31 de maio – Dia Mundial Sem Tabaco

Dia 31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco; uma data que tem como objetivo divulgar para população os perigos do uso do tabaco, as estratégias das companhias para seduzir os jovens a iniciar no tabagismo, e as ações que a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolve para controlar a epidemia do tabagismo no mundo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde todos os anos aproximadamente 5 milhões de pessoas morrem no mundo – 200 mil delas no Brasil - por doenças decorrentes do fumo. São mais de 50 doenças relacionadas ao TABAGISMO e as mais graves como câncer de pulmão, câncer de laringe são as mais conhecidas. Mas o FUMO também causa doenças e problemas graves de coluna como as degenerações discais, causadoras das hérnias de disco.

TABAGISMO causa doenças graves de coluna 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a segunda maior causa de mortes de fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos no mundo. Há comprovação científica de que os elementos decorrentes do tabagismo que penetram no organismo, como o alcatrão e a nicotina, entre outros, estão associados a mais de 50 doenças como câncer de pulmão, câncer de bexiga, câncer de laringe etc...
No âmbito dos problemas de coluna, o tabagismo também traz muitas implicações para a população. Embora a predisposição genética seja o fator número 1 de risco, um número crescente de estudos indicam que o tabagismo é um grande fator de risco para a Doença Degenerativa Discal (DDD), tanto nos discos lombares (parte inferior das costas) como nos discos cervicais (pescoço). As pesquisas sugerem que fumantes têm um risco 3 a 4 vezes maior de desenvolver DDD e que o tabagismo pode agravar as doenças degenerativas discais pré-existentes.
Segundo Dr. Marcelo Perocco, neurocirurgião especializado em coluna, o fumante tem mais predisposição para ter hérnias de disco e fraturas patológicas devido a piora da nutrição dos discos invertebrais. A nicotina priva as células-disco de receber os nutrientes vitais, ocorrendo uma diminuição das trocas de nutrientes entre o osso e o disco invertebral. Além da nicotina, os fumantes introduzem monóxido de carbono na corrente sanguínea, e consequentemente para os tecidos do corpo. "Estes "venenos" inibem a capacidade dos discos de absorver os nutrientes do sangue que necessitam, e o resultado pode ser discos degenerados" - explica o especialista.
"Quando o disco torna-se mais e mais desnutrido, há um maior risco de sua ruptura. Isto ocorre quando o conteúdo do disco rompe sua camada externa, muitas vezes incidindo sobre os nervos e causando grande dor, dormência, e em alguns casos, danos nos nervos das pernas ou braços."- completa Dr. Perocco.
Além das questões do disco os "venenos" do tabagismo também podem interferir na absorção de cálcio, levando a uma estrutura vertebral comprometida, e outra questão relevante nos fumantes que pode aumentar o risco de problemas na coluna é a TOSSE. A tosse aumenta a pressão entre os discos, aumentando o risco de ruptura e consequentemente hérnia de disco.

Dr. Marcelo Perocco Luiz da Costa - Médico pela Faculdade de Medicina Unoeste e neurocirurgião pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Paulo