, referiu-se apenas ao processo que tramitou na Justiça de Penápolis, que estava em fase de recurso, e não foi estendido para outros processos pelo STJ, como queria a defesa, pois isso ele foi mantido na penitenciária em Lavínia.

Atestado
Uma semana depois, o Procurador-Geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, recorreu da decisão do STJ, sob argumento de que ela foi baseada em atestado médico de 1º de maio de 2021, mesmo havendo outro laudo médico feito em data posterior, negando que Cleudson correria risco se permanecesse encarcerado no sistema prisional. 
O documento atestou que apesar de ter sido submetido em 2017 à cirurgia de desvio de trânsito intestinal para emagrecimento, que provocou a perda de 49 quilos, perda de massa muscular, fraqueza, diarreia e disestesia em membros inferiores, não havia sido constatada perda de força motora ou sensibilidade durante exame.

Justiça
Ao conceder nova prisão domiciliar a Cleudson, Gilmar Mendes determinou que ele deve manter registro atualizado de todas as visitas que recebe e só poderá sair de casa para emergência médica, com comunicação e comprovação ao Juízo da origem em 24 horas.
Em caso de descumprimento injustificado de qualquer uma das medidas cautelares, será revogada a prisão domiciliar e o médico retornará ao estabelecimento prisional.
A reportagem já procurou a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para saber se há informação sobre a internação de Cleudson, mas até o início da tarde não houve resposta.

(Com Agência Trio Notícias)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade